15 de novembro de 2024
Covid-19 dá ippon no maior evento de judô das Américas e impõe reexame do calendário esportivo da temporada
Em pleno ano de Jogos Olímpicos, conflito de datas e outros fatores comprometerão os calendários internacionais, nacionais e estaduais. O esporte certamente terá de ser repensado
Judô Paulista
18 de março de 2020
Por PAULO PINTO I Fotos BUDOPRESS
Curitiba – PR
Em função dos desdobramentos causados pela pandemia do covid-19, desde o início de março os principais eventos esportivos do planeta vêm sendo cancelados, e hoje tudo está praticamente parado, assim como as atividades profissionais e serviços não essenciais, que gradativamente estão sendo interrompidos.
No fim de semana passado foi cancelada a Copa São Paulo de Judô, maior evento da modalidade nas Américas, que na edição passada reuniu exatos 4.460 judocas da divisão especial e das classes aspirante, veteranos, kata e para todos.
As principais equipes do judô brasileiro estavam inscritas numa competição que neste ano prometia ser a maior de todos os tempos. Esporte Clube Pinheiros, Sogipa, Minas Tênis Clube, Instituto Reação, Clube Paineiras do Morumby, Clube de Regatas Flamengo, São Paulo Futebol Clube, Sesi-SP, Hebraica, Club Athletico Paulistano e Sociedade Esportiva Palmeiras, entre outros, abrilhantariam a festa que já estava pronta, até que a velocidade da propagação do coronavírus levou a Federação Paulista de Judô a seguir as determinações dos órgãos da Saúde federais, estaduais e municipais, suspendendo todos os eventos agendados para março.
Algumas equipes já haviam desembarcado em São Paulo para disputar o torneio e no sábado alguns professores se reuniram na Associação de Judô Mauá para um treino, no qual os professores avaliaram o desfecho do certame. Veja o vídeo acima.
Marcaram presença no encontro os professores Francisco de Carvalho Filho, Alessandro Panitz Puglia, Luis Rodolfo Martins Leite, Sérgio de Almeida Pessoa, Emílio Moreira, Rogério Valeriano, Jéssica Amaral, Roberson Passos, Valdemir Carlos do Nascimento o Paizão, Eduardo Castilho Carvalho, Mayara Lisboa e Walter Teixeira Júnior.
Zero perspectivas
De fato, não estão suspensos apenas os eventos de março. Todo o calendário caiu e o pior: não temos a menor ideia de quando a situação se normalizará e quando os eventos voltarão a ser realizados. O prejuízo técnico para os atletas e suas respectivas equipes, assim como o financeiro para as agremiações e entidades de gestão, são incalculáveis.
Cabe a nós fazermos a nossa parte agora e aprender com as lições dadas por países como China e Itália, que já estão num estágio mais avançado da crise causada pela disseminação do novo coronavírus.
Quanto mais rapidamente agirmos, menor será o impacto de uma infecção que já contaminou mais de 180 mil pessoas e matou mais de 7 mil no mundo todo.