20 de fevereiro de 2025

O brasileiro Rafael Macedo disputou a medalha de bronze do judô masculino no peso médio (90kg) em luta contra o francês Maxime-Gael Ngayap Hambou, no que seria a terceira medalha do judô para o Brasil.
Durante o combate, ambos os judocas receberam shidôs nos primeiros momentos por falta de combatividade e evitar a pegada. Depois, Rafael passou a demonstrar muita ação, chegando a derrubar o adversário por duas vezes.
Rafael Macedo venceu as duas primeiras lutas, mas perdeu nas quartas e foi para repescagem, onde levou a melhor. Ao disputar o bronze, após revisão de vídeo, a arbitragem desclassificou Rafael Macedo, e o bronze foi para o francês. O motivo seria Rafael ter pego por dentro da manga do kimono do adversário.
Imediatamente após aluta, o técnico Kiko Pereira foi o mais exaltado diante do resultado. “Uma vergonha, até agora eu não entendi!”, disse o técnico da seleção masculina e da Sogipa, à Rede Globo.
Além da dúvida sobre a punição, Kiko Pereira afirmou que pelo menos um dos golpes encaixados por Rafael Macedo deveria ter sido anotado. “O lance que definiu, estava nas costas dele, derrubou.”
Em entrevista à Globo, foi mencionado que o judoca brasileiro havia chorado, mas acabou acatando a decisão da arbitragem. “Eu agradeço a Deus primeiramente. É minha segunda vez nos Jogos Olímpicos e é um sonho estar aqui. Foi um dia muito bom! Poderia ter terminado com uma medalha, mas acabou não acontecendo. Faz parte. A decisão dos árbitros foi essa. Acredito ser a correta.”
Rafael Macedo busca se resignar após decisão da arbitragem © Sabau Gabriela / IJF
Já a assessoria de comunicação da Confederação Brasileira de Judô divulgou que o peso médio perdeu por shidôs: 3 a 2. Veja abaixo o que o experiente judoca disse para a imprensa da CBJ.
“Eu não entendi direito a punição, mas acredito que os árbitros, que são muitos, têm muitas câmeras, e vão sempre avaliar da melhor forma possível. Então respeito a decisão deles e saio tranquilo, porque sei que dei o meu melhor. Fiz tudo o que sei e o que consegui, faz parte e é motivação para continuar”, disse Rafael Macedo.
Além de manter a postura e o fair-play de um verdadeiro judoca, exibindo sempre elegância dentro e fora dos tatamis, o judoca, formado em São José dos Campos pelos professores Orlando Sator Hirakawa e Fúlvio Miyata, possui técnica refinada e qualidade de sobra para disputar mais um ciclo olímpico e atingir seu objetivo.
Aos 29 anos, o peso médio que defende a Sogipa já há muitos anos coleciona títulos e medalhas importantes em seu currículo, como o ouro no Campeonato Mundial Sub 21 em Fort Lauderdale (2014), os bronzes em mundiais sêniores como o de Tóquio (2019) e Budapeste (2021) por equipes mistas; além dos bronzes conquistados no World Masters de Jerusalém (2022); e os bronzes obtidos em Ekaterimburgo (2019) e Antalya (2022) em Grand Slams da FIJ.
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