Open Aspirante reúne 1.475 judocas, supera expectativas e impõe novo formato à competição

Em sua terceira edição o Open Aspirante é o evento com maior número de atletas nesta temporada depois da Copa São Paulo

As coordenações técnica e de eventos da FPJudô mostraram inovação e criatividade ao adequar o espaço limitado da arena à quantidade surpreendente de atletas e do público que lotou as arquibancadas

Open Aspirante 2019
4 de junho de 2019
Por PAULO PINTO I Fotos MARCELO LOPES/FPJUDÔ e SEBASTIÃO PINTO
São Paulo – SP

Com apoio do Clube Esportivo da Penha, a Federação Paulista de Judô (FPJudô) realizou neste sábado (1º de junho) o Open Aspirante 2019, terceira edição do certame voltado para os atletas das classes sub 9, sub 11, sub 13, sub 15, sub 18 e sênior iniciante.

Dirigentes durante a cerimônia de abertura

A competição assegura vaga na fase final do Campeonato Paulista Aspirante para os quatro primeiros colocados da cada classe e categoria de peso e realizou-se no ginásio de esportes do Clube Esportivo da Penha, na Zona Leste da capital paulista, reunindo 1.475 atletas de 177 clubes e 363 técnicos aproximadamente.

O Open Aspirante fomenta prioritariamente o desenvolvimento da base

A cerimônia de abertura contou com a presença de autoridades políticas e esportivas, entre as quais Alessandro Panitiz Puglia, presidente da FPJudô; Francisco de Carvalho Filho, presidente de honra da FPJudô; Armando Aldrighi Júnior, vice-presidente do Clube Esportivo da Penha; José Jantália, vice-presidente da FPJudô; Roberto Joji Chiba Kimura, coordenador técnico da entidade; Takeshi Yokoti, coordenador estadual de arbitragem; Marilaine Ferrante, coordenadora estadual adjunta de arbitragem; Marcelo Marafante, diretor de esportes do Clube Esportivo da Penha; o vice-campeão olímpico Carlos Honorato; delegados regionais e renomados professores kodanshas do Estado de São Paulo.

Judocas sentados no shiai-jô durante a cerimônia de abertura

Criado em 2017 como mais um certame para a classe aspirante, em sua primeira edição, realizada em Sertãozinho, o Open reuniu apenas 290 atletas. No ano seguinte, em São Paulo, recebeu cerca de 660 judocas. Em 2019 foi ampliado o número de classificações para a fase final do Campeonato Paulista Aspirante, o que aumentou expressivamente o interesse dos atletas e resultou no dobro de inscrições. Alessandro Puglia detalhou o desenrolar da edição realizada este ano.

“A ampliação no número de classificados para a fase final do Campeonato Paulista Aspirante provocou uma mobilização muito grande, e nós não esperávamos um crescimento de 110% na quantidade de inscrições. Felizmente o evento foi um sucesso e transcorreu dentro do horário previsto. Montamos 12 áreas e todas as coordenadorias fizeram a sua parte. Recebemos exatos 400 judocas a mais do que na Copa São Paulo Aspirante de 2019, e conseguimos encerrar a disputa uma hora antes do que o evento realizado em março”, disse o dirigente, comemorando o êxito do certame.

As arquibancadas do ginásio de esportes do Clube Esportivo da Penha foram totalmente tomadas pelo público que prestigiou a competição

“Ficamos muito felizes pelo resultado geral de uma competição que ainda está em sua terceira edição. Fizemos um evento expressivo, e mesmo não prevendo que haveria demanda tão grande, tivemos agilidade suficiente para atender da melhor forma possível esta importante classe do judô paulista. Remanejamos a pesagem para o dojô do Clube Esportivo da Penha, realizada em horários alternados para agilizar o fluxo de atletas no clube e principalmente no ginásio – e felizmente deu certo”, explicou Puglia, que encerrou agradecendo o empenho de toda a equipe que atuou na competição.

Takeshi Yokoti, coordenador estadual de arbitragem, detalhou que 70 árbitros atuaram nas 12 áreas da competição, o que resultou na média de seis árbitros em cada uma, permitindo um rodízio permanente nas equipes que atuaram.

Marco Aurélio Uchida revelou o processo que permitiu executar a competição no prazo previamente estipulado.

