São Paulo F. C. é tricampeão da Copa São Paulo Veteranos e Judô Alto da Lapa vence no kata

O pódio com as primeiras cinco equipes classificadas

Certame que reuniu judocas de 14 Estados e uma equipe do Chile abriu oficialmente o calendário de eventos da classe máster do Brasil desta temporada

Copa São Paulo Veteranos 2019
1ª de abril de 2019
Por PAULO PINTO I Fotos BUDÔPRESS e MARCELO LOPES
São Bernardo do Campo – SP

Com o apoio da Prefeitura de São Bernardo do Campo, a Federação Paulista de Judô (FPJudô) realizou no dia 24 de março a quarta fase da 12ª edição da Copa São Paulo de Judô, voltada para as classes veteranos, kata e para todos.

Atletas perfilados na cerimônia de abertura

A competição realizou-se no Ginásio Poliesportivo Adib Moysés Dib e reuniu 593 judocas da classe veteranos, que abrangeu disputas nas categorias M1 a M8 no masculino e M1 a M4 no feminino. Na competição do kata 92 duplas disputaram medalhas do nage-no-kata, ju-no-kata, katame-no-kata, kime-no-kata e kodokan goshin jutsu. Cerca de 67 judocas participaram da competição para todos

Mais uma vez o grupo Taiko Kendaiko marcou presença na abertura da Copa São Paulo Veteranos

Mantendo a tradição dos principais eventos realizados pela FPJudô, mais uma vez a cerimônia de abertura da Copa São Paulo Veteranos contou com a apresentação magistral do grupo Taiko Kendaiko, da Vila Lusitânia, de São Bernardo do Campo. O grupo formado eminentemente por percussionistas também utiliza instrumentos típicos de sopro, e remeteu ao Japão os judocas presentes na arena poliesportiva de São Bernardo do Campo.

Na semifinal do peso médio do M5, Ton Pacheco (TO) encaixa um potente uchi-mata e projeta Marcos Benador (SP)

Ratificando a importância da Copa São Paulo Veteranos, participaram do certame atletas vindos de Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Goiás, Distrito Federal, Paraná, Tocantins, Amapá, Bahia, Santa Catarina, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Maranhão, Rio Grande do Norte, São Paulo e mais uma equipe do Chile. A competição máster transcorreu em dez áreas montadas com os novos tatamis fornecidos pela Ajinomoto do Brasil.

Alessandro Puglia, presidente da FPJudô

A cerimônia de abertura contou com a presença de autoridades esportivas, entre as quais Alessandro Panitz Puglia, presidente da FPJudô; Francisco de Carvalho Filho, presidente de honra da FPJudô; José Jantália, vice-presidente da FPJudô; Joji Shiba Kimura, coordenador técnico da FPJudô; Georgton Pacheco, presidente da Federação de Judô do Tocantins; Júlio Sakae Yokoyama, presidente do TJD da FPJudô; Takeshi Yokoti, coordenador de árbitros da FPJudô; Dante Kanayama, coordenador dos exames de graduação da FPJudô; e os delegados regionais Hissato Yamamoto, 1ª DRJ; Argeu Maurício de Oliveira, 3ª DRJ; André Costa Gonçalves, 13ª DRJ; Wilmar Terumiti Shiraga, 5ª DRJ; Celso de Almeida Leite 15ª DRJ; e Jiro Aoyama, 7ª DRJ.

Defendendo a Escola de Judô Giberti de Assis, o peso pesado Elton Quadros Fiebig conquistou mais uma medalha de ouro no M4

O cerimonial da Copa São Paulo Veteranos foi abrilhantado com a presença de dezenas de professores kodanshas paulistas, entre estes Miguel Suganuma, Dante Kanayama, Pedro Jovita Diniz, Massaru Yanaguimori, Solange de Almeida Pessoa Vincki, Takeshi Yokoti, Paulo Ferraz Alvim Muhlfarth, Takeshi Nitsuma, Satoru Ebihara, Celso Ferreira Franco, Leandro Alves Pereira, Gerardo Siciliano, Antônio Honorato de Jesus, Marilaine Ferranti Antonialli, Walmir Shiraga, Gerardo Siciliano, Alcides Camargo, Roberto Joji Shiba Kimura, Antônio Tadeu Tardelli Uehara, Rodrigo Guimarães Motta, Fernando da Cruz, Rubens Pereira, Alessandro Panitz Puglia, Georgton Burjar Pacheco, Francisco de Carvalho Filho, Tomyo Takayama, Jiro Aoyama, Argeu Maurício de Oliveira, José Gomes de Medeiros, Nélson Hirotoshi Onmura e Milton Ribeiro Correa.

