Jogos Sul-Americanos mostram a qualidade técnica da nova geração de judocas

Membros da comissão técnica e atletas do Brasil comemoram a campanha vitoriosa em Rosário © Beto Noval / COB

Com 87,5% de aproveitamento, judocas da base conquistam seis medalhas de ouro e uma de prata e mantêm a supremacia técnica do Brasil na América do Sul

Por Paulo Pinto / Global Sports
15 de maio de 2022 / Curitiba (PR)

Judô brasileiro brilhou nos Jogos Sul-Americanos da Juventude realizados de 3 a 8 de maio em Rosário, na Argentina. A seleção levou apenas oito judocas, sete dos quais disputaram finais e conquistaram seis medalhas de ouro e uma prata.

Bianca Reis, da Academia Corpo e Arte de Brasília venceu todas as lutas por ippon © Beto Noval / COB

Integraram a seleção brasileira Thayssa Assis, do Instituto Reação/RJ (44kg); Agatha Benedicto, do Clube Paineiras do Morumby/SP (52kg); Bianca Reis, da Academia Corpo e Arte de Brasília/DF (63kg); Mari Hayse Silva, do Club Athletico Paulistano/SP (78kg); Marcus Ramos, do Clube Paineiras do Morumby/SP (55kg); Ernane Neves, do Sesi-SP de Botucatu/SP (66kg); Matheus Abreu, do Instituto Reação/RJ; e Jesse Barbosa, da Umbra-Vasco da Gama/RJ (100kg).

A única judoca brasileira que não conquistou medalha em Rosário foi a carioca Thayssa Moraes Assis, que venceu apenas uma luta.

As medalhas de ouro do Brasil foram conquistadas por Bianca Reis (63kg), Mari Hayse Silva (78kg), Ernane Neves (66kg), Jesse James Barbosa (100kg), Matheus Guimarães (81kg) e Agatha Benedicto (52kg). O peso ligeiro Marcus Ramos faturou a medalha de prata.

Resgatando uma lógica que perdura há décadas, as medalhas foram conquistadas por judocas dos três principais centros de formação de atletas brasileiros. São Paulo ficou com 57% das medalhas, o Rio de Janeiro com 28% e o Distrito Federal com 15%. Essa distribuição confirma o excelente trabalho desenvolvido pelos professores e técnicos destas três importantes e tradicionais escolas do judô nacional.

O carioca Jesse Barbosa, da Umbra-Vasco da Gama mostrou muita habilidade e personalidade © Beto Noval / COB

Novos tempos

Apesar de tudo que vivemos nos últimos dois anos e meio em função da pandemia, o fato de a área técnica do judô nacional estar finalmente sob o comando de um dirigente atualizado e comprometido apenas com os resultados nos dá plena convicção de que esta geração talentosa deverá encontrar menos dificuldades para romper barreiras no caminho para o alto rendimento.

O também carioca Matheus Abreu, do Instituto Reação também obteve excelente desempenho © Beto Noval / COB

Inevitavelmente estes novos talentos serão contemplados com o devido e merecido espaço nas classes sub 21 e sênior, e não mais veremos atletas com quase 40 anos se assenhorando de vagas na equipe principal e mantendo-se na seleção por quatro ou cinco ciclos olímpicos.

Sejam bem-vindos os novos talentos forjados com muito suor e muita dedicação por professores e técnicos abnegados nos Estados e também que sejam muito bem-vindos os novos comandantes da Gestão de Alto Rendimento da Confederação Brasileira de Judô (CBJ).

Para voltarmos a ser uma potência mundial da modalidade precisamos verdadeiramente olhar com maior atenção para os professores e virar a chave, priorizando os ippons e a capacidade de cada atleta, ou seja, a meritocracia. Basta de gente perpetuando-se injustamente em todas as esferas da modalidade.

Mari Hayse Silva, do Club Athletico Paulistano exibiu excelente técnica © Beto Noval / COB

Clique AQUI e confira o quadro geral de medalhas do judô nos Jogos Sul-Americanos da Juventude.

Vídeos das finais

Clique nos nomes de cada judoca e assista à luta final de cada medalhista da seleção brasileira:

Agatha Benedicto (Clube Paineiras do Morumby/SP)
Bianca Reis (Corpo e Arte/DF)
Mary Silva (CA Paulistano/SP)
Marcus Ramos (Clube Paineiras do Morumby/SP)
Ernane Neves (Sesi-SP Botucatu/SP)
Matheus Abreu (Instituto Reação/RJ)
Jesse Barbosa (Umbra-Vasco da Gama/RJ)

Campeão do peso leve, mais uma vez o joseense Ernane Neves, do Sesi-SP de Botucatu exibiu o vasto repertório de técnicas que compõem seu tokui-waza © Beto Noval / COB

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