19 de novembro de 2024
Em Roterdã, Douglas Brose conquista a medalha de bronze
Na Holanda, o bicampeão mundial assegura o terceiro pódio da temporada e se garante no topo do ranking do World Karate Federation no 60kg
Karate1 Premier League Rotterdam 2018
19/03/2018
Por PAULO PINTO I Fotos XAVIER SERVOLLE/WKF
Roterdã – Holanda
No último fim de semana o Brasil voltou a marcar presença no Karate1 Premier League, principal evento do circuito mundial da World Karate Federation (WKF).
Com uma equipe formada por sete atletas e dois técnicos, mais uma vez o Brasil subiu ao pódio e consolidou a importância do País na principal liga do karatê mundial.
Roterdã sediou a terceira etapa do Karate1 Premier League, que distribui muitos pontos para o ranking da WKF, da qual participaram 683 atletas de 30 países.
O Brasil foi à Holanda com uma delegação composta pelos técnicos Diego Spigolon e Lucélia Carvalho e os atletas Nicole Yonamine (kata), Valéria Kumizaki (kumitê 55kg), Érica Santos (kumitê 61kg), Douglas Brose (kumitê 60kg), Gabriel Stankunas (kumitê 60kg), Breno Teixeira (kumitê 67kg) e Vinicius Figueira (kumitê 67kg).
Única representante do País no kata, Nicole Yonamine caiu em seu primeiro confronto, diante da espanhola Raquel Roy Rubio. A vice-campeã mundial Valéria Kumizaki também foi eliminada no primeiro confronto, diante de Busra Tosun, da Turquia.
Érica Santos avançou na chave e fez três combates. No primeiro superou Noemie Kornfeld, da Suíça, no segundo venceu Veronika Kostovska, da Macedônia, mas foi superada pela alemã Anna Miggou.
Na estreia Gabriel Stankunas venceu Abdullah Alharbi, da Arábia Saudita, mas caiu diante do belga Michael Dasoul. Em seu primeiro confronto em Roterdã, o cearense Breno Teixeira venceu o francês Marvin Garin. Na sequência superou o inglês Thomas Jordan, mas não suportou a pressão do austríaco Stefan Pokorny.
Douglas Brose e Vinicius Figueira foram os únicos brasileiros que chegaram à disputa de medalhas em Roterdã, e o gaúcho radicado em Santa Catarina não perdeu a viagem.
Totalizando 3.637,50 pontos, Vinícius Figueira (67kg) ocupa a segunda colocação no World Ranking List da WKF, e em Roterdã chegou à disputa do bronze, mas foi superado pelo italiano Luca Maresca, que venceu a final da repescagem por 3 a 0.
Em seu primeiro combate Figueira passou pelo português Flávio Cunha. Nas oitavas de final superou Mario Hodzic, de Montenegro. Nas quartas de final venceu o japonês Soichiro Nakano, mas na semifinal foi surpreendido por Burak Uygur, da Turquia e encerrou sua participação na Holanda na quinta colocação.
Coube a Douglas Brose evitar que a equipe verde e amarela voltasse ao Brasil em branco, e o bicampeão mundial fez a parte dele numa chave que teve a participação de 30 karatecas.
Em seu primeiro confronto Brose superou Emil Iancu, da Romênia. Na segunda luta venceu Casper Lidegaard, da Dinamarca. O confronto das quartas de final terminou empatado, mas no hantei (decisão dos árbitros) o turco Eray Samdan saiu vencedor.
Na repescagem Douglas Brose superou Luca Rohner, da Suíça, e na disputa do bronze venceu o japonês Yugo Kozaki, por 4 a 3.
“A disputa do bronze foi uma luta acirrada, bastante franca e aberta. Comecei perdendo, mas virei o placar. Depois coube a ele fazer o mesmo, mas nos últimos segundos consegui impor meu ritmo, virei mais uma vez o confronto e venci”, comemorou o bicampeão mundial, que falou sobre os próximos passos desta temporada.
“Agora eu volto ao Brasil para disputar o meeting nacional da seleção olímpica, em Belo Horizonte. Depois embarco para a próxima etapa da liga mundial que será disputada no Marrocos”, explicou Douglas.
Douglas Brose fez uma projeção positiva sobre a participação do karatê nos Jogos de Paris de 2024.
“Entendo que a WKF está fazendo um excelente trabalho no sentido de firmar o karatê no circuito olímpico, após 2020. A Federação Francesa de Karatê é uma das entidades que exerce maior protagonismo neste cenário, desenvolvendo ações em toda a Europa e em outros continentes. Estou certo de que o karatê estreará em altíssimo nível no Japão, e a partir de 2024 seremos uma modalidade definitivamente inserida nos programa do Comitê Olímpico Internacional (COI)”, disse Brose.