15 de novembro de 2024
Meritocraticamente, Marcelo Theotônio assume a gestão de alto rendimento da CBJ
Ex-gestor das equipes de transição assume o posto deixado por Ney Wilson e conduzirá planejamento da seleção brasileira de judô para Paris 2024
Fonte Lara Monsores / CBJ
30 de março de 2022 / Curitiba (PR)
A gerência de Alto Rendimento da Confederação Brasileira de Judô será liderada por Marcelo Theotônio. O agora ex-gerente das Equipes de Transição da CBJ assume o posto deixado por Ney Wilson Pereira, que aceitou convite do Comitê Olímpico do Brasil na semana passada para assumir a diretoria de esportes de Alto Rendimento do COB. Theotônio tem 37 anos e está há dez anos na Confederação, atuando com as seleções sub 18 e sub 21. Agora, ele será o responsável por conduzir o planejamento da seleção principal de judô do Brasil rumo aos Jogos Olímpicos de Paris 2024.
“Nós confiamos no Marcelo Theotônio, que já tem um trabalho consolidado na CBJ, de muito sucesso nas equipes de base. Certamente, ele está preparado e à altura desse desafio rumo a Paris 2024. As nossas seleções sub 18 e sub 21 também não ficarão desguarnecidas, pois nós contamos com uma equipe competente para dar continuidade ao trabalho e seguirá tendo o suporte interinamente do Marcelo até definirmos o novo gestor das Equipes de Transição”, afirmou o presidente da CBJ, Silvio Acácio Borges.
Marcelo Theotônio chegou à CBJ em 2012 como assistente técnico das equipes de base e assumiu o posto de gestor da área em 2014, liderando até hoje o processo de identificação e desenvolvimento de jovens atletas. Nesse período, participou de forma direta na conquista de 25 medalhas em Mundiais Júnior (sub 21), 16 em Mundiais Juvenis (sub 18), além de duas medalhas em Jogos Olímpicos da Juventude e outras 11 medalhas nos inéditos Jogos Pan-Americanos Júnior de Cali, no ano passado.
“Agradeço ao presidente Silvio Acácio pela oportunidade e por esse reconhecimento. Esse ano completo 10 anos de CBJ e estou muito honrado com essa missão de conduzir a seleção brasileira de judô rumo a Paris 2024. Vai ser um enorme desafio, não tenho dúvida. Mas, a minha motivação está na mesma proporção para encarar esse desafio. Pretendo dar continuidade ao planejamento que já foi traçado para esse ciclo e, embora a relação entre a base e a principal tenha sido muito próxima nesses últimos anos, entendo que precisarei focar, de início, em fazer um diagnóstico dos detalhes da rotina da seleção principal, trabalhando amparado pela comissão técnica já estabelecida e buscando um alinhamento junto às partes interessadas para traçarmos o melhor caminho para os nossos protagonistas, que são os nossos atletas”, projetou Theotônio.
Marcelo é natural de Pindamonhangaba, São Paulo, onde começou a praticar judô aos 5 anos. Aos 13, entrou para o projeto do sensei Uichiro Umakakeba, em Bastos (SP), um dos dojôs mais tradicionais do Brasil que revelou, entre outros, o medalhista olímpico Tiago Camilo. Aos 15 anos, Marcelo passou a integrar o Projeto Futuro, em São Paulo, sendo residente durante cinco anos. Como atleta, integrou a seleção brasileira júnior de 2003 e conquistou a medalha de bronze no Campeonato Pan-Americano da classe, além de diversas conquistas em etapas estaduais, regionais e nacionais.
Pós-graduado em Fisiologia do Exercício, iniciou a carreira fora dos tatames como coordenador técnico de judô da equipe que representou a cidade de Pindamonhangaba em Jogos Abertos do Interior de São Paulo e Jogos Abertos Brasileiros de 2005 a 2013. Foi também supervisor de judô do Centro Olímpico de São Paulo por dois anos até chegar à CBJ.
Além dos resultados esportivos com as seleções de base, seu trabalho ficou marcado também por projetos inovadores, como a implantação do conceito de equipe de transição, que buscou otimizar a renovação da seleção principal facilitando o processo de transição de atletas da classe júnior para a adulta. Entre os judocas que fizeram parte desse trabalho de sucesso destacam-se o medalhista olímpico Daniel Cargnin, a medalhista mundial e número dois do mundo Beatriz Souza, os campeões mundiais júniores Rafael Macedo e Willian Lima, entre outros.
Em conjunto com a gerência de competições da CBJ, o então gestor da base criou o Meeting Nacional da Base e a Taça Brasil Sub-21, competições que fortaleceram ainda mais o circuito sub 18 e sub 21, fomentando o surgimento de novos talentos no judô brasileiro.
O trabalho realizado ao longo desses anos foi transformado em um modelo de identificação e desenvolvimento de atletas de judô e publicado em 2021 como metodologia em documento disponibilizado para todos os treinadores e treinadoras de judô no Brasil.
A primeira competição da seleção brasileira sob a nova gestão será o Campeonato Pan-Americano e da Oceania, que acontecerá de 15 a 17 de abril, em Lima, no Peru.
Perfil
Nome: Marcelo Theotônio
Idade: 37 anos
Naturalidade: Pindamonhangaba – SP
Formação: Pós-graduado em fisiologia do exercício
Graduação: Faixa preta yon-dan (4º dan)
Experiência profissional:
- Coordenador Técnico de Judô da Equipe da Prefeitura Municipal de Pindamonhangaba 2005 a 2013 – Equipe Campeã dos Jogos Abertos do Interior de São Paulo e Jogos Abertos Brasileiros
- Supervisor de Judô do Centro Olímpico de São Paulo 2010-2012
- Assistente técnico das equipes de base 2012 – 2014
- Gestor das Equipes de Base 2014 – 2022
Principais resultados
25 medalhas em Mundiais sub 21 (Júnior)
16 medalhas em Mundiais sub 18 (Juvenil)
2 medalhas em Jogos Olímpicos da Juventude
11 medalhas nos Jogos Pan-Americanos Júnior Cali 2021