19 de novembro de 2024
Seguindo os passos de Ronda Rousey, Kayla Harrison estreia no MMA em junho
Bicampeã olímpica de judô em Londres 2012 e Rio de Janeiro 2016, atleta norte-americana tem sua primeira luta nas artes marciais mistas marcada para a cidade de Chicago
MMA
25/04/2018
Fonte COMBATE.COM I Fotos PAULO PINTO e ARQUIVO
Nova York – EUA
Por dois anos Ronda Rousey reinou absoluta no MMA. Medalhista olímpica de bronze e campeã pan-americana no Rio, em 2007, a loura fez história no Strikeforce, e depois no UFC, até se retirar do esporte e partir para o WWE, evento de lutas coreografadas muito popular nos EUA. Agora, quase dois anos após a sua retirada do octógono, o mundo está prestes a ver uma judoca ainda mais atuante caminhar na direção do MMA.
Em entrevista ao programa “MMA Hour”, a bicampeã olímpica em Londres (2012) e Rio de Janeiro (2016) Kayla Harrison anunciou oficialmente sua chegada aos cenários das artes marciais mistas, se apresentando na segunda edição do Professional Fighters League (PFL).
– Venho esperando por muito tempo para lutar. O primeiro obstáculo era eu mesma. Queria me sentir nervosa, entrar lá e ver como eu me sentia recebendo socos na cara. Depois que descobri que gostava, passamos a esperar pela Professional Fighters League se estabelecer, o que acabou de acontecer. Como o primeiro card deles está formado e acontece dia 7 de junho em Nova York, vou me apresentar no segundo, dia 21 de junho, em Chicago – disse a lutadora, que preferiu não revelar o nome de sua oponente, já que duas lutadoras cogitadas anteriormente teriam desistido de enfrentá-la.
Kayla Harrison ganhou fama mundial ao se tornar a primeira americana a conquistar a medalha de ouro olímpica no judô, em 2012. Após repetir o feito quatro anos mais tarde, nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, a lutadora decidiu aposentar o judogi e se preparar para fazer a transição para o MMA.
Em entrevista concedida para a Revisto Budô em 2013, no dojô de Jimmy Pedro em Boston, Kayla apoiava a participação de Fernanda Araújo, no vale tudo. A goianiense radica em Boston era sua uke (sparing), mas afirmou que não queria ver sua colega apanhando.
“A Fernanda Araújo é a minha irmã mais nova e tem sido fundamental em meu preparo, pois, além de lutar judô muito bem, ela é canhota e treinar com ela me fortaleceu muito na disputa com a Mayra Aguiar. Sempre apoiarei suas decisões, pois ela também sempre me apoiou incondicionalmente. Foram muitas horas de treino e dedicação ao meu desenvolvimento técnico, e jamais esquecerei o apoio incondicional. Ela está perseguindo os sonhos dela e buscando espaço no octógono. Só não quero vê-la apanhando”, revelou a então campeã olímpica.
Sobre sua eventual migração para o cenário das artes marciais mistas, na época a norte-americana descartou totalmente esta possibilidade.
“A cultura do MMA é diferente de tudo que vivemos no judô e não me vejo dentro de um octógono trocando porrada com ninguém. Isto não é para mim”, disse a bicampeã olímpica do peso meio-pesado, em 2013.