Em meio à pandemia, estudos e pesquisas via internet qualificam ainda mais a arbitragem paulista

Takeshi Yokoti, coordenador de arbitragem da FPJudô

Takeshi Yokoti e Marilaine Ferranti desenvolvem ações para aumentar a qualificação, a união e a unidade da arbitragem, envolvendo todos os árbitros de São Paulo

Gestão Esportiva
23 de junho de 2020
Por PAULO PINTO I Fotos BUDOPRESS e ARQUIVO
Curitiba – PR

A Coordenação Estadual de Arbitragem (CEARB) da Federação Paulista de Judô (FPJudô), por meio de seus coordenadores Takeshi Yokoti e Marilaine Ferranti Antonialli, iniciou nova ação envolvendo todos os árbitros das 16 delegacias regionais do Estado de São Paulo, promovendo o estudo das regras recentemente atualizadas nos seminários realizados pela Federação Internacional de Judô (FIJ) no Catar e em Honduras. O objetivo é ocupar de forma útil este período sem as competições semanais que costumavam pautar a modalidade.

Takeshi Yokoti, coordenador de arbitragem da FPJudô, conta que foram utilizados vários grupos de vídeos relacionados a diversas pautas, possibilitando que os árbitros estudem e respondam aos questionários. Tudo é feito via internet.

Marilaine Ferranti Antonialli, coordenadora de arbitragem adjunta

“No início do ano realizamos o Seminário Estadual de Arbitragem em São Caetano do Sul e logo após foram ministrados os módulos regionais de arbitragem nas 16 delegacias regionais, nos quais apresentamos as atualizações feitas pela FIJ em 2020, por meio de material contendo regras e vídeos.”

Segundo o dirigente, a ação está sendo bastante abrangente e envolve todas as graduações da arbitragem. “Oferecemos conteúdo para todos os níveis, desde o árbitro aspirante a regional até o árbitro internacional FIJ A. Durante várias semanas vamos distribuir material de estudo com questões pertinentes a cada nível da arbitragem. Dentro deste período também realizaremos testes que, depois de respondidos, valerão como atuação em competição para futuros exames regionais e estaduais”, disse Yokoti.

Rodrigo Luís Quinhoneiro, coordenador de arbitragem adjunto da 4ª DRJ Alta Paulista

Primeiro grupo de estudo reúne 466 árbitros

Marilaine Ferranti Antonialli informou que 466 árbitros paulistas aderiam ao primeiro grupo de estudos aplicados e responderam aos questionários.

“Além destas ações de estudo promovidas pela FPJudô, nossos árbitros participam simultaneamente de ações via internet da Confederação Brasileira de Judô (CBJ). Todo este esforço visa a mantê-los focados nos procedimentos que embasam a nossa atividade.” A coordenadora adjunta enfatizou ainda a necessidade de manter a unidade na arbitragem.

Marilaine Ferranti Antonialli e Takeshi Yokoti

“O objetivo central da Coordenação de Arbitragem da FPJudô é não deixar os árbitros desestimulados e desamparados, mantendo o trabalho de ensino e aprendizado contínuo, buscando a melhor qualificação possível durante o período pandêmico, fomentando a união e a amizade que sempre pautou a categoria, até que tudo volte à normalidade”, disse.

Momento crucial

A coordenadora adjunta falou sobre a importância de todos se unirem neste momento difícil. “Essa adaptação não tem sido fácil para ninguém. Muitos ficaram com trabalho dobrado, entre o serviço, gravação de vídeos e mais as mil ideias que estão sendo colocadas em prática para evitar que tudo aquilo que havia sido conquistado seja destruído ou afastado. Nós, da coordenação de arbitragem, não poderíamos ficar indiferentes ou omissos.” Marilaine concluiu mostrando a necessidade de fazer concessões e manter a unidade do grupo.

Gilson Tavares, coordenador de arbitragem da 11ª Delegacia Regional Litoral

“Estamos enfrentando novos desafios, nos desdobrando e fazendo horas extras, objetivando a manutenção da prática e o estudo continuado da arbitragem – fazendo contato sempre, seja via mensagens, áudios ou vídeos, fortalecendo assim a nossa relação com todos os árbitros, seja como coordenadores seja como amigos que sempre fomos, dentro e fora dos tatamis.”

Coordenadores regionais e árbitros avaliam iniciativas

Leonardo Arashiro, coordenador de arbitragem da 6ª Delegacia Regional Araraquarense, aprovou a iniciativa da Comissão Estadual de Arbitragem. “Avalio essa ação como muito proveitosa. A nossa delegacia teve uma boa adesão e os nossos árbitros elogiaram muito essa disposição, já que os manteve em atividade e focados nos estudos da arbitragem”, disse Arashiro.

Vera Lúcia Menon Gonçalves, árbitra da 8ª Delegacia Regional Oeste

Além de aprovar as ações, Gilson Tavares, coordenador de arbitragem da 11ª Delegacia Regional Litoral, deseja que os cursos virtuais aconteçam até a retomada do calendário. “Acho que a iniciativa da nossa coordenação de arbitragem tem importância vital na manutenção do grupo, pelo interesse que desperta nos árbitros de cada região. Na minha delegacia tivemos uma resposta muito positiva e acho que a iniciativa mantém a nossa atenção no que diz respeito à variação de situações da arbitragem e questões polêmicas que ocorrem no decorrer de uma luta. Esta ação foi muito boa, muito positiva, e espero que continue até retomarmos nossa atividade normal.”

