ITKF inicia certificação internacional de projetos socioeducativos

Em seiza, sensei Guaracy Tanaka em mokuso, antes do início da aula © ftdiniz / Felipe Diniz

Reconhecimento da Federação Internacional de Karatê Tradicional beneficia associações que atuam em parceria com entidades públicas e privadas, atestando a qualidade e a idoneidade dos projetos.

Paulo Pinto / Global Sports
30 de julho de 2024 / Curitiba (PR)

O karatê socioeducativo baseia-se na proposta do karatê tradicional do mestre Hidetaka Nishiyama, que é o autodesenvolvimento, e os projetos nessa área tiveram origem no município paranaense de Guarapuava em 1992, por iniciativa do professor Guilherme Antônio Carollo, faixa preta 6°dan ITKF, fundador e coordenador da Associação Educacional de Desenvolvimento Humano e Social (ADDES). Foi a partir desse modelo que ele sugeriu ao professor Gilberto Gaertner, chairman da International Traditional Karate Federation (ITKF), que a instituição criasse um certificado que reconhecesse a qualidade pedagógica e importância social dessas iniciativas.

A certificação permite que os responsáveis pelas associações ganhem credibilidade junto aos órgãos públicos e privados, dando força para a continuidade dos projetos. “Acredito que, se divulgarmos mais esse processo, a adesão irá aumentar a nível global”, conta sensei Guilherme.

Alguns alunos do projeto adote um campeão do Centro de referência da criança e do adolescente de Marau, cujo corpo docente é formado pelos professores Juarez da Silva, Eduardo Debovi, Frank Manera e Samanta Martello © Arquivo

Projetos com certificação

Karatê Socioeducativo ITKF – SMELJ/ADDES – Curitiba / PR
(Projeto referência para certificação)
Professor responsável: Daniel Pizzano Carollo

VemSer Rio de Janeiro! – Rio de Janeiro / RJ
Professor responsável: Guaraci Ken Tanaka

Adote um Campeão – Centro de Referência da Criança e do Adolescente – Marau / RS
Professor responsável: Juarez da Silva

Projeto Socioeducativo Musashi Karatê Clube – Salvador / BA
Professor responsável: Jonathan Miranda Júnior

Projeto de Karatê Tradicional da UEM/HAGAKURE – Maringá / PR
Professor responsável: Marcelo Alessandro Pereira

Projeto Karatê Castro – Castro / PR
Professor responsável: Robson da Luz Barbosa
Associação Educacional de Desenvolvimento Humano e Social

Exemplos concretos

“Os projetos sociais com karatê já realizados demonstram capacidade de chegar a públicos que outras iniciativas não alcançam”, afirma o professor Guilherme Carollo. “Além disso, conseguem manter a motivação dos participantes, que, na maioria, sempre desejam dar continuidade à prática.”

Outro aspecto destacado pelo sensei é o impacto causado pelos projetos, não apenas durante o período da participação em si, mas mesmo depois de anos, quando os praticantes tomam outros rumos na vida.  Esse sucesso á atribuído a dois diferenciais: respeito aos princípios do karatê e a prática não competitiva.

Parte dos alunos do projeto Karatê Socioeducativo ITKF – SMELJ/ADDES de Curitiba (PR) © Global Sports

Os lemas do karatê proporcionam o desenvolvimento pessoal, de forma simples. São orientações claras, experimentadas no dojô e passíveis de serem replicadas no dia a dia dos praticantes. Alicerçados numa filosofia de formação humana integral, eles incorporam cinco influências budistas: apaziguamento dos sentidos, aceitação do inevitável com tranquilidade, domínio de si em qualquer circunstância, intimidade maior com a ideia de vida do que com a da morte e a pura humildade.

Gilberto Gaertner, chairman da ITKF © Global Sports

Estes e outros ensinamentos, afirma sensei Guilherme, permeiam cada atividade dos projetos e potencializam a formação de valores de vida positivos. “A própria forma de conduzir as aulas leva a tal construção”, diz. “Esta filosofia traduz-se nos rituais praticados desde o início das aulas, como a saudação para entrar e sair da área de treinamento, o cumprimento ao professor e aos companheiros de treinamento, breve meditação no começo e no fim da prática, os pés descalços e o uniforme branco, além da repetição dos lemas do karatê. Tudo isso serve de referência para o praticante no que se refere tanto à disciplina quanto à hierarquia e à cortesia.”

