15 de novembro de 2024
Primeira fase do credenciamento técnico da FPJudô reúne 1.218 técnicos e professores em São Caetano
A segunda fase realiza-se no Sesi Bauru no próximo fim de semana, onde são esperados cerca de 350 técnicos e membros de comissões técnicas
Credenciamento Técnico 2020
5 de março de 2020
Por PAULO PINTO I Fotos BUDÔPRESS e MARCELO LOPES/FPJUDÔ
São Caetano do Sul – SP
Com o apoio da Secretaria Municipal de Esporte, Lazer e Juventude e Prefeitura de São Caetano do Sul, a Federação Paulista de Judô (FPJudô) realizou neste sábado (29) a primeira fase do credenciamento técnico desta temporada.
As palestras no Teatro Paulo Machado de Carvalho foram proferidas pelos professores Joji Kimura, coordenador técnico da FPJudô, que expôs as alterações nas normas e propostas para 2020; Maurício Carlos dos Santos, gestor de marketing da Confederação Brasileira de Judô e executivo da MCS Sports, que discorreu sobre a preparação das entidades de gestão esportiva para o mercado; Marcus Fábio Agostinho, técnico das categorias de base da CBJ, que falou sobre as tendências na relação do técnico com atletas da seleção; Júlio Sakae Yokoyama, que apresentou o recém-formado Conselho de Ética da FPJudô; e Edison Minakawa, professor kodansha shichi-dan (7º dan), gestor nacional de arbitragem da CBJ, que falou sobre a manutenção das regras nesta temporada.
Autoridades políticas e esportivas participaram da cerimônia de abertura, entre as quais Alessandro Panitz Puglia, presidente da FPJudô; Francisco de Carvalho, presidente de honra da FPJudô; José Jantália, vice-presidente da FPJudô; Maurício Carlos dos Santos, gestor de marketing da CBJ e executivo da MCS Sports; Marcos Siarvi, que representou José Auricchio Júnior, prefeito de São Caetano do Sul e Roberto Luiz Vidoski, secretário de Esportes de São Caetano do Sul; Nélson Leme da Silva Júnior, presidente do CFEF4/SP; Shimpei Ashina, gerente do Departamento de Aminoscience da Ajinomoto do Brasil; Alexandre Janota Drigo, membro do Conselho Federal do CONFEF; Júlio Sakae Yokoyama, presidente do TJD da FPJudô; Adib Bittar Júnior, coordenador financeiro da FPJudô; e os medalhistas olímpicos Carlos Honorato, Douglas Vieira e Henrique Guimarães.
Compuseram a mesa de honra os professore kodanshas kyuu-dan (9º dan) Miguel Suganuma, Celestino Seiti Shira e Michiharu Sogabe, que representaram dezenas de professores kodanshas presentes no encontro, vários delegados regionais e dirigentes de 11 federações estaduais de judô.
O fato inédito e ponto alto do encontro foi a participação de dirigentes de federações estaduais que, além de prestigiar o evento, vieram a São Paulo conhecer o maior credenciamento técnico do judô verde e amarelo. Superando todas as adversidades, Moisés Penso (SC), Adjaílson Coutinho (PB), Antônio Milhazes (AL), Antônio Viana (AP), Luiz Iwashita (PR), Delfino Cunha (AC), Fernando Moimaz (MT), Félix Martins (ES), Josmar Amaral (GO) e Ton Pacheco (TO), além de Carlos André Kussumoto, coordenador de eventos da FPrJ, e Alan Camillo Cararetti, diretor jurídico da FCJ, abrilhantaram a cerimônia de abertura.
Segundo os organizadores, o evento reuniu 1.218 professores e técnicos que representarão suas equipes nas competições desta temporada, mas ainda são esperados cerca de 350 professores na segunda etapa do credenciamento, que se realizará em Bauru, neste fim de semana.
Desejando excelente temporada a todos os professores e técnicos do Estado, Alessandro Puglia destacou a principal iniciativa na temporada passada, o estágio que a seleção paulista sub 18 fez no Japão.
“Por diversas vezes fui questionado por levar 16 atletas da classe juvenil para o Japão. É claro que o treinamento é de fundamental importância, mas eu queria mais. Busquei mostrar a eles o quanto a cultura japonesa tem a nos mostrar e ensinar e, para mim, aquele foi um dos momentos mais espetaculares da gestão que fazemos na federação. Temos certeza de que dentro de cada um deles foi plantada uma semente que contribuirá no desenvolvimento pessoal, da sociedade e de suas famílias”, explicou o dirigente.
Cumprimentando a todos, Francisco de Carvalho anunciou o fortalecimento da relação da FPJudô com o CFEF4/SP e mais uma vez detalhou a crise e os problemas que São Paulo enfrenta na relação institucional com a CBJ. Por fim, lembrou que diante dos dirigentes que defendem os interesses do judô de 11 Estados estavam os professores que fazem o judô acontecer verdadeiramente em São Paulo.
