Judô amazonense cria nova entidade de gestão esportiva e elege diretoria

Em assembleia eletiva realizada no auditório da Vila Olímpica de Manaus, os dirigentes das agremiações com direito a voto criam o Novo Judô Amazonas e elegem a diretoria que assume no dia 1º de janeiro de 2019

Gestão Esportiva
28 de outubro de 2018
Por PAULO PINTO I Fotos ARQUIVO NJA
Manaus – AM

Extinta por seus dirigentes no dia 3 de fevereiro, a partir daquela data a Federação de Judô do Amazonas (Fejama) deixou de responder à Confederação Brasileira de Judô (CBJ) e à Secretaria de Estado de Juventude, Esporte e Lazer (Sejel).

Em pleito que reuniu os representantes legais das 22 associações e clubes com direito a voto do Estado do Amazonas, a chapa Ação Experiência venceu a eleição realizada Vila Olímpica de Manaus e elegeu a diretoria que ficará à frente da entidade no próximo quadriênio.

O professor go-dan (5º dan) David Souza de Azevedo foi eleito presidente e os professores go-dan (5º dan) Gláucio Mendonça e san-dan (3º dan) Athayde Guaracy Leal foram eleitos vice-presidentes.

Parte dos representantes das entidades que participaram da assembleia histórica que fundou na nova entidade de gestão do judô amazonense

Recondução do processo

No início de fevereiro, Aldemir Duarte do Nascimento, então presidente da Fejama, iniciou o processo de extinção da federação sem o conhecimento e o consentimento das associações filiadas.

Há mais de 20 anos no comando da entidade, sorrateiramente o mandatário manauara fundou a Federação Amazonense Esportiva de Judô (FAEJ), ainda durante o funcionamento da antiga entidade, mas os filiados descobriram a trama, não aceitaram a manobra, e juntos iniciaram o longo processo que culminou na criação do Novo Judô Amazonas.

“Desde junho vínhamos nos reunindo periodicamente para tratar da confecção do novo estatuto e das demais formalidades que envolvem a fundação de uma entidade de gestão”, explicou David Souza de Azevedo, o dirigente eleito neste sábado, que reafirmou a proposta de unir toda a comunidade em torno do novo projeto.

“Nossa proposta visa à união de toda a comunidade judoísta amazonense em torno da nova gestão. Este é um momento histórico e não podemos prescindir da participação e do apoio de nenhum filiado. Nossa bandeira é o judô do Estado do Amazonas e contamos com a participação de todos neste processo, inclusive o professor Aldemir Duarte e sua diretoria”, disse Azevedo.

Em seu primeiro discurso, David Souza de Azevedo destacou a importância da união de todos os professores em torno da proposta de fortalecimento e desenvolvimento do judô no Estado do Amazonas

Ao todo 22 agremiações com direito a voto participaram do processo de consolidação do novo momento do judô amazonense. Votaram os representantes legais do Instituto Caminho Suave, Associação César Viana de Judô, Associação Budokan, La Salle Manaus, Clube Leal, Forte Judô Clube, Associação Barbosa de Lutas Esportivas, Acopajam – Associação Comunitária de Pais e Alunos de Judô do Amazonas, Judô Yamarashi, Centro Educacional Adalberto Vale, Aeaman – Associação Esportiva de Artes Marciais Amazônia, Associação de Judô Sensei, Shiai Judô Team, Conde Koma, Associação Guerreiros, Associação Shogum Judô, Associação RN de Lutas, Caeki, Associação Orlei Lobato de Judô, Associação Nandinho, Associação Kodokan Judô e Associação Nilton Bala de Judô.

A assembleia eletiva também definiu e aprovou o nome da nova entidade e, segundo seu dirigente, agora serão definidos os integrantes da diretoria, do conselho fiscal e demais conselhos.

“Em breve definiremos a estrutura organizacional do Novo Judô Amazonas e as pessoas que irão compor conselhos, a nova diretoria e assessorias. Nossa prioridade é fazer o planejamento estratégico da federação, a estrutura organizacional, o calendário de 2019 e a tabela de custas”, disse o dirigente, que assume efetivamente no primeiro dia de 2019.

David Souza de Azevedo, o presidente do Novo Judô Amazonas

Azevedo destacou que o judô amazonense é muito forte, mas há muitos anos vinha sendo vítima da desunião que fragmentou e enfraqueceu a modalidade em todo o Estado.

“Nos últimos anos as nossas competições não têm reunido mais de 300 atletas e, por uma série de situações, muitos professores estavam bastante desmotivados. O atual presidente estava há mais de 20 anos à frente da entidade, não renovou a diretoria e pouco a pouco as pessoas foram perdendo interesse e se afastando. Edificamos esta nova entidade com base num processo altamente democrático, que contou com a participação de todos os professores, e isto gerou grande expectativa e motivação. Estamos certos de que daqui por diante o Estado do Amazonas voltará a ocupar uma posição de destaque na Região 1 e no cenário nacional”, previu o novo presidente amazonense.

Na avaliação dele, as principais academias, clubes, associações e colégios que desenvolvem o judô no Amazonas estão participando deste novo momento e o otimismo é muito grande.

Sargento reformado do Exército, David Souza de Azevedo concluiu explicando que em breve irá ao Rio de Janeiro para se apresentar aos dirigentes da CBJ e iniciar o processo de oficialização do Novo Judô Amazonas em âmbito nacional.

“Reitero que todos os dojôs do Amazonas estão comprometidos com a proposta de massificar o judô no Estado. Num segundo momento iremos atrás de recursos e apoio para os nossos atletas nas iniciativas pública e privada. Assim que registrarmos a ata desta assembleia agendaremos uma visita oficial à Confederação Brasileira de Judô e nos aproximaremos dos dirigentes dos demais Estados”, concluiu o