15 de novembro de 2024
Enquanto os cães ladram, camaradas, a caravana passa!
Prevendo o desastre iminente, fantoches de Sílvio Acácio no Estado de São Paulo decidem abandonar o barco em que se lançaram sem a menor credibilidade ou respaldo da comunidade
Gestão Esportiva
22 de abril de 2021
Por PAULO PINTO
Santos (SP)
Independentemente de quão barulhentos sejam os críticos, os acontecimentos continuarão a se desenvolver como foram planejados, visto que os pretensos futuros dirigentes do judô paulista se esqueceram de combinar com os alemães o golpe arquitetado por um dirigente surtado, cuja administração está sub judice no Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro, por meio do processo № 0059048-47.2021.8.19.0001 no Cartório da 15ª Vara Cível do Tribunal de Justiça, nos autos recebidos pela juíza Rafaella Ávila de Souza Tuffy Felippe.
Como a maioria dos professores envolvidos previa, Rodrigo Guimarães Motta, Vinícius Rodrigues Jerschow e Marco Aurélio Macedo de Almeida acharam por bem evitar a vergonha que passariam no pleito anunciado para esta sexta-feira (23), quando ficará explícita a insignificância numérica do apoio que conseguiram da comunidade judoísta paulista.
Ao contrário, a chapa Avança Judô Paulista comprovou publicamente a aprovação de mais de 93% das associações com direito a voto, de insofismáveis 92% dos professores kodanshas ativos no Estado de São Paulo e dos medalhistas olímpicos Chiaki Ishii, Aurélio Miguel, Douglas Vieira, Luís Onmura, Henrique Guimarães, Tiago Camilo e Carlos Honorato. Quanto a Rogério Sampaio, a Budô entende que não possa posicionar-se por questões éticas, já que exerce a função de diretor-geral do COB. Mas todos sabem que, após se aposentar nos tatamis, o judoca santista dedicou-se à gestão esportiva e, em sua já longa e bem-sucedida carreira, ocupou cargos expressivos em nível nacional e estadual. Durante anos foi delegado da 11ª DRJ Litoral e fez parte do grupo formado pelo inesquecível Chico do Judô e por 20 anos esteve ao lado dos dirigentes que ocupam a renovada chapa Avança Judô Paulista, em especial o professor Alessandro Puglia.
Jus esperneandi plausível
É claro que agora o falante homem-bomba e o comandante-geral dos camaradas revoltados potencializarão exponencialmente as acusações de fake news e, obviamente, não aceitarão a derrota esmagadora. Mesmo porque no voto eles sabem plenamente que jamais concretizariam o sonho intangível de chegar ao poder e, como bons candidatos a ditadores, buscarão virar a mesa por meio dos tribunais do absurdo, com o apoio imprescindível do presidente da CBJ.
Sob hipótese alguma mudarão de conduta e o discurso, pois tanto os bravos generais quanto seus miquinhos amestrados consideram a crítica mera hostilidade insignificante.
Como já fizeram mais de um milhão de vezes, dirão que a Budô é mídia comprada, como se o Boletim Osotogari e a Veja não fossem pagos. Entretanto, faço questão de pontuar – para as mentes isentas – que a primeira orientação que tive da diretoria, após o falecimento do professor Chico, foi que interrompêssemos totalmente nosso editorial, não respondendo aos ataques proferidos pelos conceituados e respeitadíssimos cavalheiros do apocalipse acaciano, mas, como diz o ditado, a carne é fraca e acabamos mordendo a isca e caindo na pancadaria deflagrada pelas almas mais puras, honestas e incorruptíveis do judô mundial.
Nec caput nec pedes
Pelo andar da carruagem, a chapa Avança Judô Paulista vencerá por WO. Além de a maioria esmagadora de judocas que compõem a comunidade judoísta do Estado de São Paulo e os judocas de bem já abominarem as figuras que, sonhando com o poder, traíram seus pares se aliando a pessoa que, com apoio de dirigentes estaduais infradotados e perrengues, está destruindo o legado de Paulo Wanderley Teixeira, após sua passagem de 16 anos pela Confederação Brasileira de Judô.
Mas o que mais me intriga é de onde Rodrigo Motta e Vinícius Jerschow tiraram a ideia de que a comunidade paulista aprovaria o projeto nefasto arquitetado por eles e seu mentor. Isso é algo realmente sem pé nem cabeça (nec caput nec pedes).
Qual é o preparo técnico e estrutural que ambos os líderes do movimento e seus camaradas possuem para assumir a maior entidade de administração do judô do Brasil?
O Brasil e o mundo vivem a maior crise sanitária do último século e deveríamos estar unidos na reconstrução do judô em São Paulo e no País. Todavia, atendendo aos interesses de Sílvio Acácio Borges, estes falsos judocas buscam rachar a comunidade, utilizando práticas absolutamente apartadas do judô Kodokan.
Dono absoluto da verdade e desprovido do menor senso de humildade, Rodrigo Guimarães Motta conclama os judocas paulistas a terem vergonha na cara e apoiar seu projeto de poder. Enquanto eu – como colaborador, prestador de serviço e habituê da modalidade desde 1990 – humilde e respeitosamente, sugiro aos Camaradas Incansáveis et caterva que abortem seu projeto incongruente e aceitem a derrota. Quer queiram, quer não, é o que lhes será imposto por meio do voto e do apoio irrefutável da maioria esmagadora de professores, dirigentes de associações, kodanshas e atletas olímpicos que fundamentam suas vidas na ética e no respeito pregados por Jigoro Kano e pautam o judô Kodokan.
Caso contrário, caso insistam nesta aventura estéril e intangível, lembro que o jus esperneandi, o choro e o mimimi ainda são livres em nosso País.
Aos judocas de bem agradeço o apoio, a coragem e a perseverança em lutar pelos princípios em que todos vocês foram forjados e conclamo que juntos e o mais breve possível lutemos incansavelmente para reerguer e reconstruir o legado de todos aqueles que, desde o início do século passado, edificaram a Federação Paulista de Judô e espalharam a modalidade de Jigoro Kano por todo o País. Hajime!