Seleção brasileira de karatê fará treinamento para os Jogos Sul-Americanos em Salvador

Equipe de kata da Bahia, campeã brasileira de 2017 no certame realizado no Centro Pan-Americano de Judô

Equipe fará os ajustes finais para a competição do Comitê Olímpico Internacional que se realizará de 26 a 29 de maio em Cochabamba, na Bolívia.

Karatê do Brasil
23/04/2018
Por PAULO PINTO I Fotos BUDÔPRESS
Curitiba – PR

Com o apoio da Superintendência de Esporte da Bahia (Sudesb), Federação Baiana de Karatê (FBK) e Comitê Olímpico do Brasil (COB), o departamento técnico da Confederação Brasileira de Karatê reunirá na Bahia, de 11 a 22 de maio, a equipe que representará o Brasil na 11ª edição dos Jogos Sul-Americanos.

Os treinos se realizarão no Centro Pan-Americano de Judô, na praia de Ipitanga, em Lauro de Freitas, Região Metropolitana de Salvador.

O koto central do Campeonato Brasileiro de Karatê de 2017

Lembrando que mais uma vez a Bahia será a capital do karatê do Brasil, o presidente da FBK, Antônio Carlos Negreiro, presidente da Federação Baiana de Karatê destacou importância do centro de treinamento do judô no desenvolvimento do esporte em seu Estado.

“O Centro Pan-Americano de Judô é um dos maiores vetores de divulgação e fomento do esporte na Bahia. É um dos equipamentos esportivos mais modernos e oferece conforto e segurança aos atletas e espectadores. É um local aconchegante, aprazível e seguro”, disse o dirigente baiano.

A seleção brasileira vai a Cochabamba com a equipe feminina formada no kata por Nicole Mota e no kumitê por Giovana Feroldi (50kg), Valéria Kumizaki (55kg), Érica Carla Castro dos Santos (61kg), Gabriele Sepe (68kg) e Isabela dos Santos Rodrigues (+68kg).

Elias Nunes Dourado, diretor geral da Sudesb e Antônio Carlos Negreiro, presidente da FBK no campeonato brasileiro realizado no CPJ

O time masculino que vai para a Bolívia é formado por Williames Souza Santos, no kata, e Douglas Brose (60kg), Vinicius Figueira (67kg), Hernani Antônio Veríssimo (75kg), Kaique Carneiro Rodrigues (84kg) e Paulo Victor Torres Campos (+84kg) no kumitê.

O karatê foi incluído no programa olímpico em 2016, mas desde 1995 a modalidade disputa os Jogos Pan-Americanos e Sul-Americanos. A primeira medalha que o karatê do Brasil obteve numa competição do Comitê Olímpico Internacional foi o ouro do paulista José Carlos de Oliveira, o Zeca, atual presidente da Federação Paulista de Karatê, na categoria absoluto dos Jogos Pan-Americanos de Mar Del Plata, na Argentina, em 1995.

Campeões e vices durante a cerimônia de premiação da competição

A seleção brasileira que vai à Bolívia será dirigida pelos técnicos Diego Spigolon (feminino) e Ricardo Aguiar (masculino). Na avaliação de Spigolon, esta disputa reveste-se de grande importância porque será a primeira competição do COI depois que a modalidade foi inserida nos Jogos Olímpicos de Tóquio.

“Toda competição é importante, mas quando representamos o Comitê Olímpico do Brasil a disputa demanda mais responsabilidade e adquire maior dimensão. O karatê brasileiro é muito forte e, desde que a atual gestão assumiu a CBK, resgatamos nossa hegemonia continental e vamos a Cochabamba dispostos a manter a supremacia nas Américas. Este evento é classificatório para os Jogos Pan-Americanos do próximo ano, e pretendemos assegurar o maior número de vagas na Bolívia”, explicou o técnico brasileiro.

No Campeonato Brasileiro de Karatê o CPJ teve as duas arquibancadas completamente tomadas e registrou o maior público desde a sua inauguração

Fazendo uma leitura do momento atual do karatê baiano, Antônio Negreiro destacou o apoio recebido do poder público e as mudanças ocorridas desde que o karatê foi incluído no programa de Tóquio 2020.

“O karatê da Bahia passa por um momento bastante positivo, que é decorrente das diversas ações tomadas pelas últimas gestões da FBK. A partir do momento em que o karatê passou a fazer parte do circuito olímpico, a gestão da nossa federação, coadjuvada pela atual administração da CBK, tornou-se muito mais viável. Em decorrência dos resultados alcançados, novas portas se abriram e o apoio governamental melhorou sobremaneira”, disse o dirigente baiano.