Francisco de Carvalho Filho

Nos tatamis estavam grandes nomes da classe veteranos e vários campeões mundiais que foram a São Bernardo do Campo para dar o start a mais uma temporada vibrante da classe máster.

Com uma equipe aguerrida e com um judô bastante consistente o São Paulo Futebol Clube conquista o tricampeonato da Copa São Paulo

A equipe são-paulina foi a São Bernardo com 17 atletas, disputou nove finais e conquistou 14 medalhas – seis de ouro, três de prata e cinco de bronze. A equipe do tricolor do Morumbi totalizou 44 pontos, que garantiram o tricampeonato consecutivo da competição

A cada ano a classe veteranos evolui e apresenta lutas mais eletrizantes

Campeões da Copa São Paulo em 2017 e 21018, e heptacampeões do Torneio Beneméritos do Brasil na temporada passada, a equipe máster do Morumbi é hoje o time mais forte do judô bandeirante, e em seus quadros estão grandes nomes dos tatamis.

Entre os campeões da equipe são-paulina figuram a meio-leve do F1 Lilian Canassa Terada, a leve do F1 Cristina Castilho, a peso pesado do F1 Vanessa Kelly, o peso leve do M1 Adriano Lima Silva, o meio-médio do M5 Shigueto Yamazaki e o pesado do M2 Josué Gomes Bragança Júnior, o Zuzu. Entre os vice-campeões está o meio-médio do M4 Rogério Shinobi, o meio-médio do M1 Paulo Henrique Conceição e a peso pesado do M3 Fernanda Rojas. Os medalhistas de bronze foram: o peso médio do M1 Madson André Marques, o meio-pesado do M4 Evilásio Martins, o meio-pesado do M3 Marciel Martins, o peso ligeiro do M1 Bruno Pires Vieira e a meio-pesado do F2 Juliana de Paula Medeiros.

Autoridades na mesa de honra durante a cerimônia de abertura

Em depoimento para a Budô, Zuzu, o atual campeão mundial dos pesados do M2, falou sobre a hegemonia tricolor na classe máster no Estado de São Paulo e destacou o relevante apoio que a equipe recebe da diretoria tricolor.

“Na temporada passada conquistamos os principais títulos da classe veteranos. Quase todos os nossos atletas venceram torneios estaduais, nacionais, continentais e o mundial realizado em Cancún, onde de quebra o Brasil conquistou o título inédito de campeão, graças ao excelente desempenho dos atletas de todo o Brasil que foram ao México. O São Paulo Futebol Clube mantém uma estrutura excelente, e tanto o professor André Cipriani, diretor de judô, quanto o doutor Antônio Donizete Gonçalves, diretor de esporte social, não medem esforços para apoiar as nossas iniciativas”, disse o peso pesado, que ainda falou sobre a área técnica.

A apresentação de taiko foi o ponto alto da abertura do certame

“Atingimos nossos objetivos graças ao comprometimento e à união que existe. Estamos sempre realizando treinamentos fortes e incentivando os atletas a se desafiarem, buscando sempre estabelecer objetivos e metas. Acho que um grande exemplo disso é a nossa meio-pesado do F1 Juliana de Paula Medeiros, que deu à luz há quatro meses e fez questão de lutar. Falamos que era cedo, mas ela insistiu, lutou e conquistou o bronze”, disse Zuzu.

Josué Bragança comemorou o início brilhante de temporada. “É muito importante iniciar a temporada conquistando o tricampeonato de uma competição que reuniu 14 Estados e 124 clubes. Isto dá um incentivo maior para começar o ano buscando novas metas, assim como mostrar o nosso trabalho e elevar o nome do judô do São Paulo Futebol Clube.”

