20 de novembro de 2024
Desempenho do Brasil com recorde em Paris mostra nitidamente os objetivos do grupo Renova Judô
No dia que São Paulo e Brasil obtêm o melhor resultado da história nos Jogos olímpicos, membros do Renova Judô mantêm isolacionismo e não comparecem a importante evento da base.
Por Paulo Pinto / Global Sports
5 de agosto de 2024 / Curitiba (PR)
O sábado 4 de agosto foi um dia histórico para o judô do País e, principalmente, o para o do Estado de São Paulo. O Brasil cravou seu nome na história do judô olímpico mundial com a quinta melhor colocação dos Jogos de Paris 2024, tornando-se também a quinta equipe no cenário olímpico da modalidade, totalizando 28 medalhas, atrás somente de Japão, França, Coreia do Sul e Cuba.
Como todos esperavam, a performance dos atletas do Esporte Clube Pinheiros durante a competição individual, associada ao resultado expressivo e inédito obtido pelos judocas da equipe mista, produziu um clima de alegria, comemoração e otimismo nos tatamis montados no Ginásio Neusa Galetti, em Marília, que recebeu a fase final do Campeonato Paulista Sub 13 e Sub 15.
Isolacionismo
Fato muito comentado em Marília foi a ausência de membros da chapa Renova Judô. Apesar das conquistas do Brasil na Arena Champ de Mars, os integrantes desse grupo continuam ignorando os principais eventos da modalidade.
Desta vez, ficou evidente e ausência de sensibilidade social e o desprezo que nutrem pelos judocas das categorias de base. Nada além das disputas da divisão veteranos parece motivar os professores que tentaram paralisar o judô paulista a participarem de forma conjunta e democrática das atividades esportivas realizadas pela equipe de intervenção. O grupo parece ignorar que os judocas sub 15 de hoje serão os atletas da seleção brasileira em dois ou três ciclos olímpicos.
A chapa Avança Judô esteve representada em Marília pelo medalhista olímpico Henrique Serra Azul Guimarães e pelo professor kodansha Raul de Melo Senra Bisneto, que durante toda a competição acompanharam os professores que atuaram no certame e com eles confraternizaram, prestigiando atletas, membros das comissões técnicas e os demais judocas que foram a Marília para acompanhar e valorizar o certame.
“A gestão esportiva, portanto, é uma área multidisciplinar que exige equilíbrio entre habilidades gerenciais, conhecimento técnico esportivo e sensibilidade social. Não trata apenas de jogos e atletas, mas de criar um ambiente sustentável e inclusivo que valorize o esporte como ferramenta para o desenvolvimento humano e social.”
Não se trata de criticar, e sim de cobrar coerência e comprometimento dos membros da comunidade que apontaram o dedo e detrataram ex-dirigentes e que agora confessam total desinteresse pelos destinos da modalidade e revelam imensa incapacidade para participar dos eventos esportivos da entidade.
Todos eles atestam claramente não ter o menor interesse em conviver e interagir com a comunidade e até mesmo de oferecer alternativas que melhorem aquilo que tanto atacam e criticam.
A eleição está marcada para ocorrer ainda este mês, e, mesmo assim, nem o professor Sumio Tsujimoto nem seus vices foram a Marília para ouvir ou confraternizar com os membros da comunidade que afirmam defender.
Ser dirigente esportivo de uma entidade como a FPJudô demanda comprometimento total, renúncia ao convívio com a família e amigos e dedicação constante, ou seja, uma espécie de sacerdócio.
Como já escrevemos antes, os membros do Renova Judô pediram a intervenção, mas paradoxalmente não a apoiam. A meta deles era uma virada de mesa que resultasse na mudança do controle da entidade, ou seja, pretendiam que o comando da entidade caísse no colo deles. Contudo, o insignificante poder de mobilização e a diminuta articulação política do grupo fez com que até os mais confusos professores acabassem vendo claramente o imobilismo político daqueles que irresponsavelmente travaram a gestão da FPJudô.
Falando em gestão, deixamos abaixo um amplo exemplo do significado do termo gestão esportiva. Uma coisa é desejar ser dirigente esportivo, outra totalmente diferente é estar devidamente preparado para sê-lo.
Terminamos este questionamento perguntando: onde estavam os membros do Renova Judô neste sábado, dia em que o judô de São Paulo e o do Brasil obtiveram o melhor resultado da história nos Jogos Olímpicos?
Significado de gestão esportiva
A gestão esportiva é uma disciplina que combina os fundamentos do gerenciamento de negócios, do marketing e da administração e os aplica ao setor esportivo. Seu objetivo é promover, organizar e dirigir entidades e atividades esportivas de maneira eficiente e eficaz, garantindo tanto a sustentabilidade financeira quanto o desenvolvimento atlético e social.
1º – DIMENSÃO ADMINISTRATIVA: No cerne da gestão esportiva está a administração de clubes, federações e instalações esportivas. Isso inclui tudo, desde a contratação de pessoal até o controle de recursos financeiros, manutenção de instalações e implementação de tecnologias para melhorar a experiência dos atletas e espectadores.
2º – ASPECTOS DE MARKETING E COMERCIALIZAÇÃO: Essencial para a sustentabilidade de qualquer entidade esportiva é a habilidade de atrair e manter fãs, patrocinadores e parceiros. A gestão esportiva envolve o desenvolvimento de estratégias de marketing, a negociação de contratos de patrocínio e a promoção de eventos que maximizem a visibilidade e o engajamento.
3º – GESTÃO DE EVENTOS ESPORTIVOS: Organizar eventos esportivos é uma tarefa complexa que requer planejamento detalhado, logística impecável e execução precisa. Os gestores esportivos devem garantir que os eventos ocorram sem contratempos, proporcionando uma experiência segura e prazerosa para todos os envolvidos.
4º – DESENVOLVIMENTO DE TALENTOS E TREINAMENTO: A formação e o desenvolvimento de atletas é outra área crucial da gestão esportiva. Isso inclui não apenas o treinamento físico e técnico, mas também a educação em valores como fair play, ética no esporte e gestão de carreira.
5º – RESPONSABILIDADE SOCIAL E IMPACTO COMUNITÁRIO: A gestão esportiva também enfatiza o papel do esporte como ferramenta para o desenvolvimento social e comunitário. Programas de inclusão social, projetos que promovem a saúde e o bem-estar e iniciativas que integram diferentes segmentos da sociedade são fundamentais para uma gestão esportiva eficaz.
6º – LEGISLAÇÃO E GOVERNANÇA: Conhecimento profundo de leis, regulamentos e normativas que regem o esporte também é essencial. A gestão esportiva deve assegurar que todas as atividades estejam em conformidade com as leis locais e internacionais, promovendo uma prática esportiva justa e regulada.
A gestão esportiva, portanto, é uma área multidisciplinar que exige equilíbrio entre habilidades gerenciais, conhecimento técnico esportivo e sensibilidade social. Ela não trata apenas de jogos e atletas, mas de criar um ambiente sustentável e inclusivo que valorize o esporte como ferramenta poderosa para o desenvolvimento humano e social.