FIJ define os árbitros do Brasil que atuarão nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio 2020

Jeferson Vieira atuará nos Jogos Paralímpicos de Tóquio © Davi Victor/CBJ

Os dirigentes da FIJ convocaram Jeferson Vieira, o árbitro brasileiro com maior experiência da atualidade, para atuar na competição paralímpica, enquanto André Mariano atuará na disputa olímpica

Jogos de Tóquio 2020
13 de fevereiro de 2021
Fonte LARA MONSORES
Curitiba – PR

O judô brasileiro já tem seus primeiros representantes confirmados em Tóquio 2020. Os árbitros brasileiros André Mariano dos Santos e Jeferson Vieira receberam, nesta semana, a convocação oficial da Federação Internacional de Judô para atuar nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, adiados para este ano. Mariano foi selecionado para as provas olímpicas, enquanto Vieira atuará, pela segunda vez consecutiva, nas disputas paralímpicas.

Jeferson Vieira atuando no Grand Prix de Zagreb 2019 © IJF

“A seleção foi rigorosa, mas transparente, e tivemos uma tarefa desafiadora até o final dessa classificação. Acreditamos que os representantes do Brasil arbitrarão com completa imparcialidade, respeitando e acatando as regras que os regem no verdadeiro espírito do judô”, afirma a carta de convocação enviada à CBJ e assinada pelos membros da Comissão de Arbitragem da FIJ Juan Barcos, Jan Snijders e Daniel Lascau.

Assim como os atletas, os árbitros internacionais que atuam no Circuito Mundial recebem pontuações de acordo com o desempenho em cada competição. Na última atualização do ranking, publicada em 15 de janeiro deste ano pela FIJ, André Mariano dos Santos figurava na 17ª posição e Jeferson Vieira, na 27ª.

André Mariano atuará nos Jogos Olímpicos de Tóquio © Davi Victor/CBJ

Esta será a estreia de Mariano em Jogos Olímpicos como árbitro central, dando continuidade ao legado deixado por grandes nomes da arbitragem olímpica brasileira, como Edison Minakawa, Emanoel Mattar (Maranhão), Shigueto Yamasaki e Gundi Matsuchi.

“É com muita satisfação e felicidade que eu comungo com toda a comunidade do judô do nosso País a possibilidade de atuar nos próximos Jogos Olímpicos. Obrigado. Os trabalhos continuam, os treinamentos continuam, a força de vontade continua – 2021 é judô”, celebrou André Mariano.

Vieira é o árbitro brasileiro com maior experiência

“É um momento ímpar na carreira de um árbitro e gostaria de dividir com todos a minha alegria por essa convocação. Agradeço o apoio da CBJ, na pessoa do seu presidente Silvio Acácio Borges, e à minha federação, a FJERJ, na pessoa do seu presidente Jucinei Costa. Não poderia deixar de agradecer também ao meu mestre, meu segundo pai, professor José Pereira Silva, que sempre me incentivou e esteve comigo todos esses anos. Dedico essa conquista a todos os árbitros do Brasil. Feliz de estar compartilhando isso com eles”, afirmou Jeferson Vieira, que já havia atuado como árbitro central nos Jogos Paralímpicos do Rio em 2016.

Jeferson Vieira arbitrando uma luta do gigante francês Teddy Riner

Ambos foram cumprimentados por Edison Minakawa, coordenador nacional de arbitragem que, em passado recente, atuou em duas edições dos Jogos Olímpicos e foi uma das maiores referências da arbitragem mundial.

“Foi com muita alegria e muito orgulho que recebemos esse ofício da FIJ comunicando a convocação dos senseis Jeferson Vieira e André Mariano. É sempre importante lembrar que, nas últimas edições de Jogos Olímpicos, o judô brasileiro, através da sua arbitragem, se faz representado e não vai ser diferente agora em Tóquio. Está se tornando tradição termos sempre um árbitro brasileiro nas Olimpíadas. É uma responsabilidade que tanto o Jeferson quanto o André vão saber administrar bem, levando sempre o nome do nosso judô brasileiro. No mais, é só comemorar por mais essa conquista. Acho que os 1.400 árbitros brasileiros, assim como os judocas e técnicos, devem estar felizes, pois é uma conquista do judô brasileiro”, avaliou Minakawa, que arbitrou os Jogos Olímpicos de Londres e do Rio e agora passa o bastão a Mariano.

PERFIS DOS ÁRBITROS

Jeferson da Rocha Vieira
Data e local de nascimento: 20/10/1964 – Belford Roxo – RJ
Graduação: Professor kodansha – roku-dan (6º dan)
Promoção a FIJ A: 2009
Tempo de atuação como árbitro: 31 anos
Principais atuações
– Campeonato Mundial Júnior, em Marraquexe (Marrocos) 2019;
– Jogos Pan-Americanos, em Lima (Peru) 2019;
– Campeonato Mundial Júnior, em Nassau (Bahamas) 2018;
– Campeonato Mundial Sênior, em Budapeste (Hungria) 2017;
– Jogos Paralímpicos, no Rio de Janeiro (Brasil) 2016;
– Jogos Parapan-Americanos, em Toronto (Canadá) 2015;
– Campeonato Mundial por Equipes, em Salvador (Brasil) 2012;
– Jogos Pan e Parapan-Americanos, em Guadalajara (México) 2011;
– Campeonato Mundial por Equipes, em Antalya (Turquia) 2010;
– Jogos Parapan-Americanos, no Rio de Janeiro, (Brasil) 2007;
– Campeonato Mundial Júnior, em Fort Lauderdale (EUA) 2014;
– Jogos Olímpicos da Juventude, em Najing (China) 2014;
– Campeonato Mundial Júnior, na Cidade do Cabo (África do Sul) 2012;
– Open, Grand Prix, Grand Slam, World Masters IJF desde 2012;
– Campeonatos pan-americanos e sul-americanos;
– Universíade de Belgrado (Sérvia) 2009;
– Campeonato Mundial Universitário, em Málaga (Espanha) 1999;
– Jogos da Comunidade Europeia, em Lisboa (Portugal) 1994;
– Competições nacionais CBJ desde 1990.

André Mariano dos Santos
Data de Nascimento: 19/06/1971 – 49 anos
Naturalidade: Brasília – DF
Graduação: Kodansha – shichi-dan (7º dan)
Ano de promoção a FIJ A: 2010
Principais atuações
– Jogos Olímpicos, no Rio de Janeiro 2016 (assistente de imagens);
– Jogos Paralímpicos no Rio de Janeiro 2016 (aferidor de Judogi);
– Campeonato Mundial Juvenil, em Sarajevo (Bósnia e Herzegovina) 2015;
– Campeonato Mundial Júnior, em Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos) 2015;
– Universíade de Gwangju (Coreia) 2015;
– Campeonato Mundial Juvenil, em Santiago (Chile) 2017;
– Campeonato Mundial Sênior, em Baku (Azerbaijão) 2018;
– Campeonato Mundial Sênior, em Tóquio (Japão) 2019;
– Jogos Pan-Americanos de Lima (Peru) 2019;
– Open, Grand Prix, Grand Slam, World Masters IJF desde 2013;
– Gymnasíade, em Brasília (Brasil) 2013;
– Campeonatos sul-americanos e pan-americanos desde 2010;
– Jogos Mundiais Militares, em Catânia (Itália) 2003;
– Competições nacionais CBJ desde 1999.