Henrique Guimarães vai ao Mundial de Budapeste em busca de referências para o aprimoramento da gestão da FPJudô

Primeiro Mundial como presidente da FPJudô, viagem é pautada por escuta ativa, inovação e busca por excelência na gestão esportiva.

Por Paulo Pinto / Global Sports
Curitiba, 11 de junho 2025

Nesta terça-feira, a Revista Budô tomou conhecimento da ida de Henrique Guimarães à Hungria e entrou em contato com a assessoria de comunicação da Federação Paulista de Judô para obter detalhes sobre a ida do dirigente ao principal evento do calendário da Federação Internacional de Judô (FIJ) desta temporada. Fomos notificados que Guimarães já havia embarcado, mas fomos prontamente atendidos por Mauzler Paulinetti, assessor institucional da FPJudô, que compartilhou os objetivos da missão internacional do dirigente paulista.

Primeiro medalhista olímpico a comandar uma federação estadual de judô no Brasil, Henrique Guimarães cumpre nesta semana sua primeira missão internacional desde que assumiu a presidência da FPJudô. O destino é Budapeste, capital da Hungria, onde será realizado o Campeonato Mundial Sênior de Judô 2025. Segundo Paulinetti, a presença do dirigente no Mundial vai além do acompanhamento da seleção brasileira: Guimarães pretende observar boas práticas de gestão e organização esportiva, com o objetivo de modernizar os processos internos da entidade e alinhar sua atuação às referências mais avançadas do judô internacional.

Henrique Guimarães ao lado de Mauzler Paulinetti, assessor institucional da FPJudô © Divulgação

“O Campeonato Mundial da Hungria é hoje o ponto de convergência das lideranças globais da modalidade. Budapeste abriga a sede da FIJ, e durante a realização do evento todos os principais dirigentes do judô se reúnem. Como este é o primeiro Mundial desde que Henrique assumiu a presidência da FPJudô, ele estará presente não apenas para acompanhar os combates, mas para aprender, observar e, principalmente, compreender como funciona a governança esportiva de alto nível”, explicou o assessor.

Aprendizado e benchmarking pautam presença paulista em Budapeste

A agenda em Budapeste inclui também a possibilidade de um encontro com Vlad Marinescu, diretor-geral da FIJ. De acordo com Paulinetti, a reunião está sendo viabilizada pela assessoria do presidente e representa uma oportunidade estratégica de escuta e aprendizado. “Trata-se de um momento institucional importante. O objetivo é entender como a FIJ estrutura seus grandes eventos, o que pode servir de inspiração para futuras competições organizadas pela FPJudô, sempre em parceria com a Confederação Brasileira de Judô. Henrique tem total clareza de que esse é um espaço de observação, nunca de intervenção.”

A missão internacional marca o início de uma nova fase para a federação paulista. Com olhar atento às exigências do esporte moderno e à realidade dos tatamis, Guimarães leva consigo a experiência de quem viveu intensamente o alto rendimento como atleta. “Ele sabe o que é necessário para um judoca chegar ao pódio. Agora, como dirigente, carrega essa vivência para dentro da gestão. Quer que os atletas paulistas — e os da seleção — percebam que a federação está mais conectada com as reais demandas da preparação e da performance. Isso passa por planejamento, escuta ativa e investimento em inovação”, reforça Paulinetti.

Viagem à Hungria é parte do plano de modernização da FPJudô

Entre os principais objetivos da missão em Budapeste está o mapeamento de boas práticas e a busca por referências que possam ser adaptadas à realidade da FPJudô. “Henrique quer observar tudo: desde a estrutura física da arena até os sistemas de credenciamento, logística, comunicação e gestão de público. A Federação Internacional tem processos altamente estruturados, e há muito a ser aprendido e aplicado aqui. Ele costuma dizer que boas ideias não têm fronteiras”, completou o assessor.

Além da modernização da gestão, a FPJudô também mira o fortalecimento da base e a promoção da inclusão como pilares estratégicos. “Tudo que envolva inovação, eficiência e impacto positivo na formação de atletas e professores é relevante. A Hungria tem se destacado como sede de grandes eventos, e o Mundial oferece o ambiente ideal para absorver ideias que possam nos ajudar a construir uma federação mais moderna, bem estruturada e, sobretudo, comprometida com a base, com a inclusão e com a excelência”, finalizou.

A presença de Henrique Guimarães no Mundial de Budapeste representa, portanto, mais do que uma agenda internacional de prestígio. Marca o início de um novo ciclo para a Federação Paulista de Judô, em que o conhecimento e o diálogo com as grandes referências do judô mundial se tornam pilares para a consolidação de um modelo de gestão eficiente, transparente e sintonizado com os desafios contemporâneos do esporte.