Deputado Natalino Lázare celebra os 45 anos da Federação Catarinense de Judô

O deputado estadual Natalino Lázare homenageou a FCJ no plenário da Assembleia Legislativa de Santa Catarina

Parlamentar do Podemos homenageou Moisés Gonzaga Penso e ex-presidentes da FCJ no plenário da Assembleia Legislativa de Santa Catarina

45 Anos da Federação Catarinense de Judô
24/05/2018
Por PAULO PINTO I Fotos BUDÔPRESS
Florianópolis – SC

Por iniciativa do deputado Natalino Lázare (Podemos) a Assembleia Legislativa de Santa Catarina realizou sessão solene em comemoração aos 45 anos de fundação da Federação Catarinense de Judô (FCJ).

Participaram da cerimônia, além de Natalino Lázare, Moisés Gonzaga Penso, presidente da FCJ; Kasuo Konishi, ex-presidente da FCJ; Sílvio Borges, presidente da Confederação Brasileira de Judô (CBJ); Roberto David da Graça, o Cocada, ex-presidente da FCJ; Camilo Moisés Penso, ex-presidente da FCJ; Alan Camilo Cararetti Garcia, que representou Mário Adolfo Corrêa Filho, ex-presidente da FCJ; Fabiano Marafon, secretário de Infraestrutura de Videira, que representou o prefeito Dorival Carlos Borga; os deputados estaduais Valmir Comin e Mário Marcondes; e Ademir Schultz, vice-presidente da FCJ.

Mesa de honra da solenidade

Após homenagear nominalmente todos os dirigentes que escreveram a história do judô catarinense e agradecer aos que compareceram e abrilhantaram a sessão solene, Natalino Lázare enalteceu as gestões dos videirenses Moisés Gonzaga Penso e seu pai Camilo Moisés Penso.

“Tenho a honra enorme de fazer uma referência muito especial ao professor Moisés Gonzaga Penso, o ilustre videirense que desenvolve um grande trabalho no comando da Federação Catarinense de Judô. Seu desempenho à frente da FCJ tem projetado o judô do nosso Estado a um novo patamar, o que é motivo de orgulho para todos nós. Faço também um registro especialíssimo ao pai do nosso dirigente, o professor kodansha Camilo Moisés Penso, que precedeu seu filho no comando da entidade no biênio 1977 e 1978”, disse o parlamentar proponente da sessão solene, que ainda falou sobre a importância da prática do judô.

Moisés Gonzaga Penso enfatizou a importância de escrever a história olhando para o futuro sem esquecer do passado

“Propus esta homenagem aos 45 anos de fundação da FCJ porque sou amante do esporte em todas as suas vertentes. Penso que a prática esportiva aproxima e une as pessoas em torno de grandes objetivos. Participei de vários certames de judô e sempre fico impressionado com a educação e o respeito exibido pelos judocas como um todo. A organização impecável e a reverência deste esporte que foi criado no Japão me fizeram perceber que o judô é uma atividade que educa e prepara o cidadão para a vida. É por este motivo que me propus fazer esta homenagem na Assembleia Legislativa”, disse Natalino.

O ex-presidente da FCJ, Camilo Moisés Penso sendo homenageado

“Nem que eu viva mil anos e trabalhe para o judô por mil anos poderei retribuir o que o judô fez por mim”

Presidida desde março de 2017 pelo professor Moisés Gonzaga Penso, a nova diretoria da FCJ vem inovando e desenvolvendo projetos para o crescimento do judô, reagrupando os professores de todas as regiões do Estado que estavam afastados e fazendo com que Santa Catarina avance cada dia mais.

“É com muito orgulho que venho aqui hoje, como representante e gestor da FCJ, participar desta homenagem aos 45 anos de fundação de nossa entidade. Nosso judô é constituído de catarinenses que nasceram em Santa Catarina e catarinenses que adotaram nosso Estado, e eu acho que é com este sentimento que devemos fazer o nosso judô. Sentimento de amor, de respeito e acima de tudo externando grande paixão por aquilo que fazemos”, disse o presidente da FCJ.

