19 de novembro de 2024
Difusores do aikidô tradicional de Masanao Ueno e Morihiro Saito no Brasil reúnem-se em São Paulo
Aikidô Iwama Brasil, Takemusu Kai Brasil, Dentow Iwama Ryu Brasil e Instituto Takemussu-Brazil Aikikai, centros de prática do Takemusu Aiki, promovem encontro na capital paulista.
Por Paulo Pinto / Global Sports
27 de julho de 2023 / Curitiba (PR)
Shihan Marcelo Tadeu Fernandes Silva, diretor técnico do Dojô Masanao Ueno e representante do Takemusu Aikido Kai do Japão no Brasil, foi o mentor do encontro histórico nas instalações cedidas pelo O-Sensei no IE, onde funciona o Instituto Takemussu – Brazil Aikikai no bairro da Saúde.
Reuniram-se pela primeira vez pouco mais de 50 praticantes que cultivam o aikidô tradicional e não apenas o moderno, entre os quais líderes, faixas-pretas e alunos de quatro importantes escolas que difundem a prática do Takemusu Aiki no Brasil, senseis José Silva, Alexandre Sallum Büll, Carlos Nogueira e Edgar Sallum Büll e os shihans Marcelo Tadeu Fernandes Silva e Wagner Büll, o mais antigo praticante e instrutor de aikidô do Brasil, na atualidade.
Shihan Marcelo explicou que numa conversa com o mestre Wagner Büll surgiu a ideia de reunir as escolas que praticam e difundem verdadeiramente o Takemusu Aiki no País para que cada liderança mostrasse as peculiaridades de seus dojôs – e o projeto deu certo.
“O professor Wagner Büll e eu costumamos ter longas conversas, pois ele é um grande entusiasta do aikidô, assim como eu, foi aluno de Masanao Ueno sensei na época em que ele estava no Brasil, na década de 1980, e por isto temos especial afinidade. Lancei a ideia de realizarmos um encontro de professores que têm a mesma interpretação do Takemusu Aiki e imediatamente ele concordou. Com isto convidei os mestres e algus alunos da escolas que praticam o Takemusu Aiki no Brasil, que aceitaram nosso convite e vivenciaram esta experiência.”
Aikidô espontâneo
Em sua apresentação Marcelo Silva falou sobre a poderosa técnica do Masanao Ueno sensei. “Busquei mostrar aos participantes a ideia de que o Takemusu Aiki é o aikidô espontâneo, e que não está ligado a uma forma específica ou a um determinado kata, mas a uma percepção natural do praticante de como vem o ataque, de qual é a intenção dele, e utilizar a situação para se harmonizar ou aplicar a técnica propriamente dita. A técnica do Ueno sensei era tão poderosa que chegava a dar medo. O pouco que consegui aprender daquilo – e que eu ainda estudo, obviamente – tem a ver com potência corporal, mas vai além disso, uma percepção do início da intenção do uke, ou seja, daquele que ataca.”
Shihan Marcelo explicou que Takemusu Aiki é a síntese do desenvolvimento de Morihei Ueshiba. “Quando empregamos a definição Takemusu, referimo-nos ao aikidô que paira entre a espiritualidade, a ideia da filosofia shintoísta e o budô, ou a marcialidade que pode machucar ou ferir mortalmente.”
Marcelo Silva acredita firmemente que encontros como este favorecem muito a percepção de outras escolas, que às vezes ficam no submundo e não aparecem. “Por mais que muitos pensem o contrário, existe a possibilidade de nós aprendermos com escolas que não integram o circuito do Aikikai, indubitavelmente a grande organização do aikidô mundial. Ou seja, há vida de AIkido além do Aikikai.”
Segundo ele, há escolas de aikidô com uma qualidade extraordinária e os encontros favorecem os grupos pequenos e trazem visibilidade a esses dojôs e escolas que não se encontram sob o guarda-chuva do Aikikai. “O mais interessante para o praticante é esta integração, é experimentar coisas novas, absorver percepções, técnicas e interpretações diferentes e aplicá-las ao próprio aikidô ”
Desenvolver o aiki
Em sua palestra, o professor Edgar Sallum Büll (go-dan 5º dan), do Instituto Takemussu, mostrou técnicas específicas para desenvolver o aikicomo uma habilidade de defesa pessoal aplicada ao aikidô.
