15 de novembro de 2024
Rochele Nunes inicia a temporada olímpica conquistando o bronze em Tel Aviv
Atleta gaúcha, que hoje defende o Sport Lisboa e Benfica e a seleção de Portugal, conquistou o bronze no peso pesado no Grand Prix de Tel Aviv e assegurou a 16ª colocação no ranking olímpico
Grand Prix de Tel Aviv 2020
27 de janeiro de 2020
Por PAULO PINTO I Fotos GABRIELA SABAU/IJF
Curitiba – PR
Para as dez judocas brasileiras que desembarcaram em Tel Aviv, a viagem a Israel não foi uma experiência muito interessante, mas para Rochele Nunes, gaúcha radicada em Lisboa, o GP de Tel Aviv foi mais uma etapa superada para selar a inscrição de seu nome nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.
A peso pesado começou muito bem, impondo dois ippons a suas adversárias. O primeiro foi à croata Ivana Sutalo e o segundo, à francesa Tahina Durand. Nas quartas de final Rochele caiu de ippon para a bósnia Larisa Ceric.
Na repescagem, a gaúcha naturalizada portuguesa jogou a ucraniana Galyna Tarasova de ippon, e na disputa do bronze superou a sul-coreana Hayun Kim por shidô.
Totalizando 2.653 pontos, Rochele Nunes é a 16ª colocada no ranking da Federação Internacional de Judô (FIJ) e caminha a passos largos rumo a Tóquio 2020.
Antônio Carlos Pereira, o Kiko, ex-técnico de Rochele, acredita que a peso pesado já está classificada para os Jogos Olímpicos e tem de focar a sua manutenção no seleto grupo que está no topo do ranking do peso-pesado.
“A Rochele vive um grande momento em sua carreira e todos nós sentimos muito orgulho por ela. Em Portugal ela reina absoluta em sua categoria e isso lhe proporciona maiores possibilidades. Por outro lado, ela está aproveitando muito bem as oportunidades surgidas e com isso tem-se destacado no ranking internacional”, disse o técnico da Sogipa, que lembrou de outros alunos que estão no exterior.
“O Rodrigo Lopes, que também está em Portugal, encontra-se um pouco mais distante no ranking dos 60kg, mas é outro atleta formado na Sogipa que agora trilha seu caminho no exterior. A Rochele era aluna do professor Maduro e chegou no clube já com 10 anos. A Taciana também está fora lutando por mais espaço na modalidade e isso nos enche de orgulho”, disse Antônio Carlos.
Um dos principais técnicos do Brasil, e com vários judocas formados por ele brigando por vagas nos Jogos de Tóquio, Kiko destaca as principais conquistas do clube no cenário internacional.
“Acredito que este é o legado do departamento de judô da Sogipa, que hoje luta por conquistas dentro e fora do Brasil. Fico muito feliz por estarmos cada vez mais inseridos no topo da modalidade. Estamos num crescente e desde 2005 o judô da Sogipa conquistou quatro medalhas olímpicas e 11 em campeonatos mundiais. Vivemos um momento extremamente positivo, e temos a expectativa de classificar de cinco a oito judocas brasileiros nos Jogos de Tóquio”, previu Kiko.