FPJudô avalia nível de confiança para a retomada do calendário e expõe avanços do judô escolar

A segunda reunião virtual reuniu todos os delegados regionais, coordenadores de área e diretores da Federação Paulista de Judô

Gestão Esportiva
26 de maiode 2020
Por PAULO PINTO I Fotos BUDOPRESS
São Paulo– SP

Em mais uma ação inovadora, a diretoria da Federação Paulista de Judô (FPJudô) realizou nesta sexta-feira (22 de maio) a segunda reunião virtual dos delegados regionais, coordenadores de área e diretores da entidade. O encontro usou a plataforma Zoom para conectar 27 dirigentes que discutiram o nível da confiabilidade para a retomada do calendário desta temporada e os avanços obtidos no judô escolar.

Comparativo entre a avaliação e a confiança

Entre os delegados regionais estavam os professores kodanshas Hissato Yamamoto (1ª DRJ Capital), Cláudio Calasans Camargo (2ª DRJ Vale do Paraíba), Argeu Maurício de Oliveira (3º DRJ Centro-Sul), Raul de Mello Senra Bisneto (4ª DRJ Alta Paulista), Wilmar Terumiti Shiraga (5ª DRJ Noroeste), Jiro Ayoama (7ª DRJ Sudoeste), Sidnei Paris (8ª DRJ Oeste), José Gildemar de Carvalho (9ª DRJ ABC), Júlio César Jacopi (11ª DRJ Litoral), Cléber do Carmo (12ª DRJ Mogiana) e Takeshi Yokoti, (16ª DRJ Sul Itapeva). Participaram também os professores Fábio de Almeida Feltrim (6ª DRJ Araraquarense), Leandro Tomé Correa (10ª DRJ Central), Akira Hanawa (14ª DRJ Vale do Ribeira), André Gustavo Costa Gonçalves (13ª DRJ Sorocabana) e Celso de Almeida Leite (15ª DRJ Grande Campinas).

Entre os membros da diretoria e coordenadores de área da FPJudô encontravam-se Francisco de Carvalho Filho, presidente; Alessandro Puglia, vice-presidente; José Antônio Jantália, segundo vice-presidente; Roberto Joji Chiba Kimura, coordenador técnico; Adib Bittar Júnior, coordenador financeiro; Antônio Carlos Silva Mesquita, presidente da comissão disciplinar; Kendi Yamamoto, coordenador de arbitragem da 1ª DRJ; Marco Aurélio Uchida,  coordenador do departamento de oficias técnicos; Rafael de Menezes Amaro, coordenador de logística; Mário Assis, membro do conselho fiscal e Fernando Ikeda, secretário geral do TJD e da comissão de ética.

Marco Aurélio Uchida, coordenador do departamento de oficias técnicos e mediador do encontro

Pesquisa sobre o nível de confiança

O encontro foi mediado pelos professores Fernando Ikeda e Marco Aurélio Uchida, além de Joji Kimura, que iniciou a reunião apresentando os dados obtidos com a pesquisa realizada recentemente.

“Tivemos uma reunião importantíssima nesta sexta-feira com a participação de todos os 16 delegados regionais e vários dirigentes. Apresentamos o resultado prático da pesquisa sobre o nível de confiança que os judocas e seus familiares demonstram neste momento para o retorno das atividades no judô. Na verdade, o nível de confiança ainda está superbaixo e as pessoas manifestam muito medo de retomar as atividades.”

Lâmina com o grau de prevenção

“Em função do quadro acima exposto”, prosseguiu Kimura, “conversamos com os delegados e agora vamos desenvolver ações online específicas para que as delegacias possam de alguma forma retomar a conexão com seus associados, professores, árbitros e oficiais técnicos, estabelecendo uma aproximação muito mais ativa. Todos os delegados endossaram nossa proposta e fizeram várias sugestões. Temos de ter muita prudência e cautela neste momento de nos reconectarmos com nossos filiados e, acima de tudo, temos de respeitar o posicionamento de todos. Além das medidas impostas pelos nossos governantes, temos de ser sensíveis e aguardar até que tenhamos um nível de confiança mais satisfatório. Estamos discutindo uma série de ações e acredito que nas próximas semanas vamos viabilizar e operacionalizar algumas delas.”

Na sequência foram discutidos os avanços da comissão escolar que, na avaliação de Kimura, avança a passos largos.

“A comissão do judô escolar da FPJudô trabalha ativamente para definir todas as diretrizes e os critérios que pautarão nossa gestão nesse segmento. Temos tido grande volume de atividade nesse setor bastante promissor. A comissão escolar da FPJudô busca definir critérios ligados às faixas etárias e ao nível de aprendizado para cada uma delas. Avaliamos os modelos japonês, francês e alemão, mas estamos criando um modelo mais adequado à nossa realidade e, acima de tudo, que seja exequível dentro das condições do Estado de São Paulo”, concluiu Joji Kimura.

Roberto Kimura, coordenador técnico e coordenador do Judô Escolar

Na avaliação de Alessandro Panitz Puglia, o ponto alto da segunda reunião virtual dos delegados regionais foi a constatação dos avanços obtidos pela comissão de judô escolar.

“A reunião foi muito positiva e revelou dados importantes sobre a retomada de nossas atividades. Avalio que o ponto alto tenha sido a discussão em torno do trabalho desenvolvido pela comissão do judô escolar. Os delegados estão muito motivados em função da reação positiva que estamos tendo em todas as regiões do Estado. Entendo que o fato de os professores saberem que a federação está fazendo esta aproximação e buscando oferecer maior capacitação aos professore que atuam neste segmento seja um grande alento. Vemos muitas entidades paradas e esperando que as coisas se definam, enquanto nós, da FPJudô, buscamos aproveitar esta parada geral para nos reestruturarmos, avançando em novas direções”, disse o dirigente.

Diagrama da relação hierárquica

Para o presidente da federação paulista, Francisco de Carvalho, é preciso pensar na retomada das atividades de forma responsável, mas sem abrir mão dos interesses e do futuro da modalidade.

“A pesquisa realizada por nossa coordenação técnica evidenciou o impacto da pandemia no segmento esportivo como um todo e em especial no judô. Por outro lado, imprimimos grande avanço na questão do judô escolar, que tem como principal destaque a participação direta dos nossos 16 delegados regionais e dos representantes indicados por eles. Temos de aproveitar este momento para rever e reorganizar as ações que envolvem a gestão e pensar na retomada de forma responsável, porém objetiva. O judô de São Paulo é a locomotiva do Brasil e não podemos abrir mão de nossa responsabilidade com o futuro de nossa modalidade”, advertiu.

Fernando Ikeda, secretário geral do TJD e da comissão de ética e orientador do Judô Escolar