Entre os grandes nomes da equipe máster tricolor, destacam-se Shigueto Yamazaki, atleta olímpico, ícone de uma geração e campeão dos Jogos Pan-Americanos de Cuba (1991) e bronze no mundial de Cancún; Lilian Canassa Terada, campeã mundial em Cancún; Josué Gomes Bragança Júnior, campeão mundial em Cancún; Adriano Lima, campeão mundial em Cancún; Bruno Pires, vice-campeão mundial; e Madson André Marques, campeão pan-americano. Detentores de títulos tão importantes, todos fizeram questão de competir em São Bernardo e iniciar a temporada marcando presença no pódio.

Os professores kodanshas Dante Kanayama, Celso Ferreira Franco e Miguel Suganuma

“Para todos nós esta conquista foi muito importante. A Copa Sâo Paulo é um dos maiores campeonatos do Brasil. No próximo ano vamos trabalhar para todos os másteres do país iniciarem o ano conosco na copa, e focando uma temporada repleta de bons resultados. A cada ano a classe veteranos cresce mais, e nem todos os atletas tem a possibilidade de viajar para fora do Brasil. Esta competição, o campeonato paulista, o torneio beneméritos e o campeonato brasileiro são de fundamental importância para a classe máster se manter ativa e focada nos treinos”, disse Zuzu.

O coronel Antônio Marin foi vice-campeão pesado do M6

O peso pesado finalizou falando sobre o planejamento da equipe para esta temporada, cujo Campeonato Mundial se realizará no Marrocos.

“Nosso foco não se encerra na classe veterana em si, mas no judô competitivo de alto nível. Priorizamos treinos técnicos de alta qualidade para toda a nossa equipe. Um grupo forte serve para formar a equipe forte e a molecada mais nova precisa disso. Variamos bastante os tipos de treino, e perto das competições tomamos bastante cuidado, fazendo randoris mais curtos. Mas a principal meta desta temporada é colocar o maior número possível de veteranos no Campeonato Paulista Sênior e crescer cada vez mais em todas as categorias”, concluiu Bragança.

Vice-campeã, ICI quer ser a maior e melhor equipe máster do Brasil

O ICI (Instituto Camaradas Incansáveis) trouxe uma equipe que sofreu profundas transformações na última temporada, mas mesmo assim conquistou a vice-liderança da competição, ficando apenas a dois pontos da primeira colocada.

Com seis medalhas de ouro, duas de prata e seis de bronze o clube do bairro da Pompeia, na capital paulista, totalizou 42 pontos.

Em nome da equipe, o multimedalhista Cristian Cesário falou sobre o trabalho desenvolvido especificamente para a Copa São Paulo 2019.

“Este ano nos reunimos, fizemos uma força-tarefa dentro do ICI e trouxemos todos os veteranos federados para fazer uma campanha expressiva na Copa São Paulo Veteranos. Felizmente deu certo e fomos vice-campeões. Levamos 19 atletas e conquistamos 14 medalhas. Realmente nos empenhamos muito e todos que precisaram entrar no peso atingiram este objetivo. Acredito que graças ao treino forte e ao empenho de todos conquistamos um excelente resultado. Ficamos apenas com dois pontos menos que o São Paulo, um clube tradicional e que possui uma equipe máster consolidada há alguns anos.”

Judocas fazendo o compromisso dos atletas

Avaliando a importância desta conquista para uma equipe recém-criada, Cesário explicou que a meta do ICI é ser a equipe número 1 do Brasil.

“Esta conquista é fundamental para alavancar e embasar ainda mais as nossas pretensões, que é a de sermos a maior e melhor equipe de veteranos do Brasil. Este foi apenas o primeiro passo. Vamos nos reagrupar, aumentar e preparar melhor a equipe para que no ano que vem possamos obter o primeiro lugar em todas as competições másteres realizados no Brasil”, afirmou o campeão mundial do M3.

