15 de novembro de 2024
Judô brasileiro inicia ciclo olímpico fazendo uma final e conquistando medalha de prata em Zagreb
Após vencer três combates, o meio-médio Guilherme Schimidt, do Minas Tênis Clube, conquistou sua primeira medalha no circuito mundial da FIJ
Por Paulo Pinto / Global Sports
26 de setembro 2021 / Curitiba (PR)
O brasileiro Guilherme Schmidt iniciou a temporada carimbando seu passaporte para Paris 2024 garantindo o pódio na primeira competição do circuito mundial da Federação Internacional de Judô (IJF), após a Olimpíada de Tóquio (Japão). Neste sábado (25) o judoca brasiliense de 20 anos conquistou a medalha de prata no Grand Prix de Zagreb (Croácia), na categoria -81kg. O medalhista de bronze no Campeonato Mundial Júnior de 2019, venceu três lutas e caiu somente na final diante do georgiano Tato Grigalashvili, número um do mundo.
Judoca formado na base do SESI-Taguatinga e Academia Espaço Marques Guiness, do Distrito Federal e hoje defende o Minas Tênis Clube, Guilherme estreou derrotando o francês Tizie Gnamien por ippon (pontuação máxima) ao imobilizá-lo com uma chave de braço. Na luta seguinte, venceu o espanhol José Maria Izquieta por wazari (quando o atleta derruba o adversário com parte das costas no tatame; rende um ponto). Na semifinal, superou o moldavo Dorin Gotonoaga por ippon. Na decisão, o brasileiro sofreu um wazari de Grigalashvili já no início da disputa. O georgiano, quinto colocado em Tóquio, recebeu duas punições por falta de combatividade, mas administrou a vantagem para garantir a vitória antes de levar uma terceira advertência, que poderia custar a desclassificação.
Além de conquistar a primeira medalha para o judô do Brasil deste novo ciclo olímpico, o Minastenista também conquistou a sua primeira medalha em Grand Prix. Guilherme Schimidt é uma das caras novas do judô brasileiro para este ciclo olímpico. Entre seus principais resultados, estão o ouro no Pan-Americano Sênior de Guadalajara (2021), e o bronze no Mundial Júnior de 2019.
“O Schimidt fez uma competição excelente, com variação de pegada (kumi-kata), fazendo pontuações com vários golpes diferentes, mostrando versatilidade, pontuando em diferentes direções. É muito importante começar o ciclo com uma medalha e, mais ainda, com um bom desempenho, fazendo uma final com o número do ranking mundial lutando de igual para igual”, avaliou Luciano, que atuou como técnico da equipe neste Grand Prix ao lado de Alexandre Katsuragi.
Ainda neste sábado, Luana Carvalho, Millena Silva (ambas da categoria -70kg) e Michael Marcelino (-73kg) não prosseguiram para a disputa por medalhas, assim como Matheus Takaki (-60kg) e Yasmin Lima (-52kg) na sexta-feira (24). Natasha Padilha Ferreira (-48kg) da Sociedade Morgenau de Curitiba brigou pelo bronze, mas foi superada por wazari pela holandesa Gersjes Amber.
A gestão de alto rendimento da Confederação Brasileira de Judô levou a Zagreb uma delegação jovem, com objetivo de dar experiência internacional aos judocas da nova geração. Dos oito representantes na Croácia, seis tinham, no máximo, 23 anos. O próximo compromisso da seleção brasileira será o Grand Slam de Paris, entre 16 e 17 de outubro.