22 de dezembro de 2024
Delator intrujão agora é candidato à presidência da CBJ
Derrubando os pilares da cordialidade e do bom-senso, após caluniar e ofender seu superior, Marcelo França se lança candidato à presidência, transformando adversários políticos em inimigos pessoais.
Na segunda-feira (02) a comunidade judoísta brasileira foi pega de surpresa e sofreu o impacto das declarações irresponsáveis e mentirosas que Marcelo França Moreira, primeiro vice-presidente da Confederação Brasileira de Judô (CBJ), fez contra Paulo Wanderley, o presidente da entidade.
Cansados dos infindáveis escândalos que permeiam a vida pública brasileira, alguns judocas embarcaram nos ataques infundados e desprovidos de provas desferidos por alguém que desde 2005 ocupa a vice-presidência da entidade. Entretanto, qualquer pessoa provida de capacidade de raciocínio deve perguntar: por que só agora, nas últimas semanas da gestão, o dirigente achou por bem denunciar o esquema de corrupção que, se existia, ele mesmo acobertava? Por que Marcelo França decidiu criar um escândalo a poucos dias do fim do mandato?
A resposta surgiu hoje, quando a CBJ publicou em seu site as chapas inscritas para o pleito de 4 de março, que definirá o nome que comandará a entidade no próximo quadriênio, e o próprio Marcelo França encabeça a chapa da oposição. Aí está a resposta para os ataques absurdos e a tentativa de desmoralizar o atual presidente.
Não satisfeito com a tentativa de achincalhar a gestão de um dirigente reconhecido no meio esportivo como um dos mais eficientes e bem-sucedidos no desporto contemporâneo em nosso País, Marcelo França entrou com uma ação na Justiça Comum da Bahia, denunciando Paulo Wanderley Teixeira por falsidade ideológica, por ter sido empossado vice-presidente do Comitê Olímpico do Brasil no dia 10 de janeiro, quando ainda era presidente da Confederação Brasileira de Judô.
Alguns dirão que o incauto gestor baiano cometeu um equívoco e precipitou-se, por desconhecer que, no mesmo dia de sua eleição, Paulo Wanderley requereu afastamento do COB por 60 dias para conduzir o processo sucessório da CBJ e seu pedido foi deferido pela diretoria executiva do Comitê Olímpico.
Mas Marcelo França não entrou com esta ação por engano ou por desconhecer os fatos, porque todos os dirigentes foram avisados previamente que Paulo Wanderley se licenciaria do COB para acompanhar o processo sucessório na CBJ e passar o comando da entidade ao novo dirigente.
Na verdade, assim como fez há uma semana, o vice-presidente buscou desconstruir e denegrir a imagem de Paulo Wanderley criando um fato que maculasse a imagem de um dirigente que, ao contrário dele, não se presta a escaramuças vazias e muito menos conspira contra seus pares.
Contudo, a justiça foi feita e a juíza que examinou o processo indeferiu o pedido de França, solicitando apenas que a CBJ se manifestasse, impondo mais uma derrota ao delator intrujão.
Mas, a despeito da sábia decisão da juíza, gostaríamos de saber como Marcelo França e seus pares podem pleitear credibilidade junto à comunidade do judô brasileiro após conspirarem de forma tão baixa contra o dirigente que há anos lhes proporciona espaço, vantagens inerentes aos cargos que ocupam e prerrogativas no cenário do judô nacional?
Nesta manhã as máscaras caíram e o motivo dos ataques e ofensas foi esclarecido com a publicação das chapas que concorrerão ao pleito de março.
A chapa encabeçada por Marcelo França Moreira tem como vices Luiz Augusto Martins Teixeira (Minas Gerais), César Paschoal (Mato Grosso do Sul) e Francisco Grosso (Rio de Janeiro).
Já a chapa da situação é encabeçada por Robnelson Ferreira e tem como vice-presidentes José Nilson Gama (Alagoas), Danys Marques Maia Queiróz (Piauí) e Sílvio Acácio Borges (Santa Catarina).
A disputa política é sadia e tem enorme relevância no processo democrático, mas não havia necessidade de mentir e muito menos transformar adversários políticos em inimigos pessoais. Os dirigentes e a comunidade judoísta não mereciam este desfecho.