15 de novembro de 2024
Judô brasileiro fecha participação no Grand Prix de Tel Aviv com cinco pódios
Equipe masculina conquistou uma medalha de prata, quatro de bronze e finaliza a disputa na 11ª colocação
Grand Prix Tel Aviv 2020
26 de janeiro de 2020
Por PAULO PINTO I Fotos SABAU GABRIELA /IJF
Tel Aviv – Israel
O judô masculino do Brasil iniciou a temporada olímpica com o pé direito no Grand Prix de Tel-Aviv, competição realiza em Israel entre os dias 23 e 25 de janeiro, que reuniu 545 atletas de 83 países e cinco continentes.
Ao todo, a seleção brasileira masculina conquistou cinco medalhas, sendo uma de prata com o peso meio-pesado Leonardo Gonçalves (100kg) e quatro de bronze com Daniel Cargnin (66kg), Eduardo Yudy Santos (81kg), Rafael Macedo (90kg) e Rafael Buzacarini (100kg).
Este sábado (25) foi o dia mais vitorioso para o Brasil no Grand Prix. Leonardo Gonçalves e Rafael Buzacarini levaram a prata e o bronze, respectivamente, na categoria meio-pesado (até 100kg), enquanto Rafael Macedo conquistou o bronze na disputa no peso médio (até 90kg).
Leonardo Gonçalves e Rafael Buzacarini brigam pela vaga olímpica no peso meio-pesado. Em Tel-Aviv, o atleta da Sogipa (RS) levou a melhor, conquistando a medalha de prata. Para ir à final neste sábado, Leonardo passou pelo dominicano Lewis Medina, o cazaque Aibek Serikbayev, o polonês Kacper Szczurowski e o bielorrusso Daniel Mukete. Na decisão, não fez frente para o israelense Peter Paltchik e ficou com a prata.
Do outro lado da chave, Buzacarini parou nas quartas de final por ter levado três shidos (punições) diante do alemão Karl-Richard Frey e teve de vencer o canadense Kyle Reyes na repescagem para disputar o bronze com Daniel Mukete. O atleta da Bielo-Rússia foi novamente derrotado e o Brasil assegurou mais uma medalha de bronze.
No peso médio, Rafael Macedo chegou até a semifinal, mas foi superado pelo campeão mundial e medalhista olímpico Donghan Gwak, da Coreia do Sul. Na luta pelo bronze, o paulista que também defende a Sogipa (RS) , encaixou um belíssimo ippon e passou pelo sueco Marcus Nyman.
Eduardo Yudi conquista o segundo bronze para o Brasil
Na sexta-feira (24) Eduardo Yudi conquistou mais um bronze para o Brasil ao vencer o alemão Dominic Ressel, um dos cabeças-de-chave da categoria até 81kg. O judoca brasileiro precisou de menos de 40 segundos para finalizar o confronto com um uchi-mata, e venceu por ippon.
Yudy começou muito bem e impôs três vitórias aos adversários. Na primeira luta, venceu Michael Aristos do Chipre, e, na etapa seguinte, superou o porto-riquenho Adrian Gandia. No terceiro confronto, ficou com a vitória após a eliminação do adversário português, Anri Egutidze por hansoku-make. O judoca de Portugal foi desclassificado por aplicar um golpe que pôs em risco a integridade física de Eduardo, que chegou a sentir o braço direito.
Nas quartas, apesar do início equilibrado entre Yudy e o russo Aslan Lappinagov, o brasileiro acabou superado pelo adversário em um contragolpe. Porém, ele avançou na repescagem ao vencer o sul-coreano Sungho Lee e se garantiu no duelo pela disputa do bronze com Dominic Ressel e levou a melhor.
Daniel Cargnin conquista a primeira medalha do Brasil em 2020
Na quinta-feira (23), o gaúcho peso meio-leve, Daniel Cargnin conquistou a primeira medalha do Brasil no World Tour da FIJ desta temporada, ao vencer o anfitrião Baruch Shmailov, que era cabeça de chave.
Na estreia, Cargnin venceu o canadense Jacob Valois por Ippon. Depois, derrotou Artur Te, do Quirquistão. Nas quartas de final, caiu diante do israelense Tal Ficker. Na repescagem passou pelo peruano Juan Postigos até chegar na disputa do bronze contra Shmailov.
O confronto contra Shmailov, sexto do ranking olímpico, foi equilibrado e o brasileiro venceu por shido. Nas duas vezes que os judocas tinham se enfrentado, o israelense havia vencido.
Com o resultado, Cargnin soma 350 pontos no ranking de classificação olímpica. Ele é o 11º colocado na lista e os 18 primeiros se classificam. O objetivo mais claro é ficar entre os oito primeiros e, ser cabeça de chave, evitando os principais rivais nas primeiras rodadas.
A seleção brasileira feminina passou em branco em Tel Aviv. A judoca que mais avançou na chave foi a gaúcha Alexia Castilhos, que, na sexta-feira, caiu na semifinal da disputa no peso meio-médio (até 63kg). Gabriela Chibana, Nathalia Brígida, Eleudis Valentim, Sarah Menezes, Ketleyn Quadros, Maria Portela, Ellen Santana e Samantha Soares pararam antes das quartas de final.
O próximo desafio da seleção brasileira no World Tour será o Grand Slam de Paris, que acontece nos dias 8 e 9 de fevereiro. O Brasil contará com a presença de 17 atletas, entre eles a bicampeã mundial Mayra Aguiar e o medalhista olímpico Rafael Silva.