20 de fevereiro de 2025
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Rafaela Silva é um exemplo de resiliência no esporte. Após a eliminação na semifinal individual do judô na categoria 57kg, coube à atleta decidir a medalha de bronze na competição por equipes mistas. A brasileira precisou vencer a italiana Veronica Toniolo no golden score para assegurar a medalha brasileira. Em conversa com a imprensa na quinta-feira (7), no retorno ao Rio de Janeiro, a judoca revelou o que pensou quando teve sua categoria sorteada nas Olimpíadas.
“Por um momento, eu estava meio perdida. Eu lembro que, logo quando a Ketleyn Quadros caiu, eu pensei: “Não acredito que eu perdi uma medalha de novo”. E eu achava que, quando terminasse aquela luta, ia acabar (com vitória italiana), mas eu só não lembrava a pontuação toda. Daqui a pouco, alguém fala: “Concentra aí que vocês ainda têm chance”. Eu já levantei pensando: “57kg”. Geralmente, quando sorteia o atleta que vai lutar, ele permanece nos tatamis e o restante sai. Mas eu vi que a italiana desceu junto com a equipe para beber água e eu já pensei: “Ela está se cagando”, disse Rafaela.
A equipe brasileira foi para a decisão do golden score após sofrer o empate na última luta da prova por equipes – Ketleyn Quadros perdeu para Savita Russo. No último combate, Rafaela foi sorteada para lutar novamente contra Vaniolo, que já havia perdido para a brasileira naquele mesmo dia.
“Eu fiquei mais confiante ainda porque era o golden score, então qualquer pontuação já resolvia a luta, aí eu fui para definir. Durante a luta anterior, eu vi que ela me deixava numa posição confortável para entrar com o tokui-waza, que é o uchi-mata, e eu aproveitei a primeira oportunidade para conseguir marcar o ponto, disse a medalhista de bronze.
Esta foi a segunda medalha olímpica de Rafaela Silva. Nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, a judoca conquistou a medalha de ouro. A atleta carioca que defende o Clube de Regatas do Flamengo, é a primeira brasileira a ser campeã olímpica, campeã mundial e campeã dos Jogos Pan-Americanos.
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