Ouro por equipes mistas coroa campanha brasileira nos tatamis em Assunção

Time Brasil celebra o título por equipes mistas e a campanha histórica no Pan Júnior de Assunção 2025, reunindo atletas, comissão técnica e o presidente da CBJ, Paulo Wanderley © Alexandre Loureiro / CBJ

Com 12 vitórias em 13 combates, judô totaliza 12 ouros, uma prata e dois bronzes e projeta o Brasil no quadro geral dos Jogos Pan-Americanos Júnior 2025.

Por Paulo Pinto / Global Sports
Curitiba, 13 de agosto de 2025

Depois de uma campanha individual irretocável, que rendeu números históricos e confirmou a supremacia brasileira no judô continental, a seleção nacional fechou sua participação em Assunção com mais uma demonstração de força: o ouro na disputa por equipes mistas. Foi a consagração de um grupo que, ao longo de três dias, transformou os tatamis paraguaios em palco de domínio técnico, entrega coletiva e planejamento estratégico de alto nível.

Mais do que um título, essa vitória representa a síntese de um trabalho coletivo que alia profundidade técnica, coesão estratégica e um espírito de equipe capaz de transformar talento individual em força imbatível no conjunto. Sob a liderança da CBJ, o Brasil não apenas reafirmou seu domínio continental, mas também reforçou a imagem de potência esportiva pronta para alçar voos mais altos no cenário internacional.

Judocas que representaram o Brasil na disputa por equipes mistas e garantiram o ouro, coroando a campanha perfeita do país em Assunção © Alexandre Loureiro / CBJ

Três confrontos: 12 vitórias e uma derrota

O caminho até o ouro teve sabor de afirmação. Em três duelos contra potências tradicionais, o Brasil venceu os Estados Unidos por 4 a 0, superou a Colômbia por 4 a 1 e fechou com um contundente 4 a 0 sobre Cuba. Nos 13 combates realizados, a única derrota veio contra a equipe colombiana, segunda colocada no quadro geral da modalidade.

Nas quartas de final, contra os Estados Unidos, o time verde e amarelo impôs um ritmo avassalador: Ana Soares venceu Rhadi Ferguson, Andrey Coelho passou por Kanta Ueyama, Bianca Reis derrotou Nicole Cancela, e Bruno Nóbrega completou o 4 a 0 ao vencer Jacob Yang.

Os campeões das equipes mistas ao lado dos técnicos Érika Miranda e Douglas Potrich © Alexandre Loureiro / CBJ

Na semifinal, diante da Colômbia, o equilíbrio foi maior, mas a superioridade brasileira prevaleceu: Andrey Coelho abriu a série contra Christopherd Galvis, Bianca Reis superou Mayra Solis e Matheus Nolasco bateu Keiner Garnica. No peso médio, Duda Bastos foi superada por Ingrid Choco, mas Jesse Barbosa fechou a conta contra Jhon Caicedo.

Na grande final contra Cuba, a equipe brasileira não deu espaço: Bianca Reis venceu Yainet Coronado, Matheus Nolasco bateu Cristian Cordero, Duda Bastos superou Wendy Martinez, e Jesse Barbosa encerrou a disputa ao derrotar Adel Fresneda.

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Pódio

O pódio da disputa por equipes mistas nos Jogos Pan-Americanos Júnior 2025 sintetizou a ordem de forças vista durante toda a competição: no topo, o Brasil, coroando sua campanha histórica com mais um ouro; logo abaixo, Cuba, que garantiu a prata após uma trajetória consistente até a final; e, dividindo o terceiro lugar, Estados Unidos e Colômbia, que confirmaram sua competitividade ao longo do torneio e dividiram o bronze.

A “cereja do bolo”

Se o desempenho individual já havia projetado a equipe como força imbatível, o ouro por equipes veio como a chancela definitiva da campanha. A vitória coletiva evidencia que a excelência brasileira não se limita a talentos isolados, mas se sustenta em profundidade técnica, versatilidade tática e espírito de grupo. No formato misto, onde homens e mulheres se alternam no tatami, a harmonia entre categorias e a coesão estratégica foram determinantes para o resultado.

Os 14 medalhistas, ao lado do presidente da CBJ, Paulo Wanderley, celebram o encerramento vitorioso da campanha em Assunção © Alexandre Loureiro / CBJ

Em Assunção, o judô brasileiro encerra sua participação com 12 ouros, uma prata e dois bronzes, coroando um ciclo que combina renovação, continuidade e alto rendimento. É um resultado que reforça a hegemonia continental iniciada em 2003, quando o Brasil quebrou a supremacia cubana, e que hoje se mantém e se expande sob a gestão técnica e estratégica da CBJ.

A performance por equipes confirma que, além de dominar nas lutas individuais, o país possui um conjunto capaz de responder a diferentes cenários de combate, adaptando-se às exigências táticas e explorando o melhor de cada judoca. Para a CBJ, essa vitória representa também um teste bem-sucedido de integração entre categorias, abrindo caminho para novos desafios internacionais, inclusive no ciclo olímpico de Los Angeles 2028.

Pódio da disputa por equipes mistas, reunindo Brasil (ouro), Cuba (prata), Estados Unidos e Colômbia (bronze), em um registro que simboliza a força e a representatividade do judô continental em Assunção © Alexandre Loureiro / CBJ

Seleção Brasileira em Assunção

FEMININO
Clarice Ribeiro (-48kg) – Minas Tênis Clube (MG)
Rafaela Rodrigues (-52kg) – Esporte Clube Pinheiros (SP)
Bianca Reis (-57kg) – Esporte Clube Pinheiros (SP)
Eduarda Bastos (−63 kg) – Clube Paineiras do Morumby (SP)
Maria Oliveira (-70kg) – SESI-SP (SP)
Dandara Camillo (−78 kg) – Sociedade Esportiva Palmeiras (SP)
Ana Soares (+78kg) – Instituto Reação (RJ)

MASCULINO
Lucas Takaki (−60 kg) – Sogipa (RS)
Bruno Nóbrega (−66 kg) – Esporte Clube Pinheiros (SP)
Matheus Nolasco (−73 kg) – Sogipa (RS)
Luan Almeida (-81kg) – SESI-SP (SP)
Jesse Barbosa (−90 kg) – Sogipa (RS)
Gustavo Milano (−100 kg) – AABB Curitiba (PR)
Andrey Coelho (+100 kg) – Grêmio Náutico União (RS)

COMISSÃO TÉCNICA
Marcelo Theotônio: Diretor de esportes
Erika Miranda: Treinadora equipe feminina
Douglas Potrich: Treinador da equipe masculina
Maicon Maia: Chefe de equipe

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