18 de novembro de 2024
Ponto alto do Brasileiro da Região V, arbitragem aprova 100% dos candidatos
Muito elogiada, a arbitragem passou incólume em disputa que reuniu em Brusque judocas da base ao alto rendimento do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo
Campeonato Brasileiro da Região V
23 de abril de 2019
Por PAULO PINTO I Fotos BUDÔPRESS
Curitiba – PR
É comum vermos atletas e técnicos culpando a arbitragem pelos erros cometidos no shiai-jô, mas felizmente na competição realizada em Brusque (SC) esta cena quase não aconteceu e quando ocorreu foi rapidamente esclarecida pelo eficiente trabalho dos árbitros auxiliares que, por meio do vídeo replay, comprovaram a decisão referendada pelo árbitro central.
Vista por muitos como um dos grandes diferenciais desta edição do Campeonato Brasileiro da Região V, na equipe de arbitragem de Brusque estavam renomados árbitros FIJ A e FIJ B, que mostraram a grande experiência que possuem, estabelecendo total tranquilidade nas quatro áreas em que atuaram em conjunto com os árbitros que foram examinados.
Entre os árbitros FIJ A estavam Edison Minakawa (SP), Bruno de Carvalho Ramos (DF), Chuno Wanderlei Mesquita (RJ) e Leonardo Ângelo Stacciarini de Resende (GO), que foi o coordenador de arbitragem em Brusque.
Entre os árbitros FIJ B estavam João Carlos Maba (SC), Diomedes Reis da Silva (AM), Luiz Alberto Figueira de Moraes (RS), Reinaldo Francisco (PR), Sérgio Ricardo Borba (SC) e Francisco de Souza (PR).
Vimos muita gente nova na arbitragem nacional, e na conversa que tivemos com o professor kodansha Edison Minakawa, coordenador de arbitragem da CBJ, soubemos que eram justamente os candidatos que estavam sendo examinados. Estreantes em certames nacionais, atuaram com grande desenvoltura, segurança e precisão.
“Nós estamos na fase dos brasileiros regionais, em que os Estados podem enviar candidatos para as categorias nacionais B e C. Na sexta-feira houve a reunião com todos os candidatos e no sábado eles foram examinados”, explicou Minakawa.
“Eram dez candidatos, e o índice de aprovação atingiu 100%. O nível dos candidatos deste ano superou o do ano passado. Eles vieram mais bem preparados e, consequentemente, o aproveitamento deles também foi muito melhor. Tanto é que, mesmo sob um olhar mais crítico seria difícil distinguir o árbitro candidato do mais experiente. Os diretores e coordenadores estaduais estavam presentes, o que facilitou a comunicação”, detalhou o coordenador nacional.
O comandante da arbitragem brasileira explicou por que estavam em Brusque tantos árbitros com larga experiência.
“Trouxemos este grande contingente de árbitros mais experientes porque não estamos aqui apenas para examinar os candidatos. Nossa nova filosofia de trabalho não aceita que o examinador apenas diga quando o candidato acertou ou errou. Temos a responsabilidade de formá-los e também orientá-los. Eles estão sendo examinados, mas os examinadores também estão orientando e trabalhando na melhora da qualidade de cada um deles”, disse o dirigente, que concluiu explicando que o mesmo trabalho está sendo desenvolvido nos campeonatos das demais regiões.
“Estamos desenvolvendo o mesmo trabalho nas cinco regiões, e em todas elas recebemos cerca de dez a 12 candidatos.”
Coordenador destaca o bom momento da arbitragem do Brasil
Coordenador da arbitragem em Brusque, o árbitro FIJ A Leonardo Ângelo Stacciarini de Resende destacou o alto índice de candidatos aprovados.
“Sempre nos preocupamos com a qualidade e o desempenho dentro do padrão da arbitragem nacional e internacional, ao qual denominamos padrão CBJ. Queremos que todos se saiam bem nos exames e venham bem preparados para atuar nos certames nacionais”, disse o árbitro goiano.
