22 de dezembro de 2024
Sílvio Acácio chefia delegação brasileira no seminário de arbitragem da FIJ
Presidente da CBJ e mais sete árbitros acompanharam o seminário de atualização da regra de competição para este ciclo olímpico
Federação Internacional de Judô
06/02/2018
Por PAULO PINTO I Fotos DIVULGAÇÃO
Manágua – Nicarágua
O Brasil marcou forte presença no seminário de arbitragem promovido pela Federação Internacional de Judô (FIJ), que realizou o encontro em duas sedes distintas para oferecer maior acesso aos árbitros dos três continentes.
O primeiro deles ocorreu no Executive Airport Plaza Hotel, em Vancouver, no Canadá, nos dias 27 e 28 de janeiro. Os árbitros FIJ A do Brasil inscritos pela CBJ foram André Mariano dos Santos, (FEMEJU