Guilherme Schimidt e Ketleyn Quadros são eliminados nas oitavas de final em Paris

Guilherme Schimidt e Ketleyn Quadros caem em Paris © Sabau Gabriela / IJF

Eliminações precoces dos dois judocas do Distrito Federal deixam o Brasil sem medalha no peso meio-médio. No quarto dia de disputa, o país totaliza apenas duas medalhas no tatami olímpico.

Paulo Pinto / Global Sports
30 de julho de 2024 / Curitiba (PR)

A participação brasileira no judô nesta terça-feira, quarto dia de disputas nos tatamis da Arena Champ de Mars em Paris, terminou sem novas medalhas. Guilherme Schimidt e Ketleyn Quadros foram eliminados nas oitavas de final da categoria meio-médio, frustrando as expectativas de conquista de medalhas para o Brasil.

Guilherme Schimidt (81kg) caiu prematuramente diante do italiano Antonio Esposito e ficou sem chance de disputar a repescagem. “Já havia vencido o Esposito duas vezes e sempre fizemos lutas chatas, pois ele luta taticamente. Infelizmente, hoje ele conseguiu me anular a pegada, apesar de achar que a minha queda no golden score não foi wazari, mas não tem o que fazer. Estou triste, mas o sonho não acabou.”

Em seu primeiro combate, Schimidt enfrentou Edi Sherifovski, da Macedônia do Norte, e venceu jogando de wazari e finalizando com osae-komi. Na luta que perdeu, Guilherme não conseguiu encaixar nenhum golpe efetivo no adversário, que forçou um jogo tático. No início da disputa, inclusive, o italiano chegou a pedir que limpasse os tatamis por excesso de suor do adversário.

Com 23 anos, o excelente judoca do Distrito Federal, que defende o Minas Tênis Clube, afirmou que o “sonho não acabou” e espera estar na disputa do judô por equipes, que começa no início da próxima semana. Esta é a primeira Olimpíada do judoca.

Queda de Ketleyn

Nascida em Ceilândia, no Distrito Federal, a veterana Ketleyn Lima Quadros, que hoje está com 36 anos, disputou a sua quarta Olimpíada. Na primeira delas, em Pequim 2008, ela conquistou a medalha de bronze e tornou-se a primeira mulher a ganhar uma medalha em esportes individuais para o Brasil na história das Olimpíadas. Ela não disputou os Jogos de Londres 2012 e, nas edições do Rio 2016, Tóquio 2020 e Paris 2024, não conseguiu medalhar.

Na Arena Champ de Mars, ela também caiu prematuramente nas oitavas de final para a francesa Clarisse Agbegnenou, número seis no ranking olímpico, que impôs dois shidôs a Ketleyn e venceu jogando de wazari faltando apenas três segundos para o fim da luta.

“Quando nos preparamos para as Olimpíadas é para isso, para o jogo duro. Isso não me assusta. Eu me senti confiante. Mas é luta e tudo se define no detalhe. Lógico que fica a chateação. Entrar com chance de medalha era meu objetivo. Vim aqui dar o meu melhor. Tentar, arriscar e conseguir a medalha”, disse a judoca que defende a Sogipa.

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