FPrJ inova e lança o projeto Amigos do Judô Paranaense

Ronaldo Babiak, Heraldo Neves, Luiz Iwashita e Carlos Eduardo Pijak

Evento realizado em Curitiba reuniu representantes das iniciativas pública e privada, que conheceram o projeto que objetiva atender milhares de crianças e promover profunda mudança na estrutura esportiva no judô paranaense

Gestão Esportiva
16 de agosto de 2019
Por PAULO PINTO I Fotos BUDOPRESS
Curitiba– PR

Numa ação inédita, as coordenações de eventos e de captação de recursos da Federação Paranaense de Judô (FPrJ) desenvolveram o projeto Amigos do Judô Paranaense, iniciativa que busca angariar contribuições de entidades públicas e privadas para desenvolver vários setores da entidade, facilitar acesso ao judô e fomentar sua prática no Estado do Paraná.

No dia 7 de agosto os dirigentes da FPrJ apresentaram o projeto aos representantes de várias autarquias públicas, empresários e executivos, no café de negócios realizado no Hotel Lizon, em Curitiba (PR). No encontro foram mostrados mais detalhes da modalidade esportiva criada por Jigoro Kano em 1882 e a história do judô paranaense a um público seleto que até então conhecia apenas aspectos competitivos do esporte. Luiz Hisashi Iwashita, presidente da FPrJ, mostrou então que a modalidade com melhor retrospecto olímpico do País tem também enorme potencial socioeducativo.

Representantes das iniciativas pública e privada marcaram presença no encontro

“O projeto Amigos do Judô Paranaense surgiu da necessidade de impulsionar e fomentar o crescimento do judô, como modalidade olímpica e de formação, no Estado do Paraná. Nossa proposta visa a estabelecer parcerias de fidelização com empresas que tenham interesse em associar suas marcas a um segmento diferenciado, fundamentado na prática esportiva e no desenvolvimento humano”, explicou o dirigente.

Carlos André Kussumoto, coordenador de eventos da FPrJ, expôs as dificuldades encontradas por atletas e filiados que não têm condições de desenvolver-se em pé de igualdade.

“Nosso projeto visa a dar oportunidade a crianças e jovens que possuem talento, mas não dispõem de recursos para treinar, vestir-se e competir adequadamente. Atende prioritariamente a crianças com vulnerabilidade social e em situação de risco, matriculadas em escolas públicas do ensino fundamental, e contempla os atletas classificados nos rankings estadual e nacional impossibilitados de participar das competições dentro e fora do País devido à falta e recursos”, explicou Kussumoto.

Flávio Balan, Luiz Iwashita e Rafael Lamastra

“Nossa proposta é promover o desenvolvimento humano e a inclusão social por meio do esporte e da educação, utilizando o judô como ferramenta educacional e de transformação social, formando faixas-pretas dentro dos tatamis e cidadãos diferenciados para a sociedade fundamentados num dos pilares filosóficos do judô: o jita-kyoei, o princípio da prosperidade e benefícios mútuos. Para isso, utilizamos o conceito de responsabilidade social, com o apoio da iniciativa privada”, acrescentou Iwashita.

“Visamos a implementar nosso projeto socioesportivo desenvolvido em parceria com a prefeitura de Curitiba e que hoje atende 800 crianças. Não podemos depender apenas dos governos municipal e estadual, que a cada troca de mandato acabam preterindo iniciativas de cunho social”, prosseguiu Kussumoto.

“Buscamos preparar jovens para uma vida digna, formando faixas-pretas que no futuro poderão trabalhar como professores de judô e técnicos. Além disso, vamos preparar atletas para o alto rendimento, gerando possibilidades infinitas de crescimento social. O judô, nesse sentido, é uma modalidade privilegiada, por carregar tradições e valores que são importantes instrumentos socioeducativos, como coragem, humildade, respeito, disciplina, determinação, retidão e solidariedade”, concluiu o presidente da FPrJ.

Evento inédito pretende impulsionar a modalidade

Sistema de cotas e contrapartidas

Flávio Balan, coordenador de captação de recursos da FPrJ, falou sobre a abrangência da proposta apresentada aos convidados e disse que a aceitação parece ter sido bastante grande.

“Buscando disponibilizar acesso ao nosso projeto para vários tipos de empresa, criamos três classes de cotas e contrapartidas: Amigo do Judô Koka, Amigo do Judô Wazari e Amigo do Judô Ippon. Todas apresentam custo extremamente baixo, pois o momento que nosso País atravessa é delicado”, disse o coordenador.

