18 de novembro de 2024
Em comemoração ao Dia do Atleta Paralímpico CPB divulfa principais feitos dos atletas do Brasil em 2022
Dia Nacional do Atleta Paralímpico dá sequência às comemorações ao Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, celebrado em 21 de setembro
Fonte CPB
22 de setembro de 2022 / Curitiba (PR)
O Dia Nacional do Atleta Paralímpico é comemorado hoje, e o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) celebra a data divulgando os principais feitos dos atletas do Brasil neste ano. A data foi instituída a partir do decreto lei № 12.622, de 8 de maio de 2012, mas começou a ser comemorada apenas em 2014.
O Dia Nacional do Atleta Paralímpico dá sequência às comemorações ao Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência (21 de setembro), que existe desde 2005 com o objetivo de conscientizar sobre a importância do desenvolvimento de meios de inclusão das pessoas com deficiência na sociedade.
Relembre os 10 principais feitos que os atletas paralímpicos conseguiram este ano até o momento.
Campanha histórica na natação
A Ilha da Madeira, em Portugal, entrou para a história do esporte paralímpico brasileiro como o local em que os nadadores do país realizaram a maior campanha de todos os tempos em um Campeonato Mundial. Na competição realizada em junho, o Brasil terminou na terceira colocação com 19 ouros, 10 pratas e 24 bronzes, o que totalizou 53 medalhas.
O Brasil participou do Mundial de natação na Ilha da Madeira com 29 atletas, sendo 13 estreantes. A campanha do Brasil superou a de Eindhoven 2010, quando foi conquistado 14 ouros, 13 dos quais com a participação da dupla Daniel Dias e André Brasil – ambos aposentados do esporte de alto rendimento atualmente. O desempenho de 2022 ultrapassou também o Mundial de 2017, na Cidade do México, quando o país foi 36 vezes ao pódio.
Supremacia absoluta no judô
A Seleção Brasileira de judô não deu chances para os adversários nos tatamis em 2022. Em todas as etapas do Grand Prix da modalidade no ano até agora, a equipe nacional sagrou-se campeã.
O primeiro Grand Prix, em Antalya, na Turquia, em abril, foram seis ouros, uma prata e um bronze. Já no Grand Prix de Nur-Sultan, no Cazaquistão, o país subiu ao pódio com todos os 12 judocas: foram cinco medalhas de ouro, três de prata e quatro de bronze obtendo 100% de aproveitamento.
No Grand Prix de São Paulo, realizado no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, em julho, mais um título: primeira colocação geral com 17 medalhas no total, sendo seis de ouro, três de prata e oito de bronze.
Título inédito no goalball
Após ser três vezes vice-campeã, a Seleção Brasileira feminina de goalball conquistou o seu primeiro título do Campeonato das Américas em fevereiro deste ano, no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo. Na decisão, o time comandado por Jônatas Castro derrotou o Canadá por 5 a 0.
Com o título continental, a equipe brasileira feminina assegurou sua presença no Mundial da modalidade, em dezembro.
Pela mesma competição, a Seleção Brasileira masculina de goalball confirmou o seu favoritismo após o título paralímpico nos Jogos de Tóquio e conquistou o bicampeonato ao derrotar os Estados Unidos por 12 a 2. Antes, o Brasil havia conquistado o título em 2017, e ficado em terceiro lugar em 2013 e na quarta colocação em 2005, nas outras edições da competição.
Novo recorde mundial nos 100 m
O velocista paraibano Petrúcio Ferreira bateu o recorde mundial nos 100 m da classe T47 (atletas com deficiência nos membros superiores) durante o Desafio de atletismo CPB/CBAt, qu aconteceu em março na pista do Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo.
O bicampeão paralímpico da prova fez o percurso em 10s29 e reforçou o título de atleta paralímpico mais rápido do mundo. O recorde anterior também era dele. Em 2019, no Mundial de Dubai, o paraibano realizou a prova em 10s42.
Primeiro título de Grand Slam
A tenista brasiliense Jade Lanai, 17 anos, conquistou o inédito título feminino de simples do US Open Junior em cadeira de rodas. Esta é a primeira vez na história que o Brasil faturou um título de Grand Slam no tênis em CR.
Na decisão do Grand Slam norte-americano, um dos quatro torneios mais importantes da temporada, a tenista brasileira superou a japonesa Yuma Takamuro por 2 sets a 1, parciais de 7/5, 2/6 e 7/6 [10-5], em uma partida que durou mais de duas horas. Além do troféu na chave de simples do US Open, Jade também foi campeã em duplas, ao lado da norte-americana Maylee Phelps.