“Aqui está uma boa parcela dos professores de judô do Estado de São Paulo. Vocês são a sustentação da modalidade em nosso Estado e merecem o respeito de todos nós. Se a federação paulista existe desde de 1958 é porque existem as entidades, existem os professores e existe o trabalho desenvolvido por cada um de vocês. Este trabalho tem de ser valorizado e respeitado acima de tudo, para que esta seja uma modalidade na qual os professores realmente fazem a diferença. Os técnicos que aqui estão fazem diferença, sim, na formação e educação da população. O governo não consegue proporcionar uma educação de qualidade, mas os professores de judô conseguem. O professor de judô não é chamado de tio, pois para os tios se paga muito pouco, e foi o governo que inventou isso, justamente para poder pagar salários menores para os milhares de profissionais que deveriam fomentar o preparo e a educação dos nossos jovens. O professor de judô se faz respeitar e somos imensamente gratos pelo trabalho desenvolvido por cada um de vocês”, disse Francisco de Carvalho.
Executivo da MCS Sports, empresa de marketing esportivo responsável pela expansão do judô na gestão Paulo Wanderley Teixeira, Maurício Carlos dos Santos detalhou todo o processo que transformou a CBJ e levou o judô brasileiro à condição de principal protagonista no marketing esportivo brasileiro. Após detalhar o processo de transformação da CBJ, o executivo da MCS avaliou o judô paulista positivamente.
“Os números de São Paulo são bastante impressionantes. A quantidade de clubes, academias, filiados e, principalmente, de competições impressiona muito. A presença de professores e técnicos neste credenciamento é muito maior que o público que vemos nas arquibancadas de alguns estádios de futebol”, destacou Maurício Santos.
O professor Marcus Fábio Agostinho, técnico das seleções de base da CBJ, detalhou para os técnicos paulistas o trabalho desenvolvido nas esquipes de base da seleção brasileira
“Recebi o convite feito pelo professor Joji Kimura com grande felicidade. Tenho participado do credenciamento desde o seu início, como técnico, e atuar como palestrante foi um momento marcante e um enorme prazer. Tive o aval da gestão para apresentar o trabalho de controle de carga, do monitoramento e da comunicação que realizamos com as equipes de base, com ênfase no sub 18 e sub 21. Pude também mostrar as tendências dos aspectos técnico e táticos nas competições destas categorias”, explicou.
“Acredito que estas informações sejam úteis para que os treinadores e técnicos possam ajustar seus treinos. Nós temos feito isso, e acredito que tais referências podem ser bastante valiosas para os treinadores paulistas na hora de ajustar suas propostas de treino e quando forem trabalhar com estas faixas etárias nos clubes, academias e dojôs de São Paulo”, concluiu o técnico das seleções de base da CBJ.
O professor kodansha shichi-dan (7º dan) Júlio Sakae Yokoyama falou sobre o recém-criado Conselho de Ética da FPJudô e apresentou os membros eleitos do novo órgão da federação paulista.
“É um prazer enorme estar aqui com vocês, amigos e companheiros do judô paulista, falando sobre a ética no judô. Penso que este seja um tema de suma importância dentro do mundo criado pelo professor Jigoro Kano. Um mundo fundamentado no respeito, no carinho, no companheirismo e no amor ao próximo. Criamos o Conselho de Ética do judô paulista que será formado pelos professores Yoshiyuki Shimotsu (7º dan), Rioiti Uchida (7º dan), Sérgio Barrocas Lex (6º dan), Antônio Honorato de Jesus (7º dan), Solange de Almeida Pessoa Vincki (7º dan) e Antônio Roberto Coimbra (7º dan)”, explicou.
O professor kodansha (8º dan) Júlio Sakae Yokoyama é o presidente do Conselho de Ética, enquanto o professor Fernando Ikeda é o secretário do mesmo.
“Sugiro que todos os professores e técnicos paulistas leiam e conheçam o código de ética que passa a vigorar em São Paulo a partir de hoje”, concluiu Yokoyama, que tomou posso no conselho durante o Credenciamento Técnico 2020.
Ex-coordenador de arbitragem paulista e atual gestor nacional de arbitragem da CBJ, o professor Edison Minakawa abrilhantou o credenciamento técnico paulista abordando os principais pontos discutidos nos seminários de arbitragem realizados na temporada passada pela Federação Internacional de Judô (FIJ) por meio da União Europeia de Judô (EJU) e da Confederação Pan-Americana de Judô (CPJ).
“Como a FIJ não promoveu alterações na arbitragem em 2020, fizemos um reforço nos principais pontos da padronização realizada na temporada passada. É mais saudável e sensato que nos anos em que ocorrem os Jogos Olímpicos não haja mudança, e isso nos permite avaliar mais criteriosamente as regras existentes. Portanto, abordamos aqui os principais pontos apresentados nos seminários de Doha e Honduras”, detalhou Minakawa.
No período da tarde houve o seminário de arbitragem ministrado pelo professor Edison Minakawa, o encontro dos coordenadores dos oficiais técnicos da FPJudô e a reunião dos coordenadores de arbitragem das 16 delegacias regionais da Federação Paulista de Judô.