Entre os destaques do ICI figuram grandes nomes do judô veteranos mundial: Silvio Tardelli Uehara, meio-leve do M6, campeão da copa e do mundial em Cancún; Cristian Cesário, peso ligeiro do M3, campeão da copa e do mundial de Cancún; Bahjet Rached Kassem Said, campeão meio-médio do M3 na copa e bronze em Cancún; Renato Fiori Ramos, vice-campeão pesado do M2 na copa e no mundial de Cancún; Humberto Alonso, bronze no meio-pesado do M2 na copa e vice-campeão em Cancún; Rogério Gonçalves, campeão meio-leve no M1 na copa; e Rodrigo Reis, campeão peso pesado do M1 da copa.

Terceira colocada, Associação de Judô Yanagimori é uma das principais forças do judô máster paulista

A equipe osasquense foi a São Bernardo do Campo com 12 atletas e conquistou nove medalhas – duas de ouro, três de prata e quatro de bronze –, que asseguraram 23 pontos e a terceira colocação no quadro de medalhas.

Com o retrospecto de ter sido a terceira colocada na Copa São Paulo Veteranos em 2017 e quinta colocada em 2018, a Associação de Judô Yanagimori de Osasco apresenta-se como uma das principais forças da classe veteranos no Estado de São Paulo.

Alessandro Puglia entrega o troféu de campeão a Zuzu e Diko, os representantes do São Paulo F.C.

Neto do professor kodansha kyuu-dan (9º dan) Massaru Yanaguimori, o fundador da tradicional escola de Osasco, Daniel Hideki Kan falou sobre a tradição da Yanagimori na classe veteranos.

“A principal força da nossa academia atualmente reside nos atletas da categoria veteranos. Acredito que isto aconteça devido à quantidade e à qualidade dos atletas e, consequentemente, aos bons treinos que fazemos. A qualidade e a constância do treinamento resultam em bons resultados nas competições”, disse Daniel Hideki.

A mauaense Jéssica Amaral foi vice-campeã peso médio do M1

Avaliando a importância de iniciar a temporada em terceiro lugar numa competição que reuniu 14 Estados e 124 clubes altamente competitivos no judô de veteranos, o campeão pesado do M3 revelou que pretende ampliar a força de sua equipe ainda nesta temporada.

“Terminar na terceira colocação é uma honra muito grande, pois a Copa São Paulo é o maior torneio de judô das Américas, e a cada ano melhora ainda mais em termos organizacionais e competitivos. Somamos nove medalhas, mas esperamos contar com mais atletas nas próximas competições. Uma das grandes novidades da equipe foi a volta do meu tio Ziró Yanagimori ao shiai-jô. Após 45 anos parado, ele competiu e sagrou-se campeão meio-leve do M8”, comemorou Hideki, que também avaliou a importância desta conquista.

“Este resultado possui uma importância muito grande, já que comprova que somos uma força nessa categoria hoje tão disputada. Mostra também que podemos evoluir e buscar melhores resultados durante a temporada”, disse.

Entre os principais nomes da equipe osasquense estão: Ângelo Berto, peso pesado do M4, campeão pan-americano, sul-americano, brasileiro e paulista; Jefferson Brito, peso médio do M6, campeão mundial; J oão Velloza, peso leve do M6, campeão mundial em Cancún; e Rodolfo Yamayose, peso ligeiro do M6.

Alessandro e Chico, com os judocas da equipe campeã

Daniel Hideki Kan concluiu falando sobre as metas e objetivos da Associação de Judô Yanagimori para esta temporada.

“Nossa meta e obter sempre os melhores resultados possíveis nos campeonatos da classe veteranos. Nosso próximo objetivo é o campeonato paulista, em maio, em Itapecerica da Serra. Para atingir este objetivo manteremos os treinos fortes sob orientação do sensei Massanori Yanagimori, que é hoje o instrutor chefe de nossa associação”, explicou Hideki.