“Não temos intenção de reprovar nenhum candidato, mas também não forçamos a aprovação. Estas esferas ficam a cargo do examinando. Se fizer tudo o que era necessário, será aprovado. Se não conseguiu atingir nossos objetivos, ele mesmo se reprovará. A aprovação de 100% deu-se porque todos estavam muito bem preparados e cumpriram com todas as normativas exigidas pela Coordenação Nacional de Arbitragem da CBJ”,
Na visão de Stacciarini, o desempenho dos árbitros examinandos foi altamente satisfatório. Todos mostraram segurança e competência, mostrando que o trabalho exigido pela CBJ está realizando-se nos Estados, por meio das suas coordenações de arbitragem.
“O padrão CBJ na arbitragem deve ser mantido em todas as esferas, e me parece que estamos conseguindo isto. Os árbitros que se qualificam agora estão entendendo o tamanho de nossa responsabilidade e o quão importantes são o nosso trabalho e a nossa atuação, para que não haja interferência desnecessária nos combates por parte da coordenação de arbitragem”, disse o coordenador, reiterando que as ações desenvolvidas nas cinco regiões visam a formar e preparar uma nova geração de árbitros.
“A Coordenação Nacional de Arbitragem trabalha visando à formação de uma nova geração de árbitros, sempre mais preparados e competentes, para que possam atuar em todos os eventos da CBJ e quiçá em eventos da Confederação Pan-Americana de Judô (CPJ) e da International Judo Federation (IJF). E esta responsabilidade de atuação se põe diretamente na preparação dos árbitros, na qual são sempre alertados para a excelência de seu trabalho, seja na esfera estadual ou nacional. A manutenção da excelência de nosso trabalho tem de ocorrer em todos os eventos.”
Além da questão da transmissão de conhecimento, Leonardo Stacciarini lembrou que os árbitros FIJ que estavam em Brusque auxiliaram nas atuações, por vezes para demonstrar o padrão CBJ e por vezes para que se fosse mantido um bom rodízio entre eles.
“Em certos momentos, precisamos baixar a adrenalina dos demais. Essa é nossa deixa para atuarmos. Entramos no shiai-jô e mostramos como manter a calma e a serenidade nas atuações. Isso dá segurança a todos, e principalmente aos candidatos”, explicou o árbitro FIJ A, que concluiu enaltecendo o trabalho dos técnicos e atletas que estavam em Brusque.
“Um ponto muito importante e que auxiliou significativamente a arbitragem na Arena Multiuso de Brusque foi o alto nível do trabalho desenvolvido pelos técnicos e atletas nos combates. Uma boa atuação é motivo para muitas pontuações e facilita o trabalho, o desempenho e a avaliação da arbitragem”, concluiu Stacciarini.
Árbitros que atuaram em Brusque
Área 1
Bruno de Carvalho Ramos – DF
Clovis Koji Kuno – PR
Rúbia Renata Fabre – SP
Ladi Julian – SC
Walmir Ferreira de Oliveira – SC
Luciano Gonçalves dos Santos – RS
Gilberto Luiz A. Carneiro – PR
Rodrigo Moreira – SC
Área 2
Reinaldo Francisco – PR
Willian Seiji Inagaki Suda – SP
Diomedes Reis da Silva – AM
Celso Julian – SC
Ivanildo Josefi – PR
Jimmy Ponath Ribeiro – SC
Paulo Sérgio Kehdi – RS
Renata Moreira da Silva – RS
Área 3
Chuno Wanderlei Mesquita – RJ
João Carlos Maba – SC
Vinicius de Almeida Grassi – SP
Luiz Alberto Moraes – RS
Francisco Souza – PR
José Ferreira dos Santos – SC
Alzemiro do Nascimento – PR
Roberson Silva dos Passos – RS
Área 4
Sérgio Ricardo Borba – SC
Laura Cristina Santos da Silva – AM
Rogério Sperti Possari – SP
Bruna Medeiros Neves – RJ
Claudio Marcelo de Almeida – SC
Marcelo Correia Silva – SP
Rodrigo Augusto Trusz – RS
Helef Gutierrez e Cruz – PR
Natália Bergamini da Silva – PR