18 de novembro de 2024
FPJudô convoca comissão de graduação e define nomes dos professores que serão promovidos
No encontro realizado em São Bernardo do Campo foram definidos os nomes dos professores kodanshas que serão promovidos ainda nesta temporada
Graduação FPJudô
01 de setembro de 2018
Por PAULO PINTO I Fotos BUDÔPRESS
São Bernardo do Campo – SP
Em paralelo ao Campeonato Paulista Aspirante, disputado no ginásio municipal Adib Moysés Dib, em São Bernardo do Campo, a diretoria da Federação Paulista de Judô (FPJudô) realizou a reunião que definiu os nomes dos professores que serão promovidos aos 6º, 7º, 8º e 9º dans.
A reunião realizada no sábado 29 de setembro foi comandada por Francisco de Carvalho Filho, presidente de honra da FPJudô, e Alessandro Panitiz Puglia, presidente da FPJudô, auxiliados por alguns dos principais dirigentes da entidade: Roberto Joji Shiba Kimura, José Antônio Jantália e Gerardo Siciliano. Integraram a comissão de graduação da FPJudô os professores kodanshas Dante Kanayama, Umeo Nakashima, Kanefumi Ura, Celestino Seiti Shira, Yoshiyuki Shimotsu, José Gomes de Medeiros e Michiharu Sogabe, que também é membro da comissão de graduação da Confederação Brasileira de Judô (CBJ).
Foram apresentados cerca de 50 nomes, contudo apenas 45 professores atendiam às normas estabelecidas pela comissão de graduação da CBJ.
Antes, porém, Joji Kimura iniciou a reunião detalhando as ações que precedem o exame de graduação que se realiza no próximo dia 20 no ginásio poliesportivo Celso Daniel em Mauá, onde serão examinados mais de 300 candidatos.
“Teremos um dia bastante corrido e já convocamos cerca de 72 árbitros examinadores, que serão comandados pelo professor Dante Kanayama, coordenador dos exames de graduação da FPJudô. Haverá pouco mais de 300 candidatos nos exames teórico e prático para sho-dan, ni-dan, san-dan, yon-dan e go-dan, explicou o coordenador técnico da FPJudô.
Agradecendo a presença de todos, Alessandro Puglia detalhou o trabalho que seria feito na sequência pela comissão de graduação paulista, e pediu o máximo de empenho aos membros da comissão, já que o histórico de cada postulante seria um marco e um divisor de águas no futuro de cada candidato.
“Faremos uma avaliação cautelosa dos currículos e, após decidir a situação de cada proponente, elaboraremos o relatório que será enviado para a comissão de graduação da CBJ. Contamos com a lisura e o bom-senso de todos os professores que compõem a nossa comissão. O professor Sogabe será o nosso interlocutor junto à CBJ e temos certeza de que as nossas indicações serão aprovadas. São Paulo possui uma qualidade técnica bastante elevada e isto se estende aos professores que realizam esta avaliação. Estamos certos de que a comissão nacional de graduação avaliará nosso relatório com parcimônia e aprovará a indicação feita por nossa comissão”, disse o presidente da FPJudô.
Em sua explanação inicial Francisco de Carvalho Filho lembrou o legado deixado pelos imigrantes japoneses pioneiros que desembarcaram em São Paulo no início do século 20.
“A nova comissão de graduação da CBJ estabeleceu alguns critérios que já foram observados por nós antes de incluirmos os nomes de cada candidato que compõe a lista de será avaliada pelos senhores. O Estado de São Paulo possui muita qualidade, excelentes professores, e isto não acontece por acaso. Na verdade, somos privilegiados porque foi aqui que a colônia japonesa se instalou no início do século passado e trouxe esportes como kendô, aikidô, sumô, karatê e judô. Temos a obrigação de ser muito bons, caso contrário estaríamos assinando atestado de incompetência e negando tudo que aprendemos com nossos antepassados. Somos precursores dos exames de graduação no Brasil e temos a preocupação de manter a qualidade em tudo que fazemos. Estou certo de que a CBJ está sensível à nossa realidade, pois o Estado de São Paulo e o Brasil precisam dos faixas pretas professores que se formam anualmente na faculdade de Educação Física e são diplomados pela FPJudô”, disse o dirigente.
Entre as indicações de promoção estava a de Francisco de Carvalho, o professor kodansha que há mais de 20 anos é shichi-dan (7º dan), mas o dirigente declinou da promoção em respeito ao seu senpai, Celestino Seiti Shira, que é hachi-dan (8º dan).
“Fico feliz pela lembrança e a preocupação de vocês, mas declino desta indicação em respeito ao meu senpai, que me deu aula quando eu ainda era garoto. Também faço isto em respeito a tudo que aprendi com meu sensei sobre a tradição e os costumes do Japão. Não posso nivelar minha graduação à do professor Shira a quem tenho enorme carinho, respeito e admiração. Agradeço, mas não posso aceitar”, disse o presidente de honra da FPJudô.
Mas, para surpresa do dirigente, o nome do professor Celestino Seiti Shira estava entre os que seriam indicados para receber o kyuu-dan (9º dan), e com isso Francisco de Carvalho teve de aceitar a indicação que vinha sendo pleiteada há anos até mesmo por dirigentes de outros Estados.
Em sua avaliação final do encontro, o presidente da Federação Paulista de Judô enalteceu o trabalho feito por todos os professores que atuaram na avaliação dos candidatos.
“Voltamos a reunir a comissão que é formada por seletos professores oriundos de várias regiões do Estado. O trabalho foi executado com muito critério, total tranquilidade e serenidade. Felizmente não tivemos nenhuma divergência e isto ratifica a coesão de um grupo que precisa de muita união para realizar este tipo de avaliação. O próximo passo é enviar nosso relatório para a comissão de graduação nacional, mas estamos certos de que seremos atendidos plenamente, pois todos os professores indicados possuem histórico de trabalho e muita dedicação ao judô do nosso País”, concluiu Alessandro