Sem oposição, Thomas Bach será reeleito presidente do COI por aclamação

Thomas Bach fará mais uma gestão à frente do COI

Com o prazo para inscrição de outros candidatos encerrado, o dirigente alemão está virtualmente reeleito para novo mandato à frente do Comitê Olímpico Internacional

Gestão Esportiva
5 de dezembro de 2020
Fonte Liam Morgan / IN SIDE THE GAMES
Curitiba – PR

Eleito presidente do Comitê Olímpico Internacional pela primeira vez em 2013, para um mandato de oito anos, Thomas Bach confirmou que concorreria à reeleição durante a reunião virtual do Comitê Executivo realizada em julho.

Era amplamente esperado que Bach não tivesse oposição, e, como o prazo para o registro de candidaturas terminou em 30 de novembro, o COI já confirmou oficialmente que ele é o único postulante ao cargo.

O ex-primeiro-ministro do Japão Shinzo Abe e Thomas Bach cumprimentam-se com os cotovelos em cerimônia na capital japonesa (Foto | AP)

Bach terá o segundo e último mandato à frente do COI homologado na 137ª assembleia da entidade, em Atenas, na Grécia, de 10 a 12 de março. A sessão na capital grega está programada para realizar-se presencialmente, mas tanto Thomas Bach quanto o COI já admitem que a reunião poderá ser virtual. Tudo depende do que acontecerá nos próximos meses em torno do controle da pandemia.

Nono presidente do COI, Bach começará seu último mandato de quatro anos no comando da organização em 8 de agosto, após o encerramento dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. “Estou honrado pelo fato de não haver outros candidatos”, disse Bach em comunicado. “Continuarei a servir ao movimento olímpico dando o meu melhor e buscarei ser um presidente de todos os membros do COI e de todo o movimento olímpico.”

O alemão medalhista de ouro em esgrima de 66 anos tornou-se membro do COI aos 37 e ocupou vários cargos do alto escalão, incluindo 11 anos como vice-presidente, antes de sua ascensão ao comando da entidade.

Bach sucedeu a Jacques Rogge como presidente do COI na sessão de Buenos Aires realizada há sete anos, derrotando Richard Carrión, de Porto Rico; Ng Ser Miang, de Cingapura, Denis Oswald, da Suíça; e Sergey Bubka, da Ucrânia,

Durante sua presidência, Bach enfrentou vários desafios, como o escândalo de doping na Rússia, uma série de derrotas em referendo em meio a um declínio no interesse das cidades em sediar o principal evento do COI, além do primeiro adiamento dos Jogos Olímpicos.

Foi presidente durante os Jogos Olímpicos de Sochi 2014 e Rio 2016, ambos incluídos entre os mais difíceis e problemáticos, e será presidente nos Jogos de Tóquio 2020, adiados para o próximo ano – se o evento for adiante.

Bach recebeu críticas por centralizar o poder no Conselho Executivo, mas ajudou a orquestrar a escolha de Paris e Los Angeles como sede dos Jogos Olímpicos de verão de 2024 e 2028 e supervisionou pessoalmente a assinatura de um acordo de transmissão com a NBC até 2032.