“Procurei demonstrar diversos exercícios e técnicas que ensinam a desenvolver o aiki dentro do meu treinamento nesses 31 anos com shihan Wagner Büll, como seu filho, dentro de sua larga pesquisa, nos vários estilos de aikidô, ligados ao Aikikai ou não, especialmente junto ao grão-mestre de aikijiujitsu e aikidô Nobuo Maekwa, com o qual vou periodicamente ao Japão para treinar. O foco da minha aula no evento foi mostrar como treinar de forma que, ao longo do tempo, o praticante passe a sentir e a usar o aiki como uma habilidade de defesa pessoal aplicada ao aikidô. Foram diversos exercícios dentre muitos que nós temos no repertório de treinamento diário. Felizmente pude constatar que os aikidoístas presentes começaram a perceber que existe algo além da mecânica tradicional e que há outro tipo de técnica e de habilidade.”
Sensei Edgar destacou que, por já treinar há 55 anos, o shihan Wagner Büll pratica o aikidô em um nível muito elevado, executando técnicas sem usar a força muscular, predominando a energia ki. “Mas isto poucas pessoas no dojô compreendem e então estou dando aos alunos a opção de aprenderem a fazer as técnicas do aikidô moderno usando o ki, mas também potencializando os movimentos corporais, com um estágio intermediario, ou seja, não executar quase uma dança, como alguma escolas vêm fazendo, e induzindo as pessoas verem o aikidô como uma arte que não funciona como defesa pessoal.”
“É claro que eles não dominam os recursos que o shihan Büll possui, de derrubar praticantes sem tocá-los. Ele obtêm este resultado com algumas pessoas, mas não em todas porque ainda está em processo de evolução, e quer chegar ao nível que o fundador atingiu por meio do Bannen Aikidô, sendo inclusive autorizado pelo o único uchi-deshi do fundador vivo, mestre Hideo Hirosawa, para representá-lo no Brasil. Mas é algo que por enquanto somente ele faz, embora todos treinem em suas aulas. Meu irmão Alexandre é roku-dan (6º dan) do aikidô moderno, mas não o pratica como dança; seu aikidô é vigoroso, mas bem diferente daquilo que eu faço, se parece mais ao que Büll shihan fazia antes de Doshu vir ao Brasil. Assim no Instituto Takemussu temos “pratos” variados, temos o aikidô moderno, que nós três fazemos, o aikidô mesclado com aikiujutsu que eu ensino, e o Bannen Aikido praticado pelo shihan Büll. Entretando todos nós cultivamos o aikidô buscando a criatividade na hora dos ataques, ou seja, o Takemusu Aiki.”
Sensei Edgar que é o dojo cho da O-Sensei no Ie – uma das casas de O-sensei no Brasil –, ressaltou a importância da reunião, destacando a integração que é a essência do aikidô ao harmonizar grupos diferentes e trabalhar com diferentes pessoas em harmonia.
“Esse é o objetivo quando falamos das escolas que focam no conceito Takemusu. São dojôs que têm por origem a busca do aikidô idealizado e legado pelo fundador, e não apenas a prática do aikidô moderno, que é também muito bom e praticado por mais de 95% da população aikidoística mundial ligada à Fundação Aikikai mas enfoca mais em movimentos, saúde, fluidez, sem preocupação maior com o aspecto do Budô – este implica buscar a essência do O-Sensei. E nós percebemos ao ver o desempenho dos alunos das escolas que se reuniram neste evento que todos estão buscando esse aikidô tradicional, o Takemusu Aiki.”
Dividir o mesmo espaço e trocar conhecimento
Aluno direto de Hitohira Saito, sensei José Silva representa o Dentow Iwama Ryu Aikidô no Brasil e é diretor técnico da Dentou Iwama Ryu Brasil, organização que congrega quatro dojôs no País: Torii Dojô em Ribeirão Preto (SP), Bunkyo Aiki Dojô em São Bernardo do Campo (SP), Aiki Shuren Dojô em São Paulo (SP) e Nozomi Dojô no Rio de Janeiro (RJ).