Professores dos projetos sociais da ITKF no Rio Grande do Sul, Eduardo Debovi, Samanta Martello, Juarez da Silva, Frank Manera e Douglas Albano © Arquivo

Já a ausência de competição alivia a pressão sobre os participantes ao contrário do que ocorre em outras práticas esportivas e mesmo culturais. “No caso do karatê tradicional”, explica sensei Guilherme, “todo o esforço se dá para vencer a si mesmo, para melhorar a cada dia. Até os momentos de enfrentamento, seja nos treinos seja nos festivais, são entendidos como um processo colaborativo em que cada karateca permitirá que os esforços do outro sejam avaliados e testados. O foco não é acumular medalhas e troféus nem mostrar-se melhor diante dos outros.”

Em resumo: os principais objetivos do karatê socioeducativo são o desenvolvimento integral dos praticantes, a construção de projeto de vida positivos e o protagonismo pessoal e social.

Alunos e professores convidados para o VI Festival das Escolas e Exame de Faixa com na Escola Municipal Nilo Peçanha © ftdiniz / Felipe Diniz

Legado de mais de 60 anos

O Instituto Goshin-Dô Kobukan surge não apenas como um espaço de ensino de karatê, mas como um guardião da história e dos valores que moldaram essa arte no Rio de Janeiro. Seu legado começou em 2018, quando o Projeto VemSer foi iniciado como um projeto de extensão do IPUB/UFRJ, em parceria com a professora e psicóloga Leila Ribeiro do SPIA/IPUB. Originalmente atendendo uma escola municipal, o projeto logo se expandiu para mais duas.

Sensei Daniel Pizzano Carollo executa o Kanku Dai, um kata avançado no karatê Shotokan e tem origens que remontam ao kata Kushanku, que foi trazido de Okinawa © Global Sports

Em meados de 2018, com a perda do shihan Yasutaka Tanaka (10° dan), líder máximo da ITKF no Brasil, a criação do Instituto Goshin-Dô Kobukan tornou-se uma prioridade. Inspirado nos moldes do Instituto Goshin do mestre Tasuke Watanabe, o IGKRJ foi oficialmente fundado em 2021, após os desafios impostos pela pandemia. Esse período permitiu um resgate profundo da história do karatê nacional, reunindo praticantes antigos como o Comandante Bruno, um dos primeiros alunos da academia Kobukan, sensei Eduardo Santos como diretor técnico, sensei Paulo Uchoa (Urso) como diretor administrativo e sensei Paulo Jordão como professor.

Sensei Tanaka orienta seus alunos para formação inicial. Segundo ele, a disciplina já começa no alinhamento inicial – Aula na E.M. João Saldanha © ftdiniz / Felipe Diniz

Sob a liderança de Guaraci Ken Tanaka, filho do mestre, o Projeto VemSer passou a atender mais de 500 crianças em 15 núcleos de escolas municipais, mantendo viva a essência do karatê tradicional. Mais do que ensinar técnicas de defesa pessoal, o Instituto enfatiza princípios fundamentais como respeito (ordem) e compromisso (progresso), essenciais para o desenvolvimento de cidadãos responsáveis e socialmente comprometidos.

A baixa taxa de evasão anual destaca a eficácia do Projeto VemSer em manter os jovens engajados e comprometidos. Esse compromisso contínuo reflete o espírito de esforço constante e resiliência promovido pelo karatê, como sublinha sensei Guaraci: “Numa era dominada pela velocidade da informação e o desejo por gratificação imediata, o karatê oferece uma âncora de valores essenciais como honestidade e autocontrole”, enfatiza.

