20 de fevereiro de 2025

O judoca mais jovem da equipe brasileira em Paris 2024, Michel Augusto, de 19 anos, estreou nos Jogos Olímpicos neste sábado (27) e deixou boa impressão. Em seu primeiro combate, venceu Sebastian Sancho, da Costa Rica, com wazari. Mas não foi feliz contra o japonês Ryuju Nagayama.
Apesar de cair nas oitavas-de-final, o judoca do Sesi-SP foi agressivo e mostrou muita garra e determinação. A luta começou muito estudada, com ambos os judocas buscando a melhor pegada. Michel foi o primeiro a arriscar ataques e colocou pressão no adversário. A arbitragem puniu ambos por “esconder a manga” e a luta seguiu empatada até o golden score.
O brasileiro continuou atacando, mas sua mão escapou da pegada em uma entrada, o que resultou na segunda punição por “falso ataque”. Nagayama tentou responder, mas Michel se defendeu bem. O japonês entrou novamente e ficou exposto. Nesse momento, Michel tentou aproveitar para fazer uma pegada na cintura puxando o japonês pela faixa pelas costas. No entanto, a arbitragem entendeu que ele pegou na “saia” do judogi do japonês, o que gerou o terceiro shidô a Michel.
Natasha deixou os tatamis com semblante abatido pela derrota, mas manteve-se firme nas entrevistas e se motivou para voltar ao palco olímpico © Miriam Jeske/COB
“A gente fica um pouco triste, né? Vim me preparando muito, sacrificando muitas coisas. Na luta, dei meu melhor, fui até o final. Sabia que ia ser bem difícil, mas esperava ter ganhado. Agora, vou fazer mais treinamentos estratégicos para não cometer mais esses erros, que são detalhes que fazem a diferença”, lamentou Michel. Ele também falou sobre o ambiente olímpico: “A competição em si foi como todas as outras, mas o sentimento de subir no degrau do tatame olímpico, com certeza, é diferente. Na primeira luta, senti que estava um pouco travado e fiz muita força, não estava conseguindo colocar técnica, acho que pela tensão. Mas, acabei aquecendo na competição. Dei meu melhor em todos os treinamentos e creio que ainda vou conquistar minha medalha olímpica”, projetou.
Em sua primeira participação olímpica, Natasha Ferreira enfrentou a tricampeã mundial na primeira rodada de Paris 2024. Natsumi Tsunoda acabou sagrando-se campeã olímpica após vencer Bavuudorj Baasankhuu, da Mongólia, na grande final.
A judoca paranaense Natasha Ferreira, de 25 anos, fez sua estreia em Jogos Olímpicos neste sábado, 27, abrindo a participação do Brasil em Paris 2024. O sorteio das chaves colocou Natsumi Tsunoda, atual tricampeã mundial e uma das favoritas ao título do peso ligeiro (48 kg), no caminho de Natasha já na primeira rodada. A brasileira acabou sofrendo o ippon e se despediu prematuramente da competição.
Michel Augusto prometeu treinar mais e lutar pelo seu sonho olímpico © Miriam Jeske/COB
“Para mim, é a realização de um sonho estar lutando, mas, infelizmente, não consegui concretizar o maior, que era a medalha. Isso são Jogos Olímpicos. Não estamos aqui para pegar luta fácil. Então, independentemente de quem viesse, eu sabia que estava bem treinada e, quem quer medalha, tem que ganhar de todo mundo”, avaliou Natasha.
A brasileira deixou os tatamis com semblante abatido pela derrota, mas manteve-se firme nas entrevistas e se motivou para voltar ao palco olímpico no futuro. “Essa é só mais uma competição. Lógico que são os Jogos Olímpicos, mas ainda tenho muita estrada pela frente e vou batalhar para estar em Los Angeles e conquistar minha medalha. Isso aqui não foi um desperdício. Isso aqui é uma Olimpíada. Então, só de estar aqui é a concretização de muitos sonhos. É triste, mas tenho certeza de que não é o fim”, concluiu.
20 de fevereiro de 2025
20 de fevereiro de 2025
18 de fevereiro de 2025