Rio de Janeiro domina no feminino e Rio Grande do Sul conquista o masculino no Brasileiro Cadetes 2025

Cariocas totalizaram três ouros, duas pratas e um bronze no feminino, enquanto gaúchos somaram dois ouros, duas pratas e um bronze no masculino.

Por Paulo Pinto / Global Sports Editora
Curitiba, 28 de junho de 2025

A Confederação Brasileira de Judô (CBJ) realizou neste fim de semana o Campeonato Brasileiro Cadetes 2025, no ginásio da Associação Atlética Banco do Brasil (AABB), em Salvador (BA). A competição individual da classe sub 18 reuniu 471 judocas de 27 estados e proporcionou mais de 500 combates de altíssimo nível técnico.

Rio de Janeiro conquista o topo entre as mulheres

No feminino, o estado do Rio de Janeiro confirmou sua força com três medalhas de ouro — Manuela Maia (–57kg), Clarisse Vallim (–70kg) e Ágatha Paixão (+70kg) — duas pratas com Gabriela Pereira (–57kg) e Laryssa Fonseca (–63kg), e um bronze com Sarah Pereira (–57kg), somando seis pódios no total. Completaram o top 5:

São Paulo: 2 ouros, 2 pratas e 1 bronze
Rio Grande do Sul: 2 ouros, 1 prata e 2 bronzes
Distrito Federal: 1 ouro e 2 bronzes
Bahia: 1 prata

O título no feminino teve a assinatura da experiente comissão técnica do Rio de Janeiro, liderada pelo professor kodansha João de Deus, técnico da equipe Projeção e um dos grandes responsáveis pelo fortalecimento do judô fluminense. Atuando em parceria com a Federação de Judô do Estado do Rio de Janeiro (FJERJ) e os principais clubes do estado, João coordenou um trabalho técnico com excelência.

“O Rio de Janeiro se posicionou de forma impecável nas lutas, conseguimos conquistar o ouro em algumas categorias e o título de campeão feminino. A FJERJ trabalha intensamente há bastante tempo para que a gente possa galgar os melhores lugares nas competições. Os clubes e os treinadores do nosso estado estão de parabéns pelo resultado. Realmente, é muito difícil, pois a competição estava muito disputada. Talvez a mais disputada de todos os tempos”, avaliou João de Deus.

Pódio masculino © Jonas Farias / FEBAJU

Gaúchos voltam ao topo com força e tradição

No masculino, o Rio Grande do Sul brilhou com dois ouros (Arthur Bonato –50kg e João Medeiros –66kg), duas pratas (Yuri Pereira –55kg e Leonardo Martins –60kg) e um bronze (João Machado –60kg), conquistando o título da chave. Em seguida vieram:

São Paulo: 2 ouros, 1 prata e 8 bronzes
Rio de Janeiro: 2 pratas e 1 bronze
Paraná: 2 ouros
Minas Gerais: 2 pratas e 2 bronzes

O título masculino foi conquistado sob a liderança de João Derly, bicampeão mundial e técnico da Sogipa, que coordenou com excelência a atuação dos atletas gaúchos. Trabalhando em sintonia com a Federação Gaúcha de Judô (FGJ) e os principais clubes do estado, Derly destacou o retorno da tradição vitoriosa do judô do Rio Grande do Sul.

“Essa geração nos enche de orgulho. Estamos resgatando a tradição dos grandes resultados e isso é fruto do trabalho integrado entre clubes e Federação”, destacou João Derly.

Classificação geral: RJ na ponta, SP vice e muitas medalhas

Na classificação geral do certame, o Rio de Janeiro se isolou na liderança geral com 5 ouros, 2 pratas e 2 bronzes, além de 8 quintos lugares e 2 sétimos.

São Paulo, vice-campeão geral, subiu 18 vezes ao pódio (4 ouros, 3 pratas e 11 bronzes), e teve ainda 3 quintos e 2 sétimos lugares — número expressivo que mostra a profundidade da base paulista.

Rio Grande do Sul garantiu o terceiro lugar geral com 4 ouros, 3 pratas e 3 bronzes. Paraná ficou em quarto com 2 ouros, 1 prata, 1 quinto e 6 sétimos lugares. Distrito Federal completou o top 5 com 1 ouro, 3 bronzes e 5 sétimos lugares.

Trabalho técnico e excelência na base fazem a diferença

O domínio carioca, especialmente no feminino, reafirma o alto nível técnico da base fluminense. Em meio a uma disputa cada vez mais acirrada, os resultados refletem um trabalho contínuo, organizado e distribuído entre clubes e comissões técnicas.

“A força dos professores do Rio de Janeiro é inquestionável. São profissionais que formam talentos com excelência e foco competitivo”, pontuou um dos técnicos presentes no evento.

Equipes mistas encerram o Brasileiro

Com as disputas individuais encerradas, o domingo (29) será dedicado às emocionantes competições por equipes mistas, que promovem integração, estratégia e espírito coletivo entre atletas de diferentes categorias e regiões.

Essas lutas prometem fechar com chave de ouro uma das edições mais competitivas e qualificadas do Campeonato Brasileiro Cadete.