11 de novembro de 2024
Luana Pinheiro conta detalhes de luta que a fez ingressar no UFC e revela devoção por Ronda Rousey
Ex-judoca do Minas Tênis Clube recebeu elogios de Dana White, assinou contrato com o UFC e vai escrevendo a sua história com Ronda Rousey como grande ícone no octógono
UFC
3 de janeiro de 2021
Por Redação do Globo Esporte
João Pessoa – PB
A paraibana Luana Pinheiro, de 27 anos, conseguiu um grande feito no mês de novembro, ao assinar o seu contrato com o UFC. No Contender Series, programa em que Dana White analisa lutadores que podem ser contratados para a sua organização, ela venceu a americana Stephanie Frausto, ainda no primeiro round, e justificou um pouco de sua devoção à Ronda Rousey, grande nome da modalidade na categoria feminina, a quem admite inspiração quando está nos cages.
Na disputa do peso-palha (até 52kg), a lutadora não deu espaço para que a sua adversária esboçasse um bom resultado ao fim do embate. É que, frente à estadunidense, que foi para o confronto com o status de campeã mundial de muay thai, Luana lançou diversos golpes cruzados e completando o serviço com marretadas com a sua oponente já entregue no chão.
A desenvoltura de Luana Pinheiro surpreendeu Dana White, que rasgou elogios e se impressionou com a sua potência no octógono. Em entrevista ao site oficial do UFC, a lutadora contou detalhes daquele momento.
“Na hora em que o árbitro me empurrou, quando eu nocauteei, olhei para o Dana White e ele fez um ‘legal’ para mim, e eu sabia que o contrato já estava na mão”, disse.
Ela, inclusive, revelou um momento que, naquele instante, pareceu um tanto inusitado. “Eu tinha prometido para mim mesma que, se ganhasse, não iria sair gritando que nem uma maluca, porque estava todo mundo calado, era um silêncio. Só que na hora, eu mesma me surpreendi, porque não esperava que seria da maneira que foi, no primeiro round”, contou.
A história de Luana no MMA ainda é bem curta. Isso porque o início de seus primeiros movimentos no esporte foi no judô, ainda aos dois anos de idade, junto ao seu pai e aos seus irmãos. No ano de 2015, inclusive, ela participou de seletivas para a seleção brasileira, visando uma vaga nas Olimpíadas do ano seguinte, que foi disputada no Rio de Janeiro, mas não conseguiu.
Foi a partir daí que a paraibana começou a se tornar ex-judoca, passando a voltar um olhar mais curioso ao MMA. Os olhos brilhavam vendo Ronda Rousey lutando, que também passou pelo judô. A admiração foi tão grande, que se tornou ponto de partida para que ela seguisse os passos da lutadora americana, que defendeu o cinturão peso-galo em sete vezes e saiu vencedora em seis oportunidades.
“Eu e meus amigos começamos a nos reunir em barzinhos e restaurantes para assistir às lutas dela, e eu via como todo mundo ficava empolgado; o restaurante inteiro, o bar inteiro parava para assistir a luta. Eu via a Ronda entrando, a galera vibrando, aquela loucura, e pensava: é isso que eu quero, quero curtir isso também. Quero ir lutar e estar com todo mundo olhando e torcendo para mim”, explicou.