É oportuno lembrar que o grande mestre Morihiro Saito pertencia ao Aikikai, mas fazia muitos protestos quanto à forma de treinar do aikidô moderno por abdicar do aspecto marcial, relegando o Budô ao segundo plano. Saito shihan ficou famoso pelo ensino da utilização de armas como o bokken e o jo no aikidô. Quando ele faleceu, seu filho Hitohira Saito decidiu separar-se do Aikikai e criar sua própria escola, combinando o Tai Justusu (técnicas corporais), e o Buki Wawa (técnicas com armas) num sistema que ele chamou de Riai.
Extremamente focado e pragmático, sensei José Silva expressou de forma bastante clara sua visão do Takemusu Aiki. “É o aikidô de O-Sensei e, na minha humilde interpretação, compõe-se de aikiken, aikijo e taijutsu. Então, existe esta correlação, este Riai Keiko, que precisa ser feito para treinar devidamente o aikidô de O-Sensei.”
Yon-dan no Dentow Iwama Ryu e uchi deshi (discípulo aceito) de Hitohira Saito, por seis vezes sensei Silva foi ao Japão aprofundar seu conhecimento sobre o Takemusu Aiki. Participou de numerosos seminários, assim como promoveu e realizou vários workshops na América Latina, principalmente no Brasil e no Uruguai. Somente no Brasil promoveu 16 seminários com mestres japoneses de Iwama Shin Shin Aiki.
Na avaliação de sensei José Silva, encontros como o realizado neste fim de semana só contribuem no crescimento do aikidô. “A adversidade é fundamental em toda atividade humana, e o reconhecimento dela é primordial para vermos com mais clareza tudo aquilo que está a nossa volta, para abrir as nossas cabeças, pensarmos fora da caixinha e voltarmos para dentro dela fazendo um trabalho sério e árduo sempre em direção aos nossos corações”, afirmou.
Ele entende que cada treino é uma oportunidade única de o praticante sentir-se próximo do fundador. “E, sem dúvida alguma, de vez em quando temos de dividir o mesmo espaço e trocar conhecimento, visando ao desenvolvimento da nossa arte, o aikidô, e o aprimoramento da nossa percepção sobre nossos pares.”
Caminho da harmonia
Alexandre Sallum Büll, sensei roku-dan (6º dan de Aikikai), do Instituto Takemussu, avalia que o principal ponto do encontro realizado pelas quatro importantes escolas foi o fato de os seis palestrantes terem transmitido, na essência, a grande ideia de aikidô.
“Precisamos definitivamente levar em conta que, mais do que uma arte marcial de defesa pessoal, o aikidô é uma atividade que certamente melhora a qualidade física dos seus praticantes, os componentes cardiorrespiratórios como atividade de saúde, mas sobretudo é uma arte que transcende a parte física e extrapola os limites do dojô, em nosso dia a dia”, detalhou.
“Então, treinando aikidô dessa forma, ou seja, aprendendo a interagir harmoniosamente com uma pessoa que o ataca, o praticante consegue desenvolver habilidades que o tornarão uma pessoa melhor. Do ponto de vista físico, aqui se aprende a trabalhar a não agressão. Se acontece uma agressão, não se deve defender e agredir, mas aprender a harmonizar-se com a agressão e transformar uma energia, inicialmente destrutiva, em algo construtivo.”
Fazendo um paralelo com o dia a dia, sensei Alexandre diz que seria como transformar um inimigo em um sócio. “Esse seria o ideal. A energia é sempre positiva, o problema consiste no que fazemos com ela. Quando nós entendemos a essência do aikidô, percebemos que ele é um caminho de transformação, porque nos ensina a concatenar ideias, muitas vezes dissonantes e divergentes, em prol de um objetivo comum, e então não vamos agredir.”
Sensei Alexandre Büll, que profissionalmente é cirurgião renal e instrutor de residentes na especialidade no Hospital das Clínicas, é roku-dan (6ºdan) do Instituto Takemussu. Ele estagiou como uchi-deshi no Japão e em Nova York com Yamada sensei e foi designado como waka sensei (herdeiro) da familia Büll, no Instituto Takemussu. Alexandre lembrou que na história da humanidade muitos líderes tentaram vencer por meio da força mas, no fim, o todo acabou engolindo cada um deles.