O ex-presidente da FCJ, Kasuo Konishi sendo homenageado

“O judô é um buquê com muitas flores, e a competição é apenas uma delas. Nós temos e devemos respeito à hierarquia, à disciplina, aos mais velhos, mais graduados, e acredito que este seja o grande diferencial desta modalidade. Não quero com isto dizer que somos melhores que ninguém, busquei apenas enaltecer aquilo que temos de mais importante, já que a maioria das pessoas pensa o judô apenas como competição e esquece daquilo que nos leva ao treinamento todos os dias, que é justamente o respeito e a disciplina”, lembrou Moisés Penso.

“Sou videirense e tenho muito orgulho de minha ascendência, e quero agradecer imensamente às pessoas que me ensinaram judô. O professor Sérgio Marafon, meu querido pai, Camilo, que por muitas vezes me levou para o dojô pela orelha. Nem que eu viva mil anos e trabalhe para o judô por mil anos poderei retribuir o que o judô fez por mim. É disso que falamos aqui, de fazer nossa história todos os dias, olhando para o futuro sem esquecer o passado. Homenageamos aqui pessoas que fizeram parte do judô catarinense, nos ajudaram a escrever a nossa história e devem ser reverenciados por isso. Espero que um dia possamos levar o judô para as escolas do nosso País, pois ele tem muito a contribuir em nosso desenvolvimento social”, disse o dirigente, que finalizou convocando todos os judocas catarinenses.

O ex-presidente da FCJ, Roberto David da Graça, o Cocada, sendo homenageado

“Minha gestão é pautada em darmos um passo à frente, modernizar algumas coisas, ambicionar mais e querer conquistar mais. Este é nosso norte, e vamos trabalhar para deixar a FCJ cada vez mais moderna e mais atuante”, concluiu Moisés Penso.

Homenageados

A sessão solene homenageou judocas pioneiros e desbravadores que contribuíram decisivamente no desenvolvimento da modalidade em todo o Estado.

Entre os ex-presidentes que foram homenageados na solenidade estava Mário Adolfo Corrêa Filho, primeiro presidente da Federação Catarinense de Judô, eleito na reunião de fundação da entidade, realizada na cidade de Videira, no dia 22 de maio de 1973, na qual, além de Mário Corrêa, estavam os professores Kasuo Konishi, Kenzo Minami, Roberto David da Graça e outros entusiastas e atletas de judô. O judoca Alan Garcia representou o professor Mário Corrêa na solenidade.

O ex-presidente da FCJ, Sílvio Borges sendo homenageado

Camilo Penso, praticante de judô e comerciante na cidade de Videira, sempre foi destaque pelo seu empenho como atleta, mas principalmente por propagar os preceitos filosóficos do judô. O professor Camilo presidiu a federação nos anos de 1975 e 1976.

Kasuo Konishi foi sem dúvida quem disseminou o judô por Santa Catarina. Vindo de São Paulo para Itajaí, passou por Rio do Sul e Videira, de onde expandiu a modalidade pelo Estado. Também foi em Videira que reuniu o maior número de adeptos para fundar a FCJ. Mudou-se para Joaçaba, onde formou novo polo da modalidade, visando mais o Oeste catarinense. Foi o terceiro presidente da entidade, de 1977 a 1979. Reeleito em 1984, comandou o judô catarinense por mais duas décadas.

Alan Garcia recebendo homenagem de Mário Adolfo Corrêa Filho

Entusiasta da modalidade, Vinicius Schimitz de Carvalho iniciou a prática quando estava no Exército, em Curitiba. Voltando a Joaçaba, Vinicius e outros praticantes que formavam a equipe da cidade sentiram a necessidade se integrarem com o órgão que era responsável pelo judô. Foi quando lançaram sua candidatura à presidência; eleito, comandou a FCJ nos anos de 1983 e 1984.

Natural Joinville, Roberto David da Graça, mais conhecido como Cocada, sempre esteve envolvido com o judô de Santa Catarina como atleta, como diretor técnico da FCJ ou técnico das equipes de Joinville e Videira. Foi destaque no Estado e atleta consagrado nas disputas dos Jogos Abertos de Santa Catarina. Após coordenar por décadas vários departamentos da entidade, foi eleito presidente da Federação Catarinense de Judô em 2002 e reeleito por outras duas gestões, até 2012.