Takeshi Yokoti e João David de Andrade, coordenador de arbitragem da 7ª DRJ Sudoeste

Rodrigo Luís Quinhoneiro, coordenador de arbitragem adjunto da 4ª DRJ Alta Paulista, entende que os eventos da arbitragem mantêm os árbitros paulistas conectados. “Considero os eventos realizados pela Coordenação de Arbitragem da FPJudô muito importantes. Acima de tudo, mostram que está preocupada em não permitir que haja falta de conexão e maior distanciamento entre os árbitros, neste momento triste que vive o País. Essa interação é muito importante, pois nos mantém juntos, estudando e avaliando as regras de arbitragem, e dessa maneira passaremos a pandemia conectados ao judô e à arbitragem, para que em breve possamos estar todos juntos e preparados para apresentar um trabalho sério e de alto nível como sempre foi e todos os atletas merecem.”

Aílton José Pereira Calado, coordenador de arbitragem da 5ª DRJ Noroeste

Adriano Coelho, coordenador de arbitragem da 13ª DRJ Sorocabana, elogiou a atualização constante da arbitragem paulista. “Quero parabenizar a Coordenação de Arbitragem da Federação Paulista de Judô, nas pessoas do sensei Takeshi e da sensei Marilaine, pela iniciativa de nos manter unidos e proporcionar aprendizado e atualização constantes, principalmente agora no momento difícil que estamos enfrentando.”

“Minha avaliação sobre as medidas adotadas na arbitragem é muito positiva. Entendo que elas oferecem uma forma de adaptação para todos. Acredito que quando tudo isto passar certamente voltaremos mais fortes, mais bem preparados”, disse a árbitra Rubia Febre, da 1ª DRJ Capital.

Leandro Said da Costa, coordenador de arbitragem da 10ª DRJ Central

Leandro Said da Costa, coordenador de arbitragem da 10ª Delegacia Regional Central, parabenizou o protagonismo da coordenação de arbitragem e destacou o comprometimento dos árbitros de sua DRJ.

“A DRJ Central apoia integralmente as iniciativas da Coordenação Estadual de Arbitragem. Disponibilizamos aos nossos árbitros todo o material oferecido pela comissão. Entendemos que é uma forma de mantê-los ativos, mesmo de forma virtual. Agradecemos a participação de nossa equipe de arbitragem, já que todos estão sendo muito aplicados e mantendo o judô em alta nesse complicado momento que estamos vivendo. Desde o início da pandemia não interrompemos nossas atividades, mantendo a integração no grupo de WhatsApp com vídeos de lutas, no qual os árbitros podem interagir com seus comentários e análises das possíveis pontuações, mate indevido e condução do árbitro na luta. Meus agradecimentos e meus cumprimentos à equipe gestora, que não para de inovar e oferecer conteúdo para os árbitros do Estado. Agradeço também ao meu adjunto, Flávio Chapela, que desenvolve grande trabalho na edição de vídeos e imagens.”

Adriano Coelho, coordenador de Arbitragem da 13ª DRJ Sorocabana

A árbitra Vera Lúcia Menon Gonçalves, da 8ª Delegacia Regional Oeste, deu nota máxima para a coordenação de arbitragem paulista. “Minha avaliação desta iniciativa é 10, pois é uma forma de nos manter em atividade mesmo longe dos dojôs, por meio de todo o conhecimento disponibilizado por essa inovadora forma de estudo.”

Aílton José Pereira Calado, coordenador de arbitragem da 5ª DRJ Noroeste, entende que as medidas são imprescindíveis. “A iniciativa da nossa Coordenação de Arbitragem, nas pessoas dos senseis Takeshi Yokoti e Marilaine Ferranti, em promover reuniões virtuais com os coordenadores regionais para propor tarefas e atividades, estão efetivamente movimentando a classe, disponibilizando conhecimento, alinhamento e padronização das regras para os desafios que virão em breve, no shiai-jô. São ações imprescindíveis para o nosso desenvolvimento e, para o nosso grupo de árbitros, oferecem maior união e o retorno de alguns companheiros que se haviam distanciado. Percebo nitidamente um grande entusiasmo com a dinâmica de estudo oferecida.”

Rubia Febre, árbitra da 1ª DRJ Capital

Gilson de Vito, coordenador de arbitragem da 12ª DRJ Mogiana, lembrou que a situação atual complicou tudo, e para os árbitros não foi diferente. “Estamos sem eventos e não temos como nos atualizar, pois, em minha concepção, isso exige prática constante. A iniciativa da Comissão Estadual de Arbitragem é um trabalho importantíssimo para não nos afastarmos do objetivo principal, os eventos que deverão voltar em breve. Talvez seja mais complicado para os árbitros iniciantes, que não atuaram em nenhum evento e deverão fazer recapitulação dos módulos. A ação desenvolvida é de grande valia para todos. Neste momento de crise é importante ter criatividade. Nós mesmos, que somos professores, teremos de usar muita criatividade para manter os judocas focados e treinando. A federação está de parabéns com esta iniciativa, já que até os atletas aderiram ao programa.”

Leonardo Arashiro, coordenador de Arbitragem da 6ª DRJ Araraquarense

Gilson de Vito, coordenador de arbitragem da 12ª DRJ Mogiana