Wilson Caldeira, o campeão meio-pesado do M3 disputando a semifinal com Marciel Martins de Souza, 3º colocado

O exemplo vem de cima

Seguindo o pensamento de que o exemplo deve vir sempre de cima e de quem está no comando, destacamos a importante conquista de Ton Pacheco, um judoca formado por dois grandes nomes do judô verde e amarelo nascidos em São Paulo: Lhofei Shiozawa e Cid Yoshida.

O atual presidente da Federação de Judô do Estado do Tocantins é natural de Goiânia (GO), mas tem passagem expressiva pelo judô paulista, no qual conquistou importantes títulos. Aos 51 anos e disputando no M5, o peso médio Georgton Thomé Burjar Moura Pacheco, o Ton Pacheco, sagrou-se campeão fazendo quatro lutas impecáveis, vencendo todas por ippon. Lembrando das medalhas de ouro conquistadas na Copa São Paulo, falou sobre a única derrota sofrida na competição.

“Já participei de várias edições e perdi a conta das medalhas de ouro conquistadas na copa. Até hoje só perdi uma luta, e foi para um gigante da classe máster, o saudoso e querido professor Marco Aurélio Trinca, que venceu de shido”, disse o professor kodansha. Ele detalhou as lutas realizadas nesta edição da competição.

“Fiz quatro lutas e venci todas de ippon. Ganhei a primeira de okuri-eri-jime (estrangulamento), a outra foi uma combinação o-uchi-gari com sasae-tsuri-komi-ashi, a terceira encaixei um uchi-mata e na final meu colega levou três punições e levou hansoku-make”, explicou o judoca, que também é fisioterapeuta e avaliou o nível técnico desta edição da Copa São Paulo.

Mais uma vez o maranhense Marcos Leite marcou presença na Copa São Paulo

“Por ser o pai e a mãe do judô nacional, São Paulo concentra um número gigantesco de bons atletas que continuam praticando judô. O problema é que o número de judocas másteres paulistas é infinitamente maior em quantidade e qualidade em relação aos demais Estados. Então, competir em São Paulo sempre é muito mais interessante e proveitoso, porque as lutas são muito mais disputadas. É isto que o bom judoca procura: adversários categorizados e capacitados”, disse Pacheco.

Assumindo que já não treina mais como antigamente, o presidente da federação tocantinense falou sobre a importância de iniciar a temporada vencendo um evento tão importante.

“Apesar de hoje em dia eu não treinar para competir e sim para continuar praticando e cuidar da minha saúde, confesso que ganhar no evento máster infinitamente mais forte que o Campeonato Brasileiro Veteranos é uma grande realização pessoal”, disse.

O dirigente campeão finalizou avaliando a importância da Copa São Paulo para o desenvolvimento do judô veteranos do Brasil.

“A Copa São Paulo é de suma importância para todas as classes, desde a base aos veteranos, mas avaliando especificamente sobre o judô máster, lembro que a competição reuniu 14 Estados e recebeu cerca de 600 judocas. Além de dar início ao calendário de nossa classe, a competição mostra quem está disposto a competir na temporada, quem está bem fisicamente, e gera uma motivação importantíssima para os atletas que irão em busca de medalhas nacionais e internacionais na temporada. Tecnicamente falando ela é muito mais forte e disputada que o campeonato brasileiro, e tem o poder de reunir a elite do judô máster do nosso País”, concluiu Ton Pacheco.

Usando seu seoi-nage indefensável

Dirigentes demonstram satisfação

Na avaliação de Alessandro Panitz Puglia, presidente da FPJudô, os atletas da classe veteranos são exemplo de comprometimento e dedicação ao judô.

“Os judocas másteres vêm o judô como uma disciplina para a vida toda. Os atletas veteranos estão constantemente treinando, estreitando laços de amizade e valorizando a classe de forma coesa. Dão exemplo de conduta para todos que ostentam uma faixa preta”, disse.

Vitor Carvalho de Freitas da Associação Matsuda de Judô de Macaé (RJ), venceu os dois primeiros combates em menos de 15 segundos

Francisco de Carvalho Filho, presidente de honra da entidade, afirmou que pode parecer um paradoxo, mas hoje ele crê que involuntariamente a classe máster surgiu para renovar o espírito competitivo e os fundamentos filosóficos que constituem a modalidade.