“O investimento mensal dos pacotes varia, assim como a contrapartida oferecida aos nossos apoiadores. Entendemos que com o nosso projeto as empresas do Paraná poderão exercer cidadania e contribuir socialmente por meio de uma iniciativa socioesportiva transparente que, acima de tudo, promove o desenvolvimento humano”, detalhou Balan.

Marco Aurélio Kalinke apresentou o projeto da FPrJ

Avaliações positivas

Na avaliação de Heraldo Alves das Neves, diretor-presidente da Fomento Paraná, a diretoria da FPrJ acertou ao apresentar a modalidade à sociedade civil.

A Federação Paranaense de Judô está no caminho certo. Ela possui um calendário extenso, um número expressivo de atletas filiados, e precisa de recursos para financiar suas iniciativas. É preciso construir uma rede de parceiros que ofereçam suporte à entidade, e acredito que aqui mesmo em Curitiba exista grande variedade de empresas que podem estabelecer parcerias com o judô no nosso Estado”, disse Neves.

Rafael Lamastra Júnior, diretor-presidente da Compagas, destacou que, mesmo tendo um caráter meritório importantíssimo, o esporte deve ser visto e administrado como um negócio.

“Já militei nos dois lados do esporte e vejo esta realização de forma muito positiva. O esporte, assim como as demais atividades de mercado, precisa organizar-se, criar ferramentas de gestão e buscar aproximar-se de todas as camadas da sociedade saindo das quadras e dos tatamis em busca do apoio necessário para implementar o desenvolvimento pretendido”, disse.

 

“Queiramos ou não, o que move tudo é o dinheiro, e o esporte também acaba sendo um negócio. Contudo, mesmo tendo um caráter meritório espetacular, para os investidores o esporte tem de ser um negócio. Esta aproximação é saudável, é importante e é o que vai viabilizar projetos como o Amigos do Judô Paranaense”, concluiu o diretor-presidente da Compagas.

Marlon Vaz, Luiz Iwashita e Nicole Marin

Rogério de Lorenzo Leal, gerente de marketing da central Sicredi Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro, destacou a aproximação de sua instituição financeira com o esporte.

“Avaliamos esta iniciativa de forma bastante positiva, o Sicredi é um apoiador nato do esporte e apoiamos vários atletas e equipes. Temos todo um histórico e tradição nessa área e esperamos poder conseguir recursos para o judô, uma modalidade sobretudo fundamentada em valores. O Sicredi tem este enraizamento nas cidades onde atua, e no Paraná somos a maior rede financeira, com mais de 400 agências. Apoiamos muitos projetos por acreditar que valorizar a sociedade e o local onde atuamos é que acaba construindo relações fortes e produtivas, com uma qualidade de vida melhor. Apoiar o esporte está em nosso DNA e em nosso jeito de fazer a gestão”, disse Lorenzo Leal.

Luiz Iwashita, presidente da FPrJ

Christian Gaziri, gerente administrativo do Sindicombustiveis-PR, elogiou a iniciativa que aproxima os setores público e privado da gestão esportiva.

“Estou representando Jones da Silva Salvaro, diretor administrativo do Sindicombustível, e minha avaliação desta iniciativa é bastante positiva. A federação acerta ao apresentar seus projetos para representantes das iniciativas pública e privada, pois a prática esportiva coloca a juventude num ambiente sadio e promove a socialização das nossas crianças. O judô é uma modalidade que cultua a disciplina, o respeito pelo próximo, e estou certo de que a FPrJ colherá muitos frutos com esta ação”, previu o gerente administrativo do Sindicombustível.

Jonatham Rinaldin, consultor de investimentos da Ademilar, consórcio de investimento imobiliário, parabenizou a FPrJ pela aproximação feita com empresários e demais representantes da iniciativa privada.

“Avalio muito bem este encontro, pois o esporte necessita da parceria e do apoio da iniciativa privada. O judô é uma modalidade diferenciada que, além de formar atletas, forma cidadãos melhores para a sociedade. A FPrJ está fazendo sua parte, e entendo que cabe às empresas fazerem a parte delas”, pontuou o consultor de investimentos da Ademilar.

 

Emílio Trautwein, secretário de Esportes de Curitiba, entende que fomentar o esporte é uma forma de as iniciativas públicas e privadas devolverem à sociedade tudo que recebem dela.

“É uma iniciativa inédita e importantíssima para o desenvolvimento do esporte em nosso País, porque aproxima vários segmentos e mostra que a união dessas forças resulta no crescimento e fortalecimento do esporte no Brasil. O judô é constituído de valores importantíssimos e proporciona enorme contribuição na formação de jovens mais bem-educados e preparados para a vida, o que faz o judô ser, de verdade e de fato, uma gigantesca ferramenta de transformação social”, disse o secretário de Esportes de Curitiba.

