19 de novembro de 2024
Guilherme Schimidt vence campeões olímpico e mundial e conquista a prata no World Masters
Meio-médio do Minas Tênis Clube fatura a única medalha do Brasil na competição de Budapeste e o País termina na 14ª colocação.
Fonte Lara Monsores / CBJ
9 de agosto de 2023 / Curitiba (PR)
O judoca brasileiro Guilherme Schimidt (81kg) teve um desempenho espetacular nas preliminares do World Masters de Judô e disputou a final do torneio que reúne 419 atletas de 54 países, sendo disputado apenas pelos 36 melhores judocas do mundo em cada categoria de peso. Depois de vencer o campeão olímpico nas quartas de final e o bicampeão mundial na semifinal, o brasileiro caiu diante do belga Mathias Casse, outro campeão do mundo, na luta pelo ouro.
“Estou triste por não ter sído campeão, mas feliz pelos combates que fiz. Venho evoluindo, hoje eu sou um dos principais atletas da categoria. Sigo brigando nessa reta final pela vaga olímpica em Paris 2024 e trabalhando pela medalha em Paris, que é meu grande objetivo”, disse Schimidt após a prata que lhe rendeu 1.260 pontos no ranking olímpico.
Em Budapeste, Schimidt entrou como cabeça-de-chave número 8, o que o colocou de bye na primeira rodada. Nas oitavas, não teve muitos problemas para passar pelo espanhol José María Mendiola Izquieta e venceu o duelo com dois wazaris.
A partir daí, o caminho que se desenhou para o brasileiro foi o mais difícil da categoria. Primeiro, teria de passar pelo campeão olímpico de Tóquio 2020 e bronze no Rio 2016 Takanori Nagase, do Japão. Depois, enfrentaria o atual bicampeão mundial, Tato Grigalashvili, invicto há 26 lutas no circuito mundial, desde julho de 2022.
Com um judô tático, o brasileiro anulou as melhores pegadas do japonês, conseguiu impor volume de ataques e venceu nos shidôs (3 a 2).
Se a estratégia funcionou com o campeão olímpico, ela também funcionaria com o campeão mundial. Schimidt veio confiante para o combate com o georgiano e, da mesma forma, venceu a luta nas punições, esgotando, fisicamente, o adversário, com entradas em sequência e com boa estratégia no kumi-kata.
Na final, Guilherme Schimidt enfrentou o belga Mathias Casse, campeão mundial em 2021 e vice em 2022 e 2023. Os dois se enfrentaram apenas uma vez, no Grand Slam de Antalya, em 2022, quando o brasileiro levou a melhor.
Desta vez, porém, Casse acertou um golpe (wazari) na primeira tentativa e administrou o restante da luta para assegurar o ouro. Os bronzes do 81kg ficaram com Nagase e Grigalashvli.
O Brasil foi à Hungria com uma equipe formada por 16 atletas e uma comissão técnica composta por pelo menos dez pessoas – a CBJ não tem por hábito divulgar a quantidade de membros das equipes e muito menos os nomes dos profissionais e dirigentes que vão ao exterior em busca de medalhas e pontos no World Ranking List da FIJ.
Como somente o minas-tenista Guilherme Schimidt subiu ao pódio e conquistou medalha, o Brasil encerrou a disputa do World Masters 2023 na 14ª colocação.
Clique AQUI e veja a classificação geral do World Masters 2023.
Brasileiros em Budapeste
SELEÇÃO FEMININA
Amanda Lima 48kg (Minas Tênis Clube/FMJ)
Natasha Ferreira 48kg (Sociedade Morgenau/FPRJ)
Larissa Pimenta 52kg (Esporte Clube Pinheiros/FPJ)
Rafaela Silva 57kg (CR Flamengo/FJERJ)
Jéssica Lima 57kg (Sogipa/FGJ)
Ketleyn Quadros 63kg (Sogipa/FGJ)
Gabriella Mantena 63kg (Minas Tênis Clube/FMJ)
Luana Carvalho 70kg (Umbra-Vasco/FJERJ)
SELEÇÃO MASCULINA
Willian Lima 66kg (Esporte Clube Pinheiros/FPJ)
Daniel Cargnin 73kg (Sogipa/FGJ)
Guilherme Schimidt 81kg (Minas Tênis Clube/FPJ)
Rafael Macedo 90kg (Sogipa/FGJ)
Marcelo Gomes 90kg (CR Flamengo/FJERJ)
Rafael Buzacarini 100kg (Esporte Clube Pinheiros/FPJ)
Leonardo Gonçalves 100kg (Sogipa/FGJ)
Rafael Silva (Baby) +100kg (Esporte Clube Pinheiros/FPJ)