Alunos do sensei Douglas Albano do projeto Adote um campeão gentil © Arquivo

O Instituto Goshin-Dô Kobukan é, assim, um marco na história do karatê do Rio de Janeiro. Ele não apenas preserva, mas também revitaliza um legado de mais de 60 anos, passando adiante a importância de todos aqueles que contribuíram para essa rica história. Dessa forma, os alunos do projeto sentem a conexão com o passado, vivenciando a tradição e os ensinamentos dos grandes mestres, mesmo sem tê-los conhecido pessoalmente.

O Instituto Goshin-Dô Kobukan não é apenas um centro de ensino de karatê, mas uma força de transformação social. Ele educa e inspira, fortalecendo os valores que são cruciais para a construção de um futuro melhor para nossas crianças e jovens, garantindo que o legado do karatê permaneça vivo e relevante para as próximas gerações.

Sensei Carollo executa o Jitte. O kata Jitte é um kata avançado da Shotokan, conhecido por sua ênfase em técnicas de defesa e controle contra múltiplos oponentes. O nome “Jitte” é traduzido como “dez mãos,” sugerindo que o praticante deve desenvolver habilidades equivalentes a ter dez mãos à disposição, simbolizando a capacidade de enfrentar múltiplos adversários com eficácia e poder © Global Sports

Desenvolvimento neurocognitivo

Sensei Guaraci é faixa preta 3º dan e doutor em saúde mental, com uma tese que mostra como o karatê pode ser uma ferramenta eficaz para o desenvolvimento neurocognitivo em crianças de diferentes estágios de maturação biológica. Respaldado por estudos científicos, o foco do projeto é inculcar os ensinamentos do Dojô Kun na vida das crianças, mostrando que as vitórias são frutos do trabalho árduo e que as derrotas são oportunidades para crescimento e superação.

Seguindo o modelo biopsicossocial de Engel, o IGKRJ se diferencia ao desenvolver habilidades intrínsecas e de relacionamento. Além do aspecto esportivo, preocupa-se com saúde, educação e cultura, complementado por pesquisas científicas sobre a prática do karatê, mindfulness e neurociências.

Parte da turma de alunos da Escola Municipal João Saldanha © ftdiniz / Felipe Diniz

O IGKRJ foi a segunda instituição a receber a certificação da ITKF, fato que aproximou ainda mais a organização de seus objetivos comuns e abriu portas importantes. “Este reconhecimento é um testemunho da dedicação e excelência que o IGKRJ promove, alinhado com os valores do Dojô Kun”, enfatiza sensei Guaraci.

Tanto que o Projeto VemSer é reconhecido pelo Ministério dos Esportes e está em processo de certificação estadual e municipal. A parceria com o poder público é vista como essencial, mas além disso a instituição conta com doações espontâneas da iniciativa privada, por meio de empresários e entusiastas da arte marcial.

Parte dos alunos do projeto adote um campeão do Centro de referência da criança e do adolescente de Marau © Arquivo

Embora o foco principal do VemSer seja o karatê nas escolas, o IGKRJ recebe ajuda de voluntários que oferecem serviços adicionais valiosos, como aulas de idiomas e palestras de empresários de sucesso, parceiros do projeto. “Este enriquecimento curricular promove uma educação holística, alinhada com a filosofia do karatê de desenvolver a mente e o corpo.”

Atualmente, os alunos do projeto representam uma parcela significativa de atletas em competições – um elo fundamental para o crescimento institucional, segundo sensei Guaraci. “Este sucesso competitivo é um reflexo da disciplina e perseverança inculcadas pelo treinamento tradicional de karatê da ITKF.”

Professores Daniel Pizzano Carollo e Guilherme Carollo com alguns alunos do projeto sediado no Clube da Gente Santa Felicidade © Global Sports

Experiência positiva

“A certificação é o reconhecimento da ITKF projetos de excelência, sublinhando o impacto social do karatê e mostrando como essa prática contribui para a formação de indivíduos. Além disso, ajuda a institucionalizar e validar trabalhos socioeducativos, ampliando seu alcance e impacto”, assegura Daniel Pizzano Carollo.

