Hoje é o dia D para a seleção brasileira de karatê nos Jogos Sul-Americanos de Cochabamba

Nos dois primeiros dias de disputa o Brasil obteve uma medalha de prata com Hernani Veríssimo (75kg) e três de bronze com Érica Santos (61kg), Gabrielle Sepe (68kg) e Nicole Yonamine no kata.

21º Jogos Sul-Americanos de Cochabamba 2018
29/05/2018
Por PAULO PINTO I Fotos ARQUIVO
Cochabamba – Bolívia

Atual campeão sul-americano e pan-americano da classe sênior, o karatê do Brasil passa por um momento difícil em Cochabamba, onde se realiza a 21ª edição dos Jogos Sul-Americanos.

Favorita, a seleção brasileira ainda não achou o caminho para chegar ao lugar mais alto do pódio, enquanto seus rivais avançam rapidamente para o topo da tabela.

Primeira colocada, a Venezuela soma três ouros, uma prata e um bronze. O Peru surpreendeu conquistando sete medalhas nos dois dias de disputa, sendo dois ouros, duas pratas e três bronzes. Equador soma um ouro, uma prata e três bronzes. Colômbia e Chile dividem a quarta colocação com um ouro, uma prata e um bronze. Em sexto lugar, o Brasil totaliza uma medalha de prata e três bronzes.

As medalhas do Brasil foram conquistadas por Hernani Antônio Veríssimo (75kg) e Érica Carla Castro dos Santos (61kg), Gabrielle Sepe (68kg) e Nicole Helena Yonamine Mota, no kata.

Williames Souza

Dia D para o Brasil

Três gigantes do karatê brasileiro e pan-americano entram no koto hoje: Valéria Kumizaki, Douglas Brose e Vinicius Figueira. Os três atletas estão no Top Three do World Ranking List da WKF e prometem projetar o Brasil no quadro geral de medalhas. Giovanna Feroldi (50kg), 57ª colocada no ranking WKF, também luta hoje e promete medalha.

O técnico Diego Spigolon lamentou a falta de concentração de Hernani Antônio Veríssimo nos últimos segundos do combate.

“O Hernani fez uma boa campanha na competição. Na final ganhava até os últimos 2 segundos do combate, quando levou um chute que garantiu três pontos para o colombiano Juan Felipe Avenia. Uma falha que não pode acontecer novamente. Ficamos muito chateados com a prata devido às circunstâncias. Sabemos o potencial do nosso atleta, mas não podemos esquecer que esta medalha assegura a vaga nos Jogos Pan-Americanos de Lima 2019. Toda falha traz aprendizado e essa sem dúvida trará”, lamentou o técnico brasileiro.

Enfático, Spigolon crê na qualidade técnica dos karatecas que lutarão hoje, e aposta na recuperação do Brasil no quadro de medalhas.

“Quanto às expectativas de medalhas, esperamos bons resultados hoje. Dos quatro atletas que lutarão, temos três no Top Three do ranking mundial, o que mostra a força de nosso time. Tenho esperança de subirmos ao pódio em todas as categorias. Agora é trabalhar para isso”, almejou Spigolon.

O pódio do kata feminino

William Cardoso, diretor técnico da Confederação Brasileira de Karatê, destacou as vagas conquistadas para os Jogos Pan-Americanos Lima 2019, competição que valerá pontos para Tóquio 2020.

“Nos dois primeiros dias de disputa conseguimos assegurar duas vagas no kata com Nicole Yonamine Mota e Williames Souza. O Hernani Veríssimo também assegurou uma vaga. Lamentavelmente os bronzes de Érica Santos e Gabrielle Sepe não classificam para Lima. O resultado não é o esperado, e comprova que o karatê sul-americano cresce a cada temporada. Estamos num evento com nível técnico muito elevado, e os momentos finais da luta do Veríssimo mostraram que nossos adversários estão muito bem preparados e focados na conquista de medalhas, índices e pontos no ranking mundial”, destacou o dirigente, que concluiu detalhando os resultados do segundo dia de competição.

“Nossos atletas mais experientes lutam hoje, e temos certeza de que o karatê dará grande contribuição para a equipe do Brasil que está em Cochabamba. O Peru tem sete medalhas e ocupa a segunda colocação geral, mas lembramos que a seleção peruana chegou a Cochabamba já classificada para os Jogos Pan-Americanos, que se realizam em seu país, onde há grande investimento para esta competição. Acredito que hoje vamos equilibrar as coisas e subiremos no ranking do certame”, concluiu Cardoso.