19 de novembro de 2024
Mundial de Judô Doha 2023 é marcado pela volta de Riner e boicote ucraniano
Competição que inicia domingo conta com a presença de 658 atletas de 99 países e cinco continentes. Esporte Clube Pinheiros, Sogipa e Minas Tênis Clube formam a base da equipe brasileira.
Por Paulo Pinto / Global Sports
5 de maio de 2023 / Curitiba (PR)
Contando com a presença de 658 atletas de 99 países e cinco continentes, o Campeonato Mundial de Judô – Doha 2023 inicia neste domingo (07) com os principais atletas do judô mundial buscando medalhas e pontos para o WRL (Word Ranking List) classificatório os Jogos Olímpicos de Paris 2024.
Entre os homens, o grande destaque será a volta do frances peso-pesado decacampeão mundial Teddy Riner depois de seis anos, já que não participa de uma competição mundial desde 2017.
Equipe verde e amarela
O Brasil foi a Doha com 19 atletas. Os principais destaques são Rafaela Silva, número 1 do ranking, atual campeã do torneio e campeão olímpica nos Jogos Rio 2016 e atleta do Clube de Regatas do Flamengo (FJERJ), e a peso-pesado Beatriz Souza, vice-campeã do torneio em 2022, e judoca do Esporte Clube Pinheiros (FPJudô) que chega ao Mundial como cabeça de chave, embora tenha passado boa parte da temporada em recuperação.
Segundo a gestão de alto rendimento da CBJ, além dos mais experientes, a temporada 2023 trouxe algumas boas surpresas para o judô brasileiro, com novos nomes surgindo no cenário internacional. Caso de Natasha Ferreira (48kg), Ellen Froner (70kg), Gabriella Mantena (63kg), Giovani Ferreira (90kg) e João Cesarino (+100kg), que estrearão em Campeonatos Mundiais neste ano.
SELEÇÃO MASCULINA
Willian Lima (66kg) – Esporte Clube Pinheiros – FPJudô
Guilherme Schimidt (81kg) – Minas Tênis Clube – FMJ
Eduardo Yudy Santos (81kg) – Esporte Clube Pinheiros – FPJudô
Giovani Ferreira (90kg) – Esporte Clube Pinheiros – FPJudô
Rafael Macedo (90kg) – Sogipa – FGJ
Leonardo Gonçalves (100kg) Sogipa – FGJ
Rafael Buzacarini (100kg) – Esporte Clube Pinheiros – FPJudô
Rafael Silva (+100kg) – Esporte Clube Pinheiros – FPJudô
João Cesarino (+100kg) – Instituto Reação – FJERJ
SELEÇÃO FEMININA
Natasha Ferreira (48kg) – Sociedade Morgenau – FPrJ
Amanda Lima (48kg) – Minas Tênis Clube – FMJ
Rafaela Silva (57kg) – Clube de Regatas do Flamengo – FJERJ
Jéssica Lima (57kg) – Sogipa – FGJ
Ketleyn Quadros (63kg) – Sogipa – FGJ
Gabriella Mantena (63kg) – Minas Tênis Clube – FMJ
Ellen Froner (70kg) – Esporte Clube Pinheiros – FPJudô
Beatriz Souza (+78kg) – Esporte Clube Pinheiros – FPJudô
Convocados mundial por equipes mistas
Luana Carvalho (70kg) – Umbra-Vasco – FJERJ
Gabriel Falcão (73kg) – Instituto Reação – FJERJ
Esporte Clube Pinheiros, Sogipa e Minas Tênis Clube formam a base da equipe brasileira. Com sete judocas convocados, o Esporte Clube Pinheiros, de São Paulo é a equipe com o maior número de judocas na seleção. Com quatro convocados, a Sogipa, de Porto Alegre, foi a segunda agremiação com maior número de judocas convocados. Com três atletas convocados, o Minas Tênis Clube de Belo Horizonte foi o terceiro clube com maior presença na seleção brasileira.
Boicote ucraniano
A Federação Internacional de Judô (FIJ) anunciou no início da semana a liberação para que atletas da Rússia e Belarus disputem o Campeonato Mundial. Segundo a entidade, oito atletas russos que fizeram manifestações a favor da Guerra, que já dura mais de um ano, foram impedidos de competir, mas o restante dos atletas do país foi liberado. A Ucrânia, em represália, anunciou o boicote à competição.
A volta de Riner
Judoca mais vitorioso do judô mundial, o francês peso-pesado Teddy Riner já não é mais imbatível na categoria acima de 100kg. Multicampeão, ficou dez anos sem perder uma luta, mas recentemente foi derrotado em algumas oportunidades, inclusive nas quartas de final dos Jogos de Tóquio.
Aos 34 anos, o judoca dono de três ouros e dois bronzes olímpicos não disputa o Campeonato Mundial desde 2017 e, como não participa de todas as competições do World Tour da FIJ, atualmente é apenas o 14º do ranking. Em 2022 esteve só no Grand Slam da Hungria (foi campeão) e, esse ano, participou apenas do Grand Slam de Paris, que também saiu com a medalha de ouro.