Judocas e familiares no plenário da Assembleia Legislativa

Sílvio Acácio Borges tem o judô como esporte desde sua infância; natural de Joinville, além de atleta da sua cidade foi integrante ativo da federação, coordenando vários departamentos. Estabelecido ainda em Joinville, fundou sua academia e expandiu a modalidade aos municípios vizinhos de Guaramirim e Jaraguá do Sul. Elegeu-se presidente da federação em 2013, comandando a entidade até 2016. Hoje Sílvio Acácio Borges é presidente da Confederação Brasileira de Judô.

Moisés Gonzaga Penso, eleito em 2017, está à frente da Federação Catarinense de Judô em seu segundo ano. Além da continuidade nas inovações implantadas por seus antecessores, vem dando um ritmo pujante e enérgico a sua administração, reunificando os professores, desenvolvendo novos projetos e tendo sempre o judô como principal objeto de crescimento.

Judocas e familiares no plenário da Assembleia Legislativa

Professores homenageados

A expansão do judô de Santa Catarina foi bastante rápida em virtude das estratégias adotadas por seus dirigentes, seja pela criação de polos específicos seja pelas pessoas que ajudaram na disseminação da modalidade, levando-a além da prática esportiva, mas como filosofia de vida, repassando o legado deixado pelo criador do judô, o professor Jigoro Kano.

Assim espalharam-se pelo Estado e nesta solenidade receberam seus certificados de desenvolvedores do judô catarinense os professores enumerados a seguir.

Kenzo Minami, vindo do Japão com rápidas passagens por São Paulo e Curitiba, chegou a Joinville em 1965, onde se estabeleceu e começou a ensinar judô. Muito minucioso e sempre bem fundamentado, teve sucesso formando vários judocas que, como ele, começaram a difundir o judô na região.

Natalino Lázare e Moisés Gonzaga Penso

Pedro Nakagaki veio do interior de São Paulo, estabelecendo-se em Criciúma. Mesmo não sendo sua atividade profissional, o judô falou mais alto: montou seu dojô, transmitindo seus conhecimentos e disseminando a modalidade no Sul do Estado.

Moisés Penso com os representantes do judô para todos homenageados na cerimônia

Tsuno Shimazaki, atleta de judô iniciado no Japão, veio diretamente para Blumenau, onde se estabeleceu. Por conta da dificuldade de comunicação com a língua portuguesa, teve a ajuda necessária de seu principal pupilo, o professor Ademir Schultz, e assim conseguiu formar muitos dos atuais professores catarinenses.

Altevir Fonseca Mayer iniciou sua vida no judô em Curitiba, destacando-se nas competições em que atuou. Com espírito aventureiro, mudou-se para Florianópolis e entre outras atividades foi docente da cadeira de judô da UDESC, primeira universidade a ter o judô como disciplina no curso de Educação Física.

Natalino Lázare e Moisés Gonzaga Penso com a linda judoca de Florianópolis que prestigiou a sessão solene

Nelson Wolter começou sua vida de judoca em São Bento do Sul, com o professor Sérgio Marafon. Depois de algum tempo de treinamento mudou-se para Videira, onde fez estágio de aperfeiçoamento com o professor Kasuo Konishi e o acompanhou na expansão do judô para o Oeste do Estado. Desde então esteve sempre envolvido com atividades do judô, tanto em academias quanto na própria federação.

Natural de Videira, Sérgio Luiz Marafon (in memoriam) iniciou sua vida como judoca recebendo os ensinamentos do professor Kasuo Konishi. Ainda como faixa marrom, recebeu uma grande responsabilidade: foi enviado a São Bento do Sul para disseminar o judô no Norte do Estado, onde formou sua família. Seu filho Fabiano Luiz Marafon o representou na solenidade.

Representantes de várias gerações de dirigentes que edificaram o judô barriga verde

Autoridades com homenageados

Moisés Gonzaga Penso, Camilo Moisés Penso e Dirma Zanella