15 de novembro de 2024
Sílvio Acácio Borges despreza determinação judicial e impõe o caos também no judô do Pará
Onipotente e acima da lei, depois de ter paralisado o judô paulista o presidente da CBJ entra em luta de braço com a Justiça, mantendo na presidência da FPAJU alguém que sequer foi eleito
Por PAULO PINTO
19 de junho de 2021 / Curitiba (PR)
Senhor absoluto da modalidade, Sílvio Acácio Borges, presidente da Confederação Brasileira de Judô (CBJ) e membro do Conselho de Administração do Comitê Olímpico do Brasil (COB), não para de espalhar o caos. Em sua saga frenética de dominar o judô nos 27 Estados o dirigente esquece a função para a qual foi eleito, abandona o fomento da modalidade e se transforma no maior tirano da história da CBJ.
Não bastasse sua intromissão no processo eletivo das federações do Paraná, Santa Catarina e São Paulo, Sílvio Acácio agora busca impor no Pará um candidato que nem foi eleito. Para tanto, desacata a determinação judicial emitida há mais de 40 dias por Marco Antônio Lobo Castelo Branco, juiz de direito da 8ª Vara Cível e Empresarial de Belém, que suspendeu até julgamento do mérito os efeitos da suposta eleição realizada em 1º de maio de 2021, na qual foi eleita a chapa Disciplina e Uniformidade.
CBJ acima da Lei
O que realmente preocupa muito e nos assusta é o grau de desfaçatez, deslealdade e irresponsabilidade do presidente da CBJ que, em conluio com Alcindo Campos, ex-presidente da FPAJU, e Adaelson dos Santos, candidato a presidente da chapa Disciplina e Uniformidade, armou a trama que visa a eleger um candidato que sequer foi eleito.
Segundo os relatos feitos até por membros das comissões da FPAJU, o que ocorreu de fato é que durante o pleito Alcindo e Adaelson perceberam que seriam derrotados nos votos e, no curso do pleito, derrubaram o link da assembleia online e se autoproclamaram presidente e vice, quando apenas os dois restavam na sala.
Não satisfeito com todo o desrespeito aos filiados da Federação Paraense de Judô, Sílvio Acácio imediatamente nomeou Adaelson Santos novo presidente da FPAJU.
Alertado por membros da chapa Renascer Judô: União, Respeito e Transparência de que Sílvio Acácio não estava cumprindo decisão judicial, no dia 17 de maio o juiz emitiu a seguinte ordem:
“Pelo presente, extraído dos autos cíveis do processo de Tutela Cautelar Antecedente № 0826,063-03.2021.8.14.0301, serve o presente para que o senhor tome conhecimento da decisão de ID 26473632 (em anexo) que suspendeu os efeitos da eleição realizada em 1º de maio de 2021 que culminou com a eleição da chapa Disciplina e Uniformidade, até o julgamento do mérito”.
Acima da lei e irredutível, o dirigente nacional desacatou a determinação judicial e manteve o nome de Alcindo Campos, ex-presidente da FPAJU que teve o mandato encerrado em 31 de março, na relação dos presidentes estaduais no site da CBJ. Não satisfeito, incluiu o nome de Adaelson dos Santos no grupo de presidentes do WhatsApp. De quebra o pseudodirigente, ungido por Sílvio Acácio, tem participado das reuniões e tomadas de decisões nacionais.
Com intuito de fazer com que suas sandices sejam endossadas por professores paraenses, na semana passada Sílvio Acácio promoveu seis professores go-dans para roku-dans e a cerimônia de outorga foi comandada pelos farsantes, que ao se autoelegerem promoveram talvez a maior ilicitude do judô brasileiro contemporâneo.
Perplexos com tamanha fraude, perguntamos: dá para falar que sujeitos como Sílvio Acácio Borges, Adaelson dos Santos e Alcindo Campos são judocas de verdade? E para onde Sílvio Acácio está levando o judô brasileiro?