Bicampeonato no halterofilismo
O Brasil conquistou o bicampeonato do Open das Américas de halterofilismo, disputado nos EUA, em julho. E a campanha de 2022 superou a de 2018, quando o país foi o melhor em Bogotá, na Colômbia, com quatro ouros, seis pratas e seis bronzes.
Os 24 atletas brasileiros que representaram o país no Open deste ano conquistaram 21 medalhas no total: oito de ouro, sete de prata e seis de bronze. Um dos destaques da participação brasileira foi a paulista Mariana D’Andrea, que conquistou a medalha de ouro batendo o próprio recorde das Américas (140 kg) e igualando a melhor marca paralímpica de todos os tempos, que pertencia à francesa Souhad Ghazouani, nos Jogos do Rio 2016.
Domínio no futebol de cegos
Único país a conquistar todas as medalhas de ouro no futebol de cegos na história dos Jogos Paralímpicos, a Seleção Brasileira continuou com o domínio dentro das quatro linhas em 2022. Em uma das competições mais importantes do ano, o Brasil conquistou o IBSA Grand Prix 2022 do México e assegurou de maneira antecipada a sua vaga para o Mundial da modalidade de 2023, que será realizado em Birmingham, na Inglaterra.
Além disso, a Seleção Brasileira disputou o Desafio das Américas com duas equipes, A e B, e conquistou o título e o vice-campeonato da competição realizada no CT paralímpico, em julho. Já em setembro, a Seleção Brasileira conquistou o título do Grand Prix da França ao derrotar o Japão nos pênaltis, por 1 a 0, após o empate sem gols no tempo normal.
No ano, a equipe nacional ainda obteve o bicampeonato da Tango Cup, torneio disputado em Buenos Aires. Na final, os brasileiros derrotaram a Argentina por 1 a 0, com gol do ala Maicon.
Recordes e medalhas no atletismo
O Brasil ficou na liderança do quadro geral de medalhas do Grand Prix de atletismo paralímpico em Marrakech, no Marrocos, realizado neste mês de setembro. Ao todo, a Seleção Brasileira da modalidade conquistou 36 medalhas, sendo 21 ouros, 13 pratas e dois bronzes e ficou à frente de 39 países que participaram do evento.
Durante a competição, a paulista Beth Gomes quebrou o próprio recorde mundial no arremesso de peso da classe F52 (atletas que competem em cadeiras). Arremessou para 8,69 m e bateu sua própria marca de 8,45 m, alcançado no Campeonato Brasileiro da modalidade, em maio.
Em junho, o Brasil também teve grande participação no Grand Prix de Paris. Ao todo, conquistou oito medalhas: cinco de ouro, duas de prata e uma de bronze. Destaque para o bicampeão paralímpico Alessandro da Silva, que quebrou o recorde mundial no lançamento de disco da classe F11 (para atletas com deficiência visual) na competição.
Participação histórica na neve
A missão brasileira nos Jogos Paralímpicos de Inverno em Pequim 2022 entrou para a história por ter sido a maior entre todas, com seis atletas: além do gaúcho André Barbieri, no snowboard, o país foi representado por cinco esquiadores cross-country: a paranaense Aline Rocha, os paulistas Wesley Vinicius dos Santos e Guilherme Rocha, o rondoniense Cristian Ribera e o paraibano Robelson Lula.
Aline conseguiu o melhor resultado do Brasil da prova de esqui cross-country de média distância ao terminar na décima colocação nas finais. Entre os homens, o Brasil também se mostrou competitivo. Cristian Ribera foi o brasileiro mais bem colocado: 9º colocado no sprint.
Esta foi apenas a terceira participação do Brasil em Jogos Paralímpicos de Inverno – a primeira ocorrera há oito anos, em Sochi (RUS).
Dobradinhas na canoagem
Os brasileiros Igor Tofalani e Fernando Rufino conquistaram a dobradinha no pódio Campeonato Mundial de canoagem, em Halifax, no Canadá, no último mês de agosto. O primeiro conquistou o ouro e o segundo, a prata, respectivamente, na prova dos 200 m VL2 (atletas que usam tronco e braços na remada). O Brasil terminou a competição no terceiro lugar no ranking geral de medalhas, com um ouro, duas pratas e um bronze.
Uma semana depois, no Parapan-Americano da modalidade, no mesmo local, a dupla repetiu o feito. Faturaram as medalhas de ouro e prata, respectivamente, nos 200 m VL2. Ao todo, o país faturou oito medalhas: três de ouro, três de prata e duas de bronze.