“Muitas pessoas acharão que isto é uma contradição ou incoerência, mas após os quase 20 anos do advento da classe máster, vejo que sem querer este movimento nos aproximou ainda mais de nossa própria origem e daquilo que o shihan Kano legou a todos nós. O simples fato de querermos estar no shiai-jô com 40 ou 50 anos faz com que tenhamos de estar em forma e preparados fisicamente, tecnicamente e psicologicamente para a disputa.”

Alessandro Puglia entrega o troféu de vice-campeã a Cristiano Cesário, representante do ICI

Ele mencionou também a prática do kata, que resgata e aperfeiçoa os fundamentos técnicos que depois de um tempo muitos judocas acabam deixando para trás. “Professores e árbitros que competem estão mais capacitados para ensinar e propensos a compreender a linha tênue que separa – e ao mesmo tempo une – as áreas técnica e de arbitragem. Todo este processo gerado pela classe máster nos remete a um estágio superior e nos aproxima dos preceitos da modalidade, e esta edição da Copa São Paulo ratificou meu pensamento”, disse o dirigente paulista.

Judô Alto da Lapa é campeão da Copa São Paulo de Kata

A cada ano aumenta expressivamente o interesse de jovens judocas pela competição de kata, forma de competição que abrange os fundamentos da modalidade e envolve disputas de nage-no-kata, ju-no-kata, katame-no-kata, kime-no-kata e kodokan goshin jutsu.

A grande campeã desta edição da Copa São Paulo 2019 foi a equipe da Associação de Judô Alto da Lapa, que totalizou 48 pontos. Uma das mais tradicionais escolas do judô paulista, a Alto da Lapa mantém um dos trabalhos mais profícuos e duradouros na difusão do kata no Brasil.

Daniel Hideki, campeão pesado do M3 venceu um dos seus combates por imobilização

Em segundo lugar ficou a Associação de Judô Vila Sônia, com 38,5 pontos. Um dos principais berços do kata no Brasil na atualidade, devido ao trabalho de vários professores kodanshas que acontece naquele dojô todas as sextas-feiras. A premiação é um tributo ao esforço incansável desenvolvido há décadas pela família Shinohara

Em terceiro lugar ficou o projeto Budô, que totalizou 13 pontos. A Associação Namie de Judô ficou em quarto lugar, com 10,5 pontos, e a Associação Kenshin de Judô, em quinto, com 8,5 pontos.

Confira aqui o resultado individual da disputa de kata

Joji Kimura entrega o troféu de terceiro colocado a Daniel Hideki, representante da Associação de Judô Yanagimori

A Federação Paulista de Judô tem o apoio da Ajinomoto do Brasil, Original Tatamis, Shihan Kimonos e Adidas. Por meio das 16 delegacias regionais o judô paulista congrega mais de 10 mil atletas federados, e o judô está presente em 482 municípios. Anualmente a FPJudô credencia mais de 1.500 técnicos que atuam nas competições estaduais e nacionais.

­­­­Top 10 da Classe Veteranos

1º São Saulo Futebol Clube

2º Instituto Camaradas Incansáveis

3º Associação de Judô Yanagimori

4º Academia Calasans Camargo

5º Escola de Judô Giberti

6º SMEL Francisco Morato

7º Sociedade Esportiva Palmeiras

8º Associação de Judô Messias

9º Associação Cult. e Esportiva Irmãos Ribas

10º Judô Clube Mogi das Cruzes

O meio-médio Bahjet Rached Kassem Said foi campeão do M3

O peso pesado Josué Gomes Bragança Júnior foi campeão do M2

Sebastião Alexandre da Cunha, o Sebá conquistou o bronze do peso médio no M3

Daniel Hideki e seu tio Ziró Yanagimori foram campeões em São Bernardo

Os medalhistas da Copa São Paulo do ICI reunidos no dojô do bairro da Pompéia

Parte da equipe do São Paulo nos tatamis da Copa São Paulo

Os professores kodanshas Jiro Ayoama e Massanori Yanagimori com parte da equipe terceira colocada na Copa São Paulo