15 de novembro de 2024
Douglas Vieira realiza estudo comparativo sobre qualificação de treinadores de judô do Brasil
Pesquisa voltada para treinadores estaduais, nacionais e internacionais vai avaliar a formação e as condições de trabalho dos técnicos de todo o País
Gestão Esportiva
14 de abrilde 2020
Por PAULO PINTO I Fotos ARQUIVO
Curitiba -PR
Em 2015 o Comitê Olímpico do Brasil (COB) realizou o primeiro curso para capacitação de treinadores de judô brasileiros. Após as 850 horas de aula, os participantes foram divididos em grupos de três e tiveram de apresentar pesquisas sobre algum tema abordado durante o curso realizado pelo COB no Rio de Janeiro.
Uma das equipes decidiu pesquisar a formação, a titulação e as reais condições de trabalho dos treinadores de judô. Ela era formada por Douglas Vieira, professor kodansha shichi-dan (7º dan); Andréa Berti, técnica da seleção brasileira feminina sub 18; e Alexander Guedes, técnico de um importante projeto social em Cubatão, no Litoral Paulista. O orientador foi o professor doutor Luís Maduro, ex-presidente da Federação Gaúcha de Judô (FGJ).
A pesquisa também abrangeu áreas de atuação dos treinadores: projetos sociais, de base, rendimento e alto rendimento; a base salarial; recursos técnicos e equipamentos disponíveis, entre outros.
Agora, cinco anos depois, o vice-campeão olímpico em Los Angeles 1984 achou por bem realizar nova pesquisa para comparar as realidades de 2015 e 2020.
“Na verdade, estamos refazendo a mesma pesquisa, porém introduzimos algumas mudanças que oferecerão uma visão muito mais abrangente da realidade dos treinadores de judô do Brasil. A mudança mais significativa é que em 2015 ouvimos apenas os técnicos que atuavam em nível nacional e internacional, enquanto agora ouviremos também treinadores estaduais”, detalhou Vieira.
Ele lembrou que, além de definir o perfil dos técnicos de judô do Brasil, a nova pesquisa mostrará o conhecimento acadêmico médio deles.
“Naquela época existia um número expressivo de técnicos sem nenhuma formação acadêmica e muitos ainda cursavam a faculdade de educação física. Havia ainda treinadores formados em áreas como engenharia e arquitetura, fora do contexto de treinadores, mas com o CREF provisionado, o que lhes permitia atuar em nossa área”, explicou Vieira.
“Quando decidi refazer a pesquisa e reavaliar as condições de trabalho dos treinadores do Brasil, fiz contato com o professor doutor Maduro, a Andréa Berti e o Alexander Guedes e os convidei a participar dela, mas todos estão focados em outros objetivos no momento e declinaram do convite”, acrescentou Vieira.
“O trabalho pretende fazer um raio-x dos treinadores de judô de todo o País. “Temos o resultado macro da pesquisa realizada em 2015 e vamos cruzá-lo com as informações que obteremos a partir da nova pesquisa. Os dados são sigilosos e a nossa intenção é medir a qualidade e as reais condições de trabalho dos treinadores de judô do todo o Brasil”, disse.
“A partir dessa pesquisa poderemos avaliar qual é o nível de formação dos nossos treinadores. Dados como salário, graduação, pós-graduação, mestrado, doutorado e a estrutura física de que cada um dispõe – uma ou mais áreas de tatami, salas de musculação e fisioterapia, entre outros itens”.
O professor kodansha shichi-dan (7º dan) Douglas Eduardo de Brito Vieira possui licenciatura plena em educação física pela Universidade Federal de São Paulo (USP) e mestrado em neurofisiologia pela Unifesp. É técnico da seleção brasileira sub 21 masculina desde 2010, supervisor técnico e professor de judô do Club Athletico Paulistano desde 2001 e coordenador de alto rendimento do Esporte Clube Pinheiros desde 2015. Como atleta conquistou a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Los Angeles 1984; foi bronze na Copa Jigoro Kano (Japão 1986), campeão sul-americano (Brasil 1985), vice-campeão pan-americano (México 1984) e vice-campeão mundial universitário (Finlândia 1982).
Para participar deste importante trabalho CLIQUE AQUI e preencha todos os campos da pesquisa. Se preferir, escreva para o e-mail douglasvieirajudo@gmail.com.