11 de novembro de 2024
Primeiros treinos para a base no CAT mostram potencial de adesão e de expansão técnica
A iniciativa que contempla as classes sub 13 e sub 15 promete ser um diferencial na preparação de atletas para o futuro da modalidade no Estado de São Paulo
Por FPJudô
19 de dezembro de 2021 / São Paulo (SP)
No dia 30 de novembro começaram os treinamentos no Centro de Aperfeiçoamento Técnico (CAT), como parte da iniciativa da Federação Paulista de Judô (FPJudô) de retomar os trabalhos de fortalecimento técnico de todas as classes, começando pelas sub 13 e sub 15. O objetivo principal é expandir o projeto a todas as 16 delegacias regionais.
Os dois treinamentos já realizados – em 30 de novembro e 7 de dezembro – mostraram resultados promissores. Vários clubes e técnicos participaram dos treinos iniciais, entre os quais Sport Clube Corinthians, sensei Ademir Garcia; São João Tênis Clube, Thiago Valadão (yon-dan), Angélica Silva (ni-dan) e Jair Gimenes (ni-dan); Clube Athlético Paulistano, Douglas Vieira; Associação de Judô Makoto, professores Marcelo Makoto e Viviane Makoto; MESC São Bernardo do Campo, sensei Carlos Hayashida; Instituto Sensei Divino, Alex Russo; Judô Clube Bertioga e Círculo Militar de São Paulo.
“A criação deste treino foi uma excelente ideia, embora o período de fim de ano seja muito complicado. Este é um projeto de longo prazo e o objetivo é plantar uma semente que irá germinar dentro de duas ou três temporadas. Em janeiro voltaremos com força total, e acredito que quando nós levarmos o treinamento para as outras delegacias a adesão será maior, porque não envolve tanto a questão logística. Os professores são absolutamente qualificados, conhecedores da base do judô e de sua filosofia, o que precisa ser repassado para os mais jovens”, explicou o professor Thiago Valadão.
“São Paulo nunca perdeu sua hegemonia no judô nacional; tivemos quatro campeões no masculino nos Jogos Escolares Brasileiros (JEBs) e quatro pratas no feminino, então, estamos sempre brigando por medalha. Nós exportamos muitos atletas nas classes de sub 18 para cima, que agora representam outros Estados. Em campeonatos brasileiros, por exemplo, é comum existirem finais entre judocas paulistas, mas competindo por outras federações.”
Para Valadão, é preciso concentrar esforços em manter os atletas treinando objetivamente em São Paulo e melhorar o apoio financeiro, para que os judocas não precisem buscar recursos fora daqui. O trabalho de formação do sub 13 e do sub 15 é imprescindível por causa disso. “A principal meta do projeto é auxiliar os mais de 3 mil professores do Estado nesse processo de ensino do judô aos jovens atletas, somando conhecimento ao trabalho realizado com praticantes com potencial competitivo.
Diversas personalidades compareceram ao CAT no primeiro dia de treino, como Alessandro Panitiz Puglia, presidente da FPJudô; Marco Aurélio Uchida, coordenador técnico da entidade; Hissato Yamamoto, delegado da 1ª DR Capital; e sensei Luiz Onmura, medalhista olímpico nos Jogos de Los Angeles 1984 e um dos pilares da equipe que está à frente deste projeto. Os demais professores responsáveis coordenar os trabalhos e puxar os treinos são os senseis Thiago Valadão, Sérgio Barrocas Lex, Hatiro Ogawa, Ademir Garcia e Angélica Silva.
“Estamos começando agora, mas temos um longo trabalho a fazer antes de usufruir os resultados. Estou certo de que a médio e longo prazos obteremos os frutos que cultivamos agora. Acredito que dentro de três anos nós possamos começar a avaliar melhor o trabalho árduo dos professores e de cada judoca participante. Além das várias correções nos golpes, iremos aprimorar os fundamentos técnicos e filosóficos do judô, porque nossos atletas estão na idade perfeita para isso”, comentou o sensei Onmura, após participar dos treinamentos iniciais.
A supervisão técnica do treinamento das classes sub 13 e sub 15 está sob responsabilidade da professora kodansha Solange Pessoa de Almeida Vinck, vice-presidente da FPJudô, e de Marco Aurélio Uchida, coordenador técnico da entidade. Ambos terão a autonomia necessária para desenvolver esta iniciativa, que é mais uma característica da atual gestão, baseada na independência e na isonomia de todos os setores da entidade.