“Assim, vencer sobrepujando o adversário nunca é a melhor saída, e essa é a grande ideia do fundador do aikidô, que entendia ser possível achar um ponto comum num momento de discórdia e dissonância. Foi isso que tentei mostrar nos dois tipos de treino que demonstrei. Nós temos de treinar isso no aikidô, mas isso serve para a sociedade como um todo. Temos de parar de ir contra quem diverge de nós e de não sermos inflexíveis, cabeças duras, e não entender o lado dos nossos parceiros ou agressores. A ideia é aceitar as divergências e dissonâncias e tentar achar sempre um ponto comum, e isso é possível na técnica que nós treinamos.”
Alexandre Büll lembrou que tecnicamente é possível aproveitar a energia do outro em prol do benefício mútuo e esse conceito é muito mais importante porque extrapola para o dia a dia, permitindo estabelecer esse princípio no ambiente familiar ou profissional.
“Atitudes como estas transformam definitivamente nossas vidas, já que buscamos sempre ter mais felicidade e alegria. Quando experimentamos essa sensação que não é se entregar, mas dentro do conflito procurar sempre uma solução harmoniosa. Isso é extremamente difícil, mas é possível. O aikidoísta que consegue desenvolver a sua percepção e aguça a sua compreensão, naquele momento difícil ou no momento em que terá de tomar a grande decisão da sua vida, vai agir plenamente, achando um ponto de equilíbrio e de harmonia entre as condições dissonantes.”
Esse foi o ponto principal da palestra de sensei Alexandre. “Busquei mostrar aos alunos esse tipo de experiência, vivenciar na prática como treinar aikidô interagindo de forma harmônica, pois é um muito fácil vencer pela força para quem é mais forte. E se não for? A ideia é que para desenvolver essa capacidade de interagir e harmonizar não é necessário ser o melhor. Quem aprender a harmonizar, em todo e qualquer momento ou em todas as situações divergentes, achará um ponto de conciliação e terá uma vida muito mais tranquila, harmoniosa e feliz. Temos de ter em mente que, acima de tudo, o aikidô é o caminho da harmonia.”
Vivência maravilhosa
Detentor de certificados de instrutor yon-dan (4º dan) de Aiki Ken e Aiki Jô, firmados pelo shihan Morihiro Saito, discípulo direto do fundador Morihei Ueshiba, sensei Carlos Nogueira é instrutor-chefe do Dojô Yama Kase, do Rio de Janeiro.
Em sua palestra sensei Nogueira mostrou sua interpretação do Takemusu Aiki. “A minha suposição é que Takemusu Aiki é algo além da forma, daquilo que tem sido apresentado como aikidô. Todos que já treinaram comigo sabem que estou sempre trabalhando com bokken e jô, mas fazendo uma correlação com o que foi nosso início no aprendizado de dirigir um automóvel, por exemplo. Era terrível, tinha de prestar atenção em tudo e fazia todo e qualquer movimento com extremo cuidado, usando a forma. Por isso apresentei um exercício em que o tori e o uke estão com os olhos fechados para perceberem com maior nitidez o que estão fazendo.”
Sensei Nogueira alerta que esse pequeno detalhe altera totalmente o senso de equilíbrio, fazendo que o praticante tenha de ampliar, ou simplesmente mudar, a sua percepção de espaço e distância, bem como a maneira de enfrentar as adversidades ou uma situação de perigo. “Esta busca constante é como defino o Takemusu Aiki”, resumiu.
Para ele, o encontro foi uma vivência maravilhosa. “Saio daqui feliz da vida porque o aikidô é a minha arte a arte que eu sigo. Poder viver um dia inteiro com muita gente jovem e pessoas com muito mais experiência, todos se unindo e promovendo um evento desse tamanho, é maravilhoso, pois além de mostrar caminhos, registra um novo momento para a nossa arte.”
Experiência extremamente rica
O shihan Wagner Büll, anfitrião do encontro, externou enorme satisfação por receber em seu dojô renomados professores que representam importantes escolas do aikidô tradicional no Brasil.
