11 de novembro de 2024
Nova gestão do wrestling foca a massificação e confia na aproximação com o COB
Eleito presidente da CWB, Flávio Cabral Neves anuncia uma gestão comprometida com o esporte e fundamentada na transparência, em total sintonia com os princípios do Comitê Olímpico do Brasil
Wrestling
12 de janeiro de 2021
Por ISABELA LEMOS I Fotos Arquivo CBW
Curitiba – PR
Formado em educação física e medicina veterinária, o novo presidente da Confederação Brasileira de Wrestling (CBW), Flávio Cabral Neves enfatiza que sua gestão focará seus recursos na atividade-fim – ou seja, no fomento da Luta Olímpica.
A recém-eleita chapa Keep Wrestling pretende investir na expansão da modalidade, criando campeonatos regionais e capacitando as federações para que possam desenvolver-se por meio de cursos regionais de preparação de treinadores e árbitros, em parceria com o Comitê Olímpico do Brasil e as entidades internacionais. “Para massificar o wrestling, devemos realizar mais campeonatos estaduais, regionais e nacionais, sempre em acordo com o calendário de certames mundiais”, exemplificou.
Primeiro, adianta Neves, a gestão terá mais transparência e o uso dos canais de comunicação será intensificado, principalmente nas redes sociais. “Sabemos das dificuldades econômicas causadas pela pandemia”, observou, “mas pretendemos buscar parcerias e convênios, uma vez que a CBW não possui patrocinador desde 2016.”
Segundo Neves, ele recebeu uma entidade com 26 federações filiadas às áreas de luta oficiais e com grande potencial de crescimento. Ele considera a maior inovação a ser introduzida pela sua gestão a participação das federações, atletas, treinadores e árbitros nas decisões da CBW.
Ainda no que diz respeito à administração, o novo dirigente da CWB lembrou que atualmente o esporte vive um momento novo, no qual a transparência e a conformidade com os padrões comunitários são cada vez mais valorizados e, por isso, devem constituir prioridade para os dirigentes de todas as modalidades.
E citou o que considera um modelo. “A gestão do presidente Paulo Wanderley Teixeira à frente do Comitê Olímpico do Brasil (COB) promoveu ações nesse sentido, dando maior importância à gestão ética e transparente (GET), o que facilita o trabalho das confederações. Além disso, como já havia feito na CBJ, Paulo Wanderley teve habilidade suficiente para reunir uma equipe de profissionais do esporte altamente capacitados, entre eles o diretor-geral do COB, Rogério Sampaio, que conta ainda com a expertise de Jorge Bichara, diretor de Esportes, e do vice-presidente de Marco La Porta. E ainda criou o setor de desenvolvimento, comandado pelo gerente-executivo de desenvolvimento, Kenji Saito, cujo trabalho tem dado muitos frutos e certamente transformará o esporte olímpico brasileiro.”
Neves aposta na sensibilidade e na visão do alto comando do COB para superar os desafios de uma entidade com limitações financeiras e graves problemas estruturais,
“Quando aceitei candidatar-me, o fiz pensando em corrigir as distorções que havia na administração anterior. Meu objetivo é fomentar verdadeiramente o wrestling nos Estados, trabalhar a base e fazer uma gestão realista no alto rendimento. Estou certo que o COB nos apoiará nesse processo de renovação e retomada da luta olímpica do Brasil”, afirmou.
A chapa Keep Wrestling é integrada ainda por Waldeci Silva de Sousa, 1º vice-presidente; Aline da Silva Ferreira, 2ª vice-presidente; e pelos membros do conselho fiscal: Tânia Regina Costa e Silva, Cássio Antônio Bernardo e Walzer Abrahão Poupel Filho. Paulo Ricardo Cardoso Ribeiro e Vinícius Sobrinho Gahyva são os conselheiros suplentes.
Esportista experiente
Nascido em 16 de outubro de 1977, em Niterói (RJ), Flávio Neves iniciou a prática do wrestling aos 14 anos e conquistou oito vezes o título de campeão brasileiro na modalidade greco-romana e nove vezes na luta olímpica estilo livre. Posteriormente, atuou como treinador no centro de treinamento de alto rendimento da região Centro-Oeste. Em seguida, tornou-se coordenador de seleção da Confederação Brasileira de Wrestling e, simultaneamente, presidiu de 2004 a 2012 a Liga de Wrestling do Estado do Rio de Janeiro (LWERJ).
Sua intenção de tornar-se presidente da CBW recebeu incentivo de diversos presidentes de federações estaduais. “Queriam saber se eu gostaria de concorrer ao cargo e, ao mesmo tempo, os lutadores da comissão da CBW levantaram a possibilidade de eu me tornar candidato; então, tudo fluiu naturalmente. Antes da eleição, procurei apresentar minhas propostas a todos. Democraticamente, a chapa que encabecei alcançou 25 votos no pleito. A segunda colocada obteve seis votos e a outra chapa, três”, concluiu o dirigente.