Responsável pelo projeto iniciado em 2021 e que atende a cerca de 35 crianças e adolescentes no Clube da Gente Santa Felicidade, equipamento da Prefeitura Municipal de Curitiba, sensei Daniel é faixa preta 2º dan e foi campeão mundial de karatê tradicional na categoria sub 21 em 2019. Em três anos cerca de 150 jovens já foram atendidos.

Sensei Tanaka comanda o shomen-ni-rei na Escola Municipal João Saldanha © ftdiniz / Felipe Diniz

“Os projetos sociais que envolvem esportes, como o nosso de karatê tradicional, oferecem nova perspectiva de vida para crianças e jovens”, explica sensei Daniel. “Eles proporcionam não só uma visão mais positiva de si mesmo, mas também do mundo ao seu redor, e esse é um dos motivos pelo qual as artes marciais devem ser entendidas como algo essencial na formação dos indivíduos.”

E sublinha que no karatê os praticantes desenvolvem disciplina, respeito e autoestima, qualidades essenciais para enfrentar desafios e construir um futuro e uma sociedade cada vez melhor. “Como disse Gichin Funakoshi, o objetivo último do karatê não reside na vitória ou na derrota, mas na perfeição do caráter de seus praticantes.”

Parte dos alunos do projeto adote um campeão do Centro de referência da criança e do adolescente de Marau © Arquivo

Quando as crianças começam a praticar o karatê e a adquirir conhecimentos de defesa pessoal, desenvolvem mais autoconfiança e respeito por si mesmas, diz sensei Daniel. Esse sentimento de autovalorização permite que superem obstáculos e enfrentem adversidades. “O treinamento traz experiências só vivenciadas no dojô, mas que, quando levadas para o cotidiano, ajudam a lidar e superar os problemas pessoais e sociais.”

Alunos do sensei Eduardo Debovi do projeto Adote Um Campeão Nova Alvorada © Arquivo

Mais de 6 mil assistidos

O projeto Adote um Campeão e Ajude a Formar um Cidadão, desenvolvido nos municípios gaúchos pelas Prefeituras de Marau, Vila Maria, Camargo, Gentil e Nova Alvorada, atende atualmente 500 crianças e adolescentes. Desde sua fundação, em 1999, mais de 6 mil jovens já participaram do projeto.

Juarez da Silva, 5º dan ITKF, graduado em pedagogia e educação física (CREF 035666-G/RS), é o responsável pelo projeto, que conta ainda com os professores Douglas Albano (3º dan ITKF), Eduardo Debovi (3º dan ITKF), Frank Manera (2º dan ITKF) e Samanta Martello (1º dan ITKF). A equipe dispõe de profissionais das áreas de psicologia e assistência social, entre outras.

Alunos da Escola Municipal João Saldanha em seiza para encerramento da aula. O faixa marrom é Rayr Dias, primeiro instrutor do projeto VemSer que iniciou na prática do karatê na escola E.M São Thomas de Aquino © ftdiniz / Felipe Diniz

“O projeto social do karatê tem surtido muitos efeitos em nossa sociedade, relacionados ao desempenho e ao perfil de conduta no ambiente escolar, familiar e social dos assistidos”, diz sensei Juarez. “O karatê-dô tradicional, graças a sua metodologia de ensino, preserva a essência e a tradição da verdadeira arte marcial de formação e educação, que vai ao encontro das muitas necessidades das crianças e adolescentes, sem contar o valor terapêutico oferecido a seus praticantes”.

O projeto de Marau foi o primeiro a receber o reconhecimento da ITKF, em 13 de junho de 2022. “Esta certificação certamente deu mais notoriedade e credibilidade ao nosso trabalho no que diz respeito aos benefícios socioeducativos proporcionados e a garantia de legalidade na aplicação de recursos públicos”, assegura sensei Juarez.

Sensei Daniel Carollo acompanha treino dos alunos mais graduados © Global Sports

Histórico

As aulas de karatê tradicional ou os projetos socioeducativos começaram no município de Guarapuava em 1992. Recém-formado em educação física, Guilherme Carollo tornou-se amigo do secretário municipal de Esportes e sugeriu implantar o karatê de forma socioeducativa na cidade, mas com um diferencial perante os outros esportes, levando a filosofia e os princípios da modalidade, como autodesenvolvimento, a crianças que não podiam pagar uma academia.

