15 de novembro de 2024
Modelo de excelência na gestão esportiva, Esporte Clube Pinheiros brilha no Prêmio Brasil Olímpico
Arthur Nory ficou com o Prêmio Brasil Olímpico 2019, enquanto Darlan Romani, Nathalie Moellhausen, Fernando Reis e Gustavo Guimarães foram os melhores de suas modalidades
Prêmio Brasil Olímpico
24 de dezembro de 2019
Por PAULO PINTO I Fotos RICARDO BUFOLIN
Curitiba – PR
Em cerimônia que celebrou a campanha histórica do Time Brasil nos Jogos Pan-Americanos Lima 2019 e a proximidade dos Jogos Olímpicos Tóquio 2020, o Prêmio Brasil Olímpico elegeu o ginasta Arthur Nory e a pugilista Beatriz Ferreira como os melhores atletas de 2019. Campeões mundiais e pan-americanos, ambos comemoraram mais uma conquista inédita na carreira em festa organizada pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) no dia 10 de dezembro, na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro.
Mas quem fez festa mesmo foram os atletas e dirigentes do Clube Pinheiros, que com cinco títulos foi a instituição clubística mais laureada pelo Comitê Olímpico do Brasil, nesta temporada.
Os títulos conquistados na ginástica artística no Campeonato Mundial de Stuttgart (Alemanha) e nos Jogos Pan-Americanos de Lima (Peru) em 2019 levaram o pinheirense Arthur Nory ao topo do esporte brasileiro.
Ao receber o Prêmio Brasil Olímpico 2019, Arthur Nory agradeceu o apoio recebido do Comitê Olímpico do Brasil, da Confederação Brasileira de Ginástica, do Esporte Clube Pinheiros, seu clube de formação, assim como do Time Petrobras, Ajinomoto do Brasil, Força Aérea Brasileira e do Programa Bolsa Atleta.
“Esse discurso vem sendo preparado há quatro anos. A edição de 2015 do Prêmio Brasil Olímpico foi a primeira de que participei e na qual vi atletas sendo homenageados. Aquilo ficou martelando na minha cabeça, queria poder disputar um dia. A força que me move é que sou apaixonado pela ginástica, amo treinar e competir, além de sonhar muito alto, ter os meus objetivos e trabalhar muito para chegar onde quero. Quero ser o melhor não só no tablado, mas também na vida”, disse Nory, que deu o nono título de melhor Atleta do Ano para a ginástica artística, maior vencedora do PBO.
O Clube Pinheiros ainda brilhou em outras modalidades, além da ginástica artística. O recordista sul-americano do arremesso do peso, Darlan Romani, quarto colocado no Mundial de Doha, ganhou o prêmio de destaque no atletismo de 2019. “Estou muito feliz com esse prêmio, o segundo de minha carreira. Espero repetir em 2020, ano olímpico e muito importante”, almejou Darlan.
Na esgrima, o prêmio de melhor da modalidade em 2019 foi para a campeã mundial Nathalie Moellhausen. No levantamento de peso também deu Pinheiros, com o campeão dos Jogos Pan-Americanos Fernando Reis e Gustavo Guimarães, do polo aquático.
Na avaliação de Arnaldo Luiz de Queiróz Pereira, diretor de esportes olímpicos do Esporte Clube Pinheiros, as premiações foram um reconhecimento significativo do trabalho desenvolvido pelo clube nos últimos anos, principalmente em 2019.
“Na semana anterior ganhamos o troféu de Melhor Cube Esportivo Olímpico de 2019, no congresso do Comitê Brasileiro de Clubes, e recebemos vários troféus em modalidades diferentes, que mostram que o Pinheiros realmente é um clube multidisciplinar e esportivo”, pontuou o dirigente.
Dirigente avalia as pratas da casa
Queiróz lembrou que a campeã mundial de esgrima Nathalie Moellhausen vive e treina em Paris, mas está frequentemente com a equipe do clube nos principais eventos. Para ele, o ginasta Arthur Nory surpreendeu este ano sendo campeão mundial na barra fixa e prova que seu preparo foi muito bem elaborado pelo clube em que treina há 15 anos.
“O Nory nos orgulha muito com os títulos conquistados, mas acima de tudo pela pessoa que é. O Fernando Reis, nosso levantador de peso, foi quarto colocado no mundial e tricampeão nos Jogos Pan-Americanos, foi o melhor do ano no levantamento de peso olímpico. É um atleta formado em nosso centro de aprendizado esportivo, que hoje vive e treina em Miami e é uma verdadeira joia da coroa. O Gustavo Guimarães, neto do nosso saudoso professor João Gonçalves, é muito bom e já é um dos mais premiados no polo aquático. Atualmente ele joga na Espanha e vem ao Brasil para os principais campeonatos do primeiro e segundo semestres”, detalhou diretor de esportes olímpicos.
Segundo o dirigente, o Pinheiros fez uma temporada sensacional no judô nacional, vencendo o Troféu Brasil masculino e feminino. Já no Grand Prix o clube faturou a primeira edição da equipe mista superando a forte equipe do Instituto Reação (RJ).
Prêmio Brasil Olímpico
Avaliando o BPO desta temporada positivamente, Arnaldo Queiróz afirmou que a festa foi linda e midiática, com o canal Sport TV transmitindo 100% do evento. Houve muita gente importante e muitas homenagens, como o hall da fama.
“Gostei bastante e, em relação ao Esporte Clube Pinheiros especificamente, fiquei realmente muito feliz e envaidecido por poder ter participando desse processo. Estou completando o quinto ano à frente da diretoria de esportes olímpicos, e em agosto de 2020 espero terminar a tarefa deste ciclo olímpico. Provavelmente vou tocar outros projetos dentro e fora do clube depois disso; tenho algumas ideias que estou desenvolvendo e vamos ver como a coisa caminha.”
Jogos de Tóquio 2020
O dirigente assegurou que o Pinheiros está preparado para crescer cada vez mais e deve apresentar muitas novidades. Para ele a participação nos Jogos Pan-Americanos foi um indicativo bom de que o Brasil fará uma excelente campanha nos Jogos de Tóquio. O clube geralmente garante uma em cada três medalhas conquistadas pelo Time Brasil, e ele prevê que o Pinheiros fará cinco ou seis medalhas em Tóquio.
“Devemos levar de 32 a 40 atletas a Tóquio, e nossas principais modalidades serão atletismo e natação. Também vamos marcar grande presença no judô, ginástica artística, levantamento de peso, esgrima e talvez no handebol masculino e feminino. Vamos superar a nossa maior participação fora Rio 2016. Em Londres tivemos 28 atletas na delegação brasileira. O objetivo é conquistar cinco medalhas e temos estatísticas que nos permitem prever a disputa de algumas finais olímpicas, o que é muito importante. Fazemos estas previsões com base na estratégia utilizada pelos holandeses e ingleses, para desenvolver o esporte mapeando e cuidando dos finalistas olímpicos que não medalharam e ficaram entre o quarto e o oitavo lugares, ou até o décimo segundo lugar, dependendo da modalidade. São esses que têm de ser cuidados para os ciclos olímpicos futuros”, explicou o diretor de esportes olímpicos do Esporte Clube Pinheiros, que também é judoca faixa-preta san-dan (3º dan).