“No Brasil e no mundo todo o aikidô chamado moderno, com raras exceções, vem sendo praticado com ênfase nos katas, algo muito parecido como uma coreografia previamente ensaiada e que não realiza o Bunkai. Sem ele, todo e qualquer kata é apenas um conjunto de movimentos sem sentido, e esta atitude faz que aikidô de Morihey Ueshiba, denominado inicialmente aikibudô e posteriormente de Takemusu Aiki e Bannen Aikidô, perde um dos seus pilares.”
Shihan Büll explicou que os katas foram criados pelos grandes mestres fundadores das principais disciplinas marciais japonesas, coreanas e chinesas para transmitir os fundamentos e os principios esotéricos das artes e caminhos marciais. Se não forem executados desta forma, a prática torna-se algo realizado apenas para melhorar a saúde, dar maior flexibililade, além de outros beneficios similares à dança ou uma atividade física qualquer.”
Há 38 anos shihan Büll treinou com o monge xintoísta Massanao Ueno, o mesmo com quem o shihan Marcelo Silva, representante da Takemusu Kai no Brasil, treinou quando voltou ao Japão. Esta organização foi criada pelo mestre Susuki, que aprendeu Takemusu Aiki diretamente com o fundador e depois que este faleceu separou do Aikikai e fundou sua própria escola.
“O que busco fazer hoje é abrir os olhos da comunidade aikidoísta e convencê-la de que o aikidô não é uma arte coreográfica criada para melhorar a saúde do praticante, e sim uma poderosa arte marcial que usa como ferramenta didática o desenvolvimento e o uso da energia ki, visando a levar o praticante a enxergar a realidade do mundo profano, a procurar exercê-la dentro das leis espirituais presentes na natureza. No fundo é uma arte esotérica que ficou escondida com os grandes mestres do Oriente.”
O aikidô moderno enfoca mais a visão de Kishomaru Ueshiba, filho do fundador, tornando a arte uma prática mais abrangente que pudesse ser praticada por qualquer pessoa, mesmo as que não gostassem de artes marciais. É claro que existem grandes artistas marciais dentro do Aikikai, mas nem todos praticam Takemusu Aikido.
Como delegado do Aikikai, shihan Wagner Büll pode promover pessoas no Brasil oficialmente pela entidade. “Mas o fato de alguém dizer que pratica aikidô não significa ela que siga exatamente a proposta de Morihei Ueshiba, que também denominava a arte como Takemusu Aiki, e dizia que o Aiki que ele praticava era um caminho de iluminaçao espiritual por meio da prática marcial, ou seja, um Shin Budo.
Outros mestres do Brasil, como os das três organizações que promoveram e participaram do encontro na capital paulista, também praticam aikidô com o mesmo objetivo de se identificar com os ensinamentos do fundador, por isto a reunião foi possivel.
“O professor Marcelo Silva, representante da Takemusu Kai Brasil, decidiu promover este evento para reunir todos aqueles que estão comprometidos com esta proposta de praticar o aikidô sim, mas como Takemusu Aiki”, esclareceu shihan Wagner Büll.
“Carlos Nogueira, da Aikidô Iwama Brasil, treinou com Morihiro Saito, no Japão, e José Silva, da Dentow Iwama Ryu Brasil, com Hitohiro Saito. Este evento foi uma excelente oportunidade para que cada mestre conhecesse o trabalho realizado pelos demais, bem como para promover a integração dessas escolas dentro do espírito do Takemusu Aikidô.”
Para Wagner Büll, o ponto alto do evento foi mostrar que existem no Brasil outras organizações com professores sérios e comprometidos em resgatar o tradicional Takemusu Aiki e tentar mudar a imagem de que o aikidô seja algo mais suave, não marcial, bom apenas para a saúde e a sociabildidade.
“Foi muito bom ver a alegria e o interesse dos aikidoístas presentes, ao verem como praticam os alunos de outras escolas dentro da mesma filosofia essencial de Morihei Ueshiba, mas com formas diferentes de acordo com a personalidade, experiência e o estilo de cada instrutor. Sem dúvida alguma, foi uma ocasião extremamente rica, na qual todos nós pudemos aprender um pouco mais.”
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