O primeiro convênio com a prefeitura atendeu 500 crianças em três lugares e foi relativamente fácil de ser implantado porque não exigia necessariamente tatamis e kimonos. Essa escolinha funcionou de 1992 a 1996, e com base nessa experiência sensei Guilherme levou a ideia ao governo do Estado. Um projeto-piloto foi criado em oito municípios com apoio da Secretaria da Criança do Paraná e da Federação Paranaense de Karatê.

Alguns alunos do projeto Adote um campeão Vila Maria que é dirigido pelo professor Douglas Albano © Arquivo

A partir de 1998, projeto denominado Karatê Piá no Esporte ampliou-se e chegou a 246 municípios paranaenses em 2005. “Nós atendíamos 35 mil crianças por mês e acreditamos que mais de 200 mil crianças passaram pelo projeto nesse período”, lembra sensei Guilherme. Depois disso vários municípios tocaram projetos próprios.

“Hoje em dia nós temos projetos socioeducativos com essa mesma inspiração nos Estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Bahia, Ceará, Mato Grosso e outros onde há federações filiadas à Confederação Brasileira de Karatê Tradicional (CBKT).

Alunos do dojô do Clube da Gente Santa Felicidade fazem alongamento antes do treino © Global Sports

Após o Projeto Karatê Piá no Esporte, outros se basearam nessa ação socioeducativa. Um deles foi o Karatê São José dos Pinhais, que funcionou de 2005 até 2012, com de 7 mil participantes nesse período. O Criança Quer Futuro, feito com a prefeitura de Curitiba, priorizava crianças em situação de vulnerabilidade social. Com apoio do Criança Esperança, da Rede Globo, o Karatê Especial concentrou-se em crianças e adolescentes com necessidades especiais.

Sensei Guilherme calcula que, nesses 31 anos, aproximadamente 500 mil crianças passaram por algum desses projetos socioeducativos. Um diferencial muito grande no Paraná é capacitação dos professores. Vários deles, quando crianças, tinham participado dos projetos. “Felizmente, até hoje é assim”, conclui sensei Guilherme.

Alunos da turma de 2023 da Escola Municipal João Saldanha © ftdiniz / Felipe Diniz

Certificação internacional

O professor doutor Gilberto Gaertner, chairman da ITKF, explicou que a entidade iniciou a certificação de projetos socioeducativos no Brasil de forma experimental e agora vai expandir essa certificação para outros países. Para o dirigente, os projetos socioeducativos são um marco importante na aplicabilidade do grande potencial transformador que o karatê tradicional possui.

Alguns alunos do sensei Frank Manera no projeto Adote um campeão Camargo © Arquivo

“O karatê tradicional vem impactando de forma significativa nos aspectos físico, emocional e cognitivo, dos seus praticantes. Nesta reportagem foram expostos alguns exemplos de trabalhos de excelência, mas com certeza temos muitos outros trabalhos de qualidade sendo desenvolvidos ao redor do mundo. Para serem certificados, os projetos precisam cumprir e atender as normas e diretrizes didático-pedagógicas elencadas pela Comissão de Projetos Socioeducativos da ITKF. Os instrutores responsáveis também precisam estar devidamente registrados na ITKF e possuir o certificado de coach.”

Sensei Guilherme Carollo com Lucas Paulo Torezin, coordenador do Clube da Gente Santa Felicidade © Global Sports

“Meu sonho é que possamos expandir globalmente os projetos socioeducativos de forma sistemática para beneficiar o maior número de crianças e jovens em situação de vulnerabilidade e concretizar a função social e educativa do karatê tradicional da ITKF Global”, expôs o dirigente.

Os filiados interessados em credenciar seus projetos socioeducativos podem obter informações e fazer a solicitação através do e-mail da secretaria: secretary@itkf.global.

Kenzo Pereira Tanaka, neto do shihan Yasutaka Tanaka faz parte da turma da Escola Municipal João Saldanha © ftdiniz / Felipe Diniz

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