15 de novembro de 2024
Escolher o adversário às vezes é muito mais importante do que escolher o aliado
A frase de Tancredo Neves revela a insignificância política e principalmente a imperícia dos adversários da chapa Avança Judô Paulista
Ponto de Vista
Por JOSÉ JANTÁLIA
1º de junho de 2021 / Curitiba (PR)
O sensei Alessandro Panitiz Puglia é o atual presidente da Federação Paulista de Judô (FPJudô). Foi eleito democraticamente em pleito validado em segunda instância pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Nas urnas, foi uma vitória consagrada de forma esmagadora pela maioria absoluta das agremiações filiadas. Os golpistas que almejavam tomar de assalto a entidade, usando como aríete o TJD da Confederação Brasileira de Judô, ficaram literalmente a ver navios.
Mas nesta última eleição há um aspecto que não pode passar em brancas nuvens (aquelas de Francisco Otaviano em Ilusões da Vida): o presidente Alessandro Puglia não escolheu os seus adversários paulistas. Os arrogantes e inábeis oposicionistas surgiram bolçados sabe-se lá de que buca e, dentre trapalhadas mil, viabilizaram o sucesso inconteste da chapa da situação, Avança Judô Paulista. Senão, vejamos.
A oposição deveria ter tentado mitigar o seu jeito rarefeito de ser e fazer política. Ou seja, buscar mais lideranças de peso e com folha de serviços realmente prestados à modalidade para sustentar suas teses e propostas. Ao contrário, partiu para um achincalhamento crônico, generalizado e irresponsável, ofendendo muitos integrantes do judô paulista. E, pasmem, seus disparos não pouparam nem os membros do colégio eleitoral.
QI de ostra
Qualquer ser vivo, mesmo que dotado de um quociente de inteligência (QI) igual ao de uma ostra, sabe que não é produtivo atacar o eleitor que se quer conquistar. Um tolo compreende que não é inteligente colocar em dúvida, às vésperas das eleições, a idoneidade moral de líderes que representam dezenas de entidades. Vamos traduzir? Atacar delegados regionais é uma atitude burra. E é igualmente estulto, por exemplo, não perceber que muitos membros da assembleia não foram praticantes da modalidade, mas possuem direito a voto. De novo: há presidentes de clubes e academias que não são judocas, mas acompanham e integram a nossa comunidade com responsabilidade e competência e, o que é mais importante no momento de um pleito, VOTAM. Cuidado com este tipo de crítica.
A oposição perdeu a chance de apresentar propostas exequíveis e de explorar pontos frágeis, trabalhando, por exemplo, com a concepção de que a mudança pode ser benéfica e que não trará traumas. Ao contrário, optaram pelo estilo porrada para todo lado e acabaram esmurrando a própria cara.
Insignificância e imperícia política
Mas, talvez o mais bufo tenha sido, mesmo após as humilhantes derrotas no voto e nos tribunais, a oposição volver a carga contra o nome do saudoso sensei Francisco de Carvalho Filho, morto há alguns meses e, como já disse em outra ocasião, respeitado e querido pela maioria esmagadora dos professores do nosso Estado. Era comum vermos nos eventos esportivos dezenas de professores esperando uma oportunidade para tirar uma foto com ele, tamanha era a sua liderança e enorme o carisma junto à comunidade.
É verdade que o professor Alessandro Panitiz Puglia foi eleito graças a sua renomada competência: é dono de uma folha invejável de serviços prestados ao judô paulista e possuiu capital político-administrativo, fatores que fundamentaram sua candidatura. Mas também è vero que o primeiro lugar no pódio foi galgado por ele, em virtude da insignificância política e da imperícia do adversário. Parabéns e sucesso para toda a equipe Avança Judô Paulista! Aos derrotados: juízo.