Emílio Trautwein, secretário Municipal de Esportes

Para Flávio Balan, economista e coordenador de captação de recursos da Federação Paranaense da FPrJ, o evento superou as expectativas.

“Achei a iniciativa da FPrJ excelente no sentido de mostrar o judô e o trabalho que desenvolvemos para vários segmentos da sociedade e para os futuros patrocinadores e apoiadores da nossa entidade. Acho que o evento em si foi um sucesso porque pudemos mostrar os valores que fundamentam o judô, quão acessíveis eles são e quanto é importante promover o resgate destes valores. O encontro foi um sucesso, e parabenizo os professores Iwashita e Kussumoto por esta importante iniciativa”, disse Balan.

 

Carlos André Kussumoto, coordenador de eventos da FPrJ, destacou o ineditismo do encontro e previu o sucesso dele junto aos convidados da FPrJ.

“O ponto alto foi o ineditismo do evento. Jamais uma federação de judô havia realizado algo parecido. Pudemos mostrar nosso dia a dia, nossa realidade e o trabalho que desenvolvemos no sentido transformar vidas e promover desenvolvimento social. Agora iniciaremos o trabalho de prospecção junto a todas as empresas e entidades que participaram do nosso café de negócios, e tenho certeza de que conquistaremos grandes parceiros”, previu o coordenador de eventos da FPrJ.

Marco Aurélio Kalinke, professor da Universidade Tecnológica Federal do Paraná e presidente do Tribunal de Justiça Desportiva da FPrJ, disse que o café de negócios foi uma grande sacada.

“Achei o evento extremamente importante e acho que vai dar muitos frutos porque a proposta é bem interessante e porque busca a contrapartida dos empresários a um custo realmente acessível. Oferecemos algo visando unicamente ao social. Não é nada abusivo e não buscamos lucro. Agora é correr atrás e projetar o judô em nosso Estado”, disse o presidente do TJD da FPrJ.

Fazendo um balanço final, o presidente Luiz Iwashita parabenizou a equipe que desenvolveu esta ação inédita e avaliou como um ippon o café de negócios promovido pela Federação Paranaense de Judô.

“Inicio agradecendo empenho do Kussumoto, Paulo Pinto, Balan e Kalinke, membros da nossa equipe que realizaram algo verdadeiramente inédito e que busca impulsionar a nossa modalidade em todas as regiões do Estado. Penso que todas as metas foram atingidas e notamos que os convidados simpatizaram bastante com a nossa proposta. Agora é fazer a lição de casa e começar 2020 dando início a um grande projeto”, avaliou Iwashita.

Flávio Balan, coordenador de captação da FPrJ

Entre os convidados estavam Heraldo Alves das Neves, diretor-presidente da Fomento Paraná; Rafael Lamastra Júnior, diretor-presidente da Compagas; Rogério Leal, gerente de comunicação e marketing do Sicredi; José Manoel dos Santos, do departamento jurídico da Copel; Fabrício Haesbaert, chefe de gabinete da presidência da Sanepar; Emílio Trautwein, secretário Municipal de Esportes; Patrícia Alberti, assessora de comunicação institucional da Compagas; Ronaldo Babiak, diretor Municipal de Lazer; Daiane Semicek, gerente de Contas do Banco Santander; Carlos Eduardo Pijak, diretor Municipal de Esportes; João Carlos Rocha Almeida, Chefe do Núcleo Regional de Curitiba da Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Estado do Paraná; Jones Sálvaro, diretor executivo da Rede de Postos Sálvaro;

Nicole Marin e Marlon Vaz do Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequenas Empresas (Sebrae); Christian Gaziri, gerente administrativo do Sindicombustiveis-PR; Raphael Kussumoto, presidente da Rede Hiperfarma; Jonatham Rinaldin, consultor de investimentos da Ademilar; Suélio de Mesquita Júnior, diretor executivo da Hipervisão Automotivo; Maicon Gonçalves de Jesus, da Gonçalves Advogados Associados; Wallace Oliveira, da Ótica Semear; Alan Parise, da PDMG Marcas e Franquias; Eduardo Fassina, da Nave Lavagens; Jhonny Antunes, diretor comercial da Cota Pesquisas de Mercado; e Kleber Ramos, da Lupas Ideal.

O time da Federação Paranaense de Judô no evento estava composto por Luiz Iwashita (presidente), Carlos Kussumoto (coordenador de eventos), Marco Aurélio Kalinke (presidente do TJF), Paulo Pinto (coordenador de comunicação) e Flávio de M. Balan (coordenador de captação de recursos).

Rogério Leal e Flávio Balan