12 de dezembro de 2025
Confira o investimento no esporte olímpico do Brasil em 2026 © Imagem ilustrativa criada por IA / Global Sports
O Comitê Olímpico do Brasil (COB) aprovou nesta quarta-feira (10) o orçamento de 2026, estabelecendo o maior repasse já direcionado às Confederações Olímpicas: R$ 285 milhões, provenientes da Lei Agnelo/Piva, que destina parte das receitas das Loterias Caixa ao esporte de alto rendimento.
O montante supera em R$ 20 milhões o recorde anterior e consolida um ciclo de crescimento sustentado no financiamento do esporte olímpico nacional.
A distribuição dos recursos levou em consideração critérios esportivos e de gestão, com peso maior para resultados recentes em eventos internacionais relevantes. O planejamento inclui investimento em treinamento de equipes, contratação de profissionais de excelência, participação em competições nacionais e internacionais, além de compra de equipamentos e materiais técnicos.
No ranking de repasses, três Confederações lideram com folga: GINÁSTICA (R$ 16,5 milhões), VOLEIBOL (R$ 14,1 milhões) e JUDÔ (R$ 12,7 milhões) — juntas, representam o núcleo estratégico da preparação brasileira para o ciclo olímpico.
Ao todo, 37 Confederações serão beneficiadas, e outras cinco receberão aporte de R$ 9,6 milhões por meio de um fundo destinado a novos ingressos no sistema esportivo.
Na assembleia, o COB apresentou o balanço de gestão de 2025: o orçamento inicialmente aprovado com déficit previsto de R$ 78 milhões foi revertido, resultando em superávit projetado de R$ 15 milhões.
Segundo o diretor de Operações, Marcelo Vido, essa virada decorre de três pilares de gestão: responsabilidade fiscal, manutenção do desempenho esportivo e investimento estruturado em infraestrutura e programas de base. Essa lógica será mantida até 2028.
Para 2026, o orçamento global aprovado pelo COB será de R$ 678,6 milhões, abrangendo Projetos Especiais, Preparação Olímpica e Pan-Americana, programas para jovens atletas, Bases Internacionais e iniciativas estratégicas como Mulher no Esporte.
As modalidades de combate, historicamente responsáveis por grande parte das medalhas olímpicas do Brasil, receberam atenção especial do orçamento.
JUDÔ — R$ 12,748 MILHÕES
Terceira modalidade mais contemplada de todo o sistema, o judô reafirma posição de potência nacional. Os recursos permitirão ampliar intercâmbios, fortalecer o suporte científico e valorizar atletas em transição entre base e alto rendimento.
BOXE — R$ 10,186 MILHÕES
Com resultados expressivos em Pan-Americanos e Mundiais, o boxe contará com estrutura ampliada para equipes multidisciplinares, centros de treinamento e calendário internacional mais robusto.
TAEKWONDO — R$ 8,167 MILHÕES
Em curva ascendente, o taekwondo terá recursos estratégicos para elevar competitividade, reforçar comissões técnicas e expandir a presença em eventos qualificatórios.
WRESTLING — R$ 6,677 MILHÕES
A modalidade ampliará ações de desenvolvimento regional, bolsas para atletas e participação em competições internacionais, fundamentais para evoluir no cenário continental.
Valores dos repasses das 37 modalidades em milhares de reais:
Total: R$ 285 milhões
Além do orçamento, a Assembleia Geral aprovou a primeira grande reforma do Estatuto do COB desde 2019, atualizando diretrizes de governança, elegibilidade, transparência e processos internos. A medida alinha o COB às melhores práticas internacionais e fortalece institucionalmente o Movimento Olímpico do Brasil.
Com o maior orçamento da história e uma política de distribuição baseada em desempenho esportivo, governança e critérios técnicos, o COB inicia 2026 reforçando a solidez do novo ciclo olímpico. A ampliação dos repasses cria um ambiente mais estável para planejamento de médio e longo prazo, permitindo que as Confederações organizem preparações robustas, ampliem participação internacional, qualifiquem equipes multidisciplinares e invistam em centros de treinamento, renovação de talentos e expansão técnica em todo o país.
A liderança de ginástica, vôlei e judô — três pilares tradicionais do alto rendimento brasileiro — somada ao crescimento consistente das modalidades de combate, como taekwondo, wrestling e boxe, revela um cenário de fortalecimento estratégico. Trata-se de um ciclo que promete combinar continuidade e inovação, com o objetivo de manter o Brasil competitivo no cenário mundial e pavimentar conquistas mais amplas rumo aos Jogos Olímpicos de Los Angeles 2028.O esporte brasileiro entra no ciclo de Los Angeles 2028 mais estruturado e mais unido em torno de metas claras: desempenho, transparência e legado.
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