Keisei no Michi define calendário de formação de professores de judô para esta temporada

Alexandre Drigo, coordenador científico da FPJudô e diretor-geral do Keisei No Michi © FPJCOM

Diretor-geral do primeiro projeto acadêmico-profissionalizante da modalidade no Brasil, desenvolvido pela FPJudô e pelo CREF4/SP, reafirma a busca pela excelência no atendimento a sociedade

Por Paulo Pinto / FPJCOM
24 de fevereiro de 2023 / São Paulo (SP)

No dia 11 de fevereiro, a Federação Paulista de Judô (FPJudô) realizou a cerimônia de colação de grau da primeira turma do Keisei No Michi, colocando definitivamente o judô paulista em nível mais alto. Trata-se de um projeto acadêmico-profissionalizante absolutamente inédito, em parceria com o Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região (CREF4/SP), visando à formação de professores de judô com excelência no atendimento da sociedade.

Na abertura da solenidade, realizada no auditório da 93ª subseção da OAB Pinheiros, em São Paulo, Alexandre Drigo, diretor-geral do Keisei No Michi, assegurou que a primeira turma de instrutores superou as expectativas. “Fomos surpreendidos e ficamos honrados de receber como alunos quatro professores kodanshas – um shichi-dan (7º dan), um delegado regional, uma premiada ex-atleta da seleção brasileira e um medalhista olímpico. Ao lado deles, dezenas de professores do sho-dan ao go-dan, jovens ainda no caminho da faixa preta e até mesmo antigos praticantes que resolveram voltar aos estudos.”

Alessandro Puglia exibe o emblema de instrutor fornecido pela FPJudô e CREF4/SP aos formandos da primeira turma do Keisei no Michi © FPJCOM

Segundo o professor Drigo, essa diversidade dá a dimensão da responsabilidade que os docentes assumiram para garantir que todos os processos do ensino a distância fossem adequados a todos os perfis. “A equipe docente comportou-se muito bem. Fico muito grato pela participação e o comprometimento de todos”, afirmou.

Os processos acadêmicos foram observados de perto pela direção do projeto e cumpridos: desde as notas à orientação dos trabalhos de conclusão do curso (TCCs) e às bancas de avaliação.

“Da mesma forma que os alunos, os docentes do curso tiveram o perfil variado, indo de jovens doutores a professores kodanshas com formação superior em Educação Física. Assim, fizemos um curso que foi acessado pelas nossas tradições e com o conteúdo científico e acadêmico mais atual possível, harmonizando passado, presente e futuro da modalidade”, explicou o professor Alexandre Drigo, pós-doutor em Educação Física pela Unicamp.

“O Keisei No Michi pensa numa estrutura maior para o judô do Estado de São Paulo. Queremos ocupar espaços no segmento escolar, na ressocialização de jovens e na saúde pública, tanto mental quanto corporal.”

A celebração de formatura da primeira turma foi um evento distinto dos encontros normais da FPJudô, inteiramente voltado aos alunos, com orador, juramento, patrono e paraninfo. Sete alunos receberam menções honrosas e foram premiados os três melhores. O ambiente estava muito feliz e festivo, como era de se esperar.

“De fato, neste momento sabemos que este foi o primeiro passo para um futuro promissor, que já tem trajetória definida com os próximos passos, a começar pela abertura da segunda turma do curso de instrutores nas próximas semanas”, disse o diretor-geral. No segundo semestre começará o curso de formação de professores de judô escolar. Ainda estão em planejamento os cursos de técnico desportivo em judô e judô e qualidade de vida. “Continuaremos preparando judocas para o mercado de trabalho visando à excelência nos serviços prestados à sociedade.”

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No encerramento da cerimônia o professor Drigo comunicou que tinha três mensagens a transmitir aos formandos e às autoridades presentes.

“O Keisei No Michi pensa numa estrutura maior para o judô do Estado de São Paulo. Queremos ocupar espaços no segmento escolar, na ressocialização de jovens e na saúde pública tanto, mental quanto corporal. Para isso, nada mais justo de que oferecermos formação adequada e à altura das nossas pretensões.” O professor Drigo explicou que o Keisei No Michi ramifica a formação do instrutor em três vertentes: rendimento esportivo, área escolar e professores voltados a populações especiais.

Dirigentes e autoridades políticas na cerimônia de colação de grau © FPJCOM

O segundo aspecto destacado pelo diretor-geral foi que, apesar de a formação do curso ser moderna, o judô está sempre fundamentado em suas tradições, seus conceitos de honra e no respeito ao seu passado. “Então, apesar do conteúdo curricular avançado e das demais inovações, nós temos professores kodanshas atuando em conjunto com professores jovens. Buscamos conciliar o passado, o presente e o futuro.”

Por fim, o professor Drigo fez uma homenagem ao sensei que normatizou diversos setores da modalidade, estabelecendo princípios que até hoje são seguidos por todas as federações do País. “Na condição de diretor, compreendo que neste local devia estar o sensei Matheus Sugizaki. Ele tinha este projeto como pensamento de vida. Sensei Matheus pode não estar mais presente fisicamente, mas parte do utilizamos e iremos utilizar no futuro, pedagogicamente, tem a participação intelectual dele. Mesmo ausente, sua presença pode ser sentida.”

Formandos e autoridades no encerramento da cerimônia © FPJCOM

Programação

Alexandre Drigo informou a programação para este segundo ano do Keisei No Michi. “Neste primeiro semestre programamos o lançamento da segunda turma do módulo básico do projeto Keisei No Michi (KNM) para instrutores, cuja procura está sendo muito grande.”

“No segundo semestre vamos abrir a primeira turma específica para formação de professores de judô escolar. Será uma turma já especializada na perspectiva do profissional que atua com o judô, no ambiente escolar.”

O diretor-geral do curso concluiu lembrando que é importante destacar que o módulo básico para instrutores é um curso de formação geral, enquanto que o curso de formação para professores é um curso de formação específica que oferecerá três cursos distintos.

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