18 de novembro de 2024
Em Ecaterimburgo, Brasil disputa três finais e fica em quinto lugar
Maria Suelen é campeã e o Brasil volta da Rússia com seis medalhas: duas de prata com Mayra Aguiar e Maria Portela e três de bronze com Rafael Macedo, David Moura e Rafael Silva
Grand Slam de Ecaterimburgo
18 de março de 2019
Fonte LARA MONSORES/CBJ I Fotos MAYOROVA MARINA e ALENEZI FAWAZ/IJF
Ecaterimburgo – Rússia
Neste domingo (17), o judô brasileiro encerrou em alta a sua participação no Grand Slam de Ecaterimburgo, na Rússia, conquistando cinco medalhas e o quinto lugar entre os 47 países participantes. O maior destaque do Brasil na campanha da Rússia foi o título da peso pesado do Esporte Clube Pinheiros, Maria Suelen Altheman, que na final derrotou a francesa Anne Fatoumata M’Bairo, de virada.
Mayra Aguiar (78kg) ainda levou a prata e Rafael Macedo (90kg), David Moura (+100kg) e Rafael Silva Baby (+100kg) conquistaram as primeiras medalhas da seleção masculina em 2019, todas de bronze. Com a prata de Maria Portela (70kg) no sábado, o Brasil alcançou seis pódios e o quinto lugar no quadro geral, atrás da Rússia (1º), Israel (2º), França (3º) e Japão (4º).
A caminhada de Maria Suelen na Rússia começou com vitória sobre a israelense Raz Hershko, o que a garantiu nas quartas. A partir daí, foram duas vitórias sobre compatriotas. Primeiro, venceu Rochele Nunes, que hoje luta por Portugal, nas punições (3-2). E, na semifinal, conseguiu o ippon sobre Beatriz Souza.
A disputa pelo ouro foi emocionante e Suelen precisou buscar a virada depois de ficar em desvantagem de um wazari logo no primeiro minuto de luta com Anne Fatoumata M’Bairo, da França. Mais agressiva, a brasileira foi para cima, empatou o combate no tempo normal e, no terceiro minuto do golden score, liquidou a disputa com mais um wazari.
“Comecei a final perdendo. Mas, graças à grande sintonia com o técnico Mario Tsutsui, tive cabeça para conseguir virar o placar. Essa conquista me ajudou bastante no ranking olímpico e no classificatório para o campeonato mundial”, avaliou Suelen. “A equipe inteira está de parabéns. Fizemos três finais e isso mostra que estamos cada vez mais preparadas para os próximos desafios.”
Na mesma categoria, o Brasil teve a chance de fazer uma dobradinha com Bia Souza, que acabou deixando escapar a medalha de bronze no combate com a lituana Sandra Jablonskyte.
Mayra Aguiar também chegou à final de sua categoria com três vitórias nas preliminares. Venceu a britânica Jemima Yeats-Brown na estreia e, nas quartas, passou pela japonesa Rika Takayama. Na semifinal, novo encontro com a austríaca Bernadette Graf, adversária da brasileira na final em Oberwart e nas quartas em Dusseldorf. Vitória para Mayra por wazari e classificação à terceira final consecutiva da brasileira no circuito mundial da FIJ.
Em duelo equilibrado com a japonesa Mao Izumi, Mayra conseguiu impor leve vantagem nas punições (2-1), mas caiu no shime-waza (estrangulamento) da adversária e bateu, decretando a vitória da japonesa.
Os homens subiram ao pódio três vezes neste domingo, começando pelo bronze do peso médio Rafael Macedo (90kg). Para conquistar sua primeira medalha em grand slam, Macedo derrotou o russo Khusen Khalmurzaev e o italiano Nicholas Mungai, mas parou no georgiano Beka Gviniashvili, na semifinal. A medalha veio com uma vitória por wazari sobre o holandês Jasper Smink.
“É minha primeira medalha em grand slam e estou muito feliz por essa conquista. Somei pontos importantes no ranking para conseguir minha vaga em Tóquio 2020. Foi um passo muito grande em busca dessa vaga. Mas temos muitas competições pela frente, e agora é continuar o trabalho duro para concretizar essa vaga em Tóquio”, projetou Macedo que, com os 360 pontos da Rússia, deve melhorar sua 18ª colocação no ranking mundial.
Em seguida, os pesados David Moura e Rafael Silva Baby fizeram a dobradinha de bronze para o Brasil, derrotando, respectivamente, Stephan Hegyi, da Áustria, e o russo Anton Krivobokov.
A peso médio Maria Portela garantiu a primeira medalha brasileira no Grand Slam de Ecaterimburgo, na Rússia, na manhã do sábado (16). Em campanha, que teve vitórias sobre a medalhista olímpica Sally Conway e sobre a japonesa Shiho Tanaka, Portela parou apenas na final diante da francesa Marie-Ève Gahié e ficou com a medalha de prata, sua primeira conquista em 2019.
“Eu estava me sentindo mal por não ter começado o ano ainda. Tive lutas ruins, até então, e, hoje, a tranquilidade fez toda diferença. Estava me sentindo segura e, com o decorrer da competição, eu consegui soltar mais meu judô, me levando até a prata”, disse Portela após a medalha na Rússia.
Eduardo Bettoni (90kg), Leonardo Gonçalves (100kg), Rafael Buzacarini (100kg) e Samanta Soares (78kg) também lutaram neste domingo. Bettoni parou em Piotr Kukzera, da Polônia, na primeira luta. Leonardo Gonçalves eliminou o campeão europeu na cabeça de chave, Toma Nikiforov, da Bélgica, mas caiu para o canadense Shady El Nahas, que ficou com o bronze no final. Buzacarini perdeu para o holandês Michael Korrel, número 8 do mundo. E Samanta caiu para a francesa Sama Hawa Camara.
Além dos medalhistas, houve mais quatro brasileiros no bloco final. Eduardo Katsuhiro Barbosa (73kg) e Beatriz Souza (+78kg) ficaram em quinto, enquanto Eric Takabatake (60kg) e Daniel Cargnin (66kg) pararam na repescagem, ficando em sétimo lugar.
No ranking geral da competição, a Rússia foi campeã, totalizando nove medalhas, sendo três de ouro, duas de prata e quatro de bronze. Israel ocupou a segunda colocação com dois ouros, uma prata e dois bronzes. Na terceira colocação, a França totalizou dois ouros e uma prata. O país do sol nascente conquistou o quarto lugar com um ouro, duas pratas e quatro bronzes, tendo apenas uma medalha de bronze a mais que o Brasil.