“Realizar um evento com quase 1.500 atletas em oito horas é muito puxado, e tudo acaba sendo feito na correria, mas não houve imprevistos. Iniciamos a cerimônia de abertura às 08:30hs, as lutas terminaram às 17hs, e a cerimônia de premiação encerrou-se às 18hs. Trabalhamos com 100 oficiais técnicos em várias funções, como placar, súmula e demais demandas. Fui auxiliado por oito coordenadores, que assumiram várias tarefas simultaneamente. Ter escalonado a pesagem e transferi-la para o dojô do clube foram decisões estratégicas que minimizaram o congestionamento da pesagem em si, do aquecimento e da movimentação nas arquibancadas e demais áreas de acesso ao shiai-jô. Apesar da quadra ser grande, as arquibancadas não comportavam todo o público de uma vez”, disse o dirigente. Ele falou também sobre a logística adotada na cerimônia de premiação.

Armando Aldrighi Júnior enalteceu a parceria com a FPJudô, destacou a importância do Clube Esportivo da Penha estar sediando importantes eventos do judô paulista, e agradeceu a presença dos pais, dirigentes e do vice-campeão olímpico

“Outro grande gargalo das competições é a cerimônia de premiação, cujo roteiro é bastante complexo. Precisávamos liberar espaço nas arquibancadas, tornando premente trabalhar o mais depressa possível. Mas é preciso lembrar que premiar não é algo tão simples. Acaba a luta, saem as súmulas com os resultados, segue-se a confecção e a assinatura dos diplomas, e só depois de tudo isso estamos prontos para fazer a cerimônia de premiação. E foi com a agilização deste processo que conseguimos rodar rapidamente o público nas arquibancadas, eliminando assim outro importante obstáculo para realizar a competição em tempo recorde”, detalhou o coordenador de oficiais técnicos.

Um evento extraordinário

Na avaliação de Joji Kimura, além de superar todas as expectativas e demandar muita criatividade, a terceira edição do Open Aspirante foi extraordinária.

“Avalio que o evento foi extraordinário, por ter mostrado mais uma vez a grande força de uma classe que se desenvolve e se aprimora cada vez mais. A terceira edição confirmou que os judocas da classe aspirante mantêm importante vínculo com a competição criada para eles, oferecendo-lhes uma oportunidade única de lutarem de forma equilibrada tanto em nível técnico, quanto tático e estratégico”, avaliou Kimura.

Alessandro Puglia, presidente da FPJudô

“A classe aspirante fortalece eminentemente as pequenas associações e projetos de cunho social, valorizando verdadeiramente um segmento que antes ficava à margem das competições ou competia em desvantagem devido à menor experiência”, pontuou o coordenador técnico paulista.

Francisco de Carvalho Filho enfatizou que o elevado número de judocas inscritos na terceira edição do Open Aspirante mostra que a FPJudô está no caminho certo

“Sem dúvida alguma, este foi um campeonato diferenciado, com inscrições muito acima da expectativa, e isso mostra que estamos no caminho certo. A FPJudô foi sensível ao momento que o País vive e não alterou sua tabela de preços e custas. Apertamos o cinto, e a contrapartida dos nossos filiados está sendo extremamente positiva. Somente neste evento tivemos mais de 200 colaboradores envolvidos, o que acarreta um custo muito grande. Apesar da crise, estamos obtendo um crescimento significativo nesta temporada. Sobre o nível técnico, por ser uma classe iniciante, creio que o certame atendeu às expectativas da maioria dos professores”, disse o dirigente. Por fim, ele elogiou o comprometimento das equipes técnica e de arbitragem, além das demais coordenadorias, na realização de mais um grande evento.

Francisco de Carvalho Filho, presidente de Honra da FPJudô

“Concluo parabenizando todo o staff da federação paulista pelo comprometimento e a determinação em realizar um evento grandioso em tempo recorde. Mas o ponto mais importante do Open Aspirante é o fato de ser voltado eminentemente para a base de nossa modalidade. São números expressivos, que ratificam o compromisso de São Paulo em fomentar o surgimento de novos talentos. A qualidade e a renovação da seleção brasileira sênior dependem diretamente do trabalho que as federações e os professores de todo o País desenvolvem na base, e esta é uma das prioridades da gestão feita no Estado de São Paulo”, pontuou o dirigente.

Francisco de Carvalho, José Gildemar, Alessandro Puglia, Marcelo Marafante, Simone Lima e Hyago Marafante

Árbitros perfilados para o rei inicial

Armando Aldrighi Júnior, Simone Lima, Marcelo Marafante e Carlos Honorato

Cristiano Carrion, José Gildemar, Francisco de Carvalho, Valdir Melero e Luiz Catalano Calleja