França conquista três ouros e vence o Grand Slam de Tel Aviv

O Grand Slam de Tel Aviv contou com a participação de 60 países

O time gaulês totalizou seis medalhas: três ouros, duas pratas e um bronze e todas vieram da classe feminina

Grand Slam de Tel Aviv
21 de fevereiro de 2021
Por PAULO PINTO
Curitiba – PR

Como pontuou Pedro Lasuen, assessor de comunicação da FIJ: “Um vírus mundial, milhões e milhões de pessoas confinadas, privação da liberdade e preocupação com um futuro incerto – tudo isso como pano de fundo! Precisamos de luz, esperança. É para isso que serve o esporte e principalmente o judô. É por isso que o Grand Slam de Tel Aviv teve de ser organizado e celebrado. Por isso, depois de um acontecimento épico repleto de obstáculos administrativos, políticos e geográficos, o terceiro e último dia do evento encerrou uma semana brilhante para a história do judô mundial”.

O Grand Slam de Tel Aviv reuniu 418 judocas vindos de 60 países, mas basta uma rápida olhada no quadro de medalhas e conferir os nomes dos judocas que subiram ao pódio para se constatar que foi uma competição fraca do ponto de vista técnico. O Japão, por exemplo, não enviou nenhum representante, mas isso não invalida a importante conquista da França, que fez a lição de casa conquistando seis medalhas: três ouros, duas pratas e um bronze, todas na classe feminina.

Na final do pesado, Romane Dicko precisou de apenas 25 segundos para vencer

O sucesso da França em Israel teve com destaque a peso pesado Romane Dicko, que venceu os últimos quatro torneios disputados. Na final de Tel Aviv precisou de apenas 25 segundos para derrotar a judoca de Portugal Rochele Nunes (brasileira de nascimento), que teve de se contentar com a medalha de prata.

A peso ligeiro Boukli Shirine conquistou o primeiro ouro da França na quinta-feira, enquanto a peso médio Pinot Margaux conquistou o segundo ouro gaulês no segundo dia de disputa..

As medalhas de prata vieram com a peso leve Cysique Sarah Leonie e a peso meio-pesado Posvite Fanny Estelle. O bronze francês foi conquistado pela judoca peso médio Gahie Marie Eve, que fez dobradinha com Pinot Margaux, a campeã dos 70kg.

Acostumada a figurar entre as principais forças do judô mundial, a seleção brasileira terminou a disputa na 21ª colocação e segue um caminho desgovernado e sem rumo, o qual certamente não nos levará ao pódio em Tóquio. Não dá mais tempo para rever ou mudar absolutamente nada. Só nos resta confiar no talento individual dos judocas que irão ao Japão para não perdermos a tradição de medalhas olímpicas – tradição essa forjada a duras penas por várias gerações de abnegados.

Quadro geral de medalhas