20 de fevereiro de 2025
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Durante a Copa São Paulo de Judô, Alessandro Puglia lançou a campanha “Seja a mudança que quer ver no mundo”, iniciativa fundamentada nos hábitos e costumes da cultura japonesa. E deu certo!
Cotidiano
13/04/2018
Por PAULO PINTO I Fonte IMPRENSA FPJ I Fotos BUDÔPRESS e MÁRIO ASSIS
São Paulo – SP
Em seu pronunciamento durante a cerimônia de abertura da Copa São Paulo de Judô, Alessandro Puglia, presidente da Federação Paulista de Judô (FPJudô), lembrou que o judô é um esporte de origem japonesa, e pediu que todos colaborassem no sentido de deixar o ginásio limpo, da mesma forma que estava antes da competição, mas a ação não ficou apenas no discurso.
Durante a realização do maior evento do judô brasileiro, a equipe de apoio da FPJ desenvolveu várias ações para divulgar a campanha “Seja a mudança que quer ver no mundo”. Houve distribuição de sacolas de lixo, e a frase do líder pacifista indiano Mahatma Gandhi foi impressa em banners e painéis distribuídos nas áreas de disputa.
As 12 áreas de disputa e a arquibancada do Ginásio Poliesportivo Adib Moysés Dib completamente tomada por judocas e seus familiares
Segundo os organizadores, a campanha teve adesão do público que lotou a arquibancada do Ginásio Poliesportivo Adib Moysés Dib, e foi um sucesso. No fim de cada dia de competição o ginásio estava limpo, e quase da mesma forma que estava no início do dia.
“Somos judocas e temos o dever de aprender com aqueles que nos ensinaram o esporte que amamos: os japoneses. Vivi alguns anos no Japão, onde, além de aperfeiçoar meu judô, pude aprender um pouco do idioma e assimilar alguns costumes da cultura milenar. Nas escolas japonesas os alunos limpam até o banheiro. É preciso compreender que, executando este tipo de tarefa, os estudantes assumem mais comprometimento e passam a ter maior consciência do mundo à sua volta e mais responsabilidade social. Lá, atividades como varrer, lavar os banheiros, passar pano no chão e servir a merenda fazem parte da rotina escolar dos estudantes do ensino fundamental ao médio”, detalhou Puglia.
O dirigente concluiu lembrando que virou um chavão falar em respeito e disciplina, mas na prática muitas vezes isto não acontece e é preciso mostrar coerência e colocar tudo isso em prática.
“A campanha foi muito positiva! Os judocas e seus familiares entenderam que, se cada um fizer a sua parte, os ginásios das competições se manterão limpos. Uma modalidade que tem suas raízes na cultura japonesa deve, também, ter hábitos e costumes pautados nos exemplos de responsabilidade e consciência mostrados pelo povo do país do sol nascente”, expôs o presidente paulista.
A iniciativa da federação paulista precisa ser levada para outros Estados, e até mesmo para outras modalidades. Lamentavelmente, somos um povo com péssimos hábitos e costumes. Temos o péssimo hábito de andar na contramão daquilo que é praticado nos países do Primeiro Mundo, e exemplos como este devem ser propagados para todos os segmentos da sociedade.
Quem sabe um dia o Brasil possa equiparar-se ao Japão e aos povos que há muito entenderam a necessidade de investir numa sociedade mais racional, organizada e harmoniosa. Mas, até que isto aconteça, temos de disseminar exemplos como os que Alessandro Puglia deu na realização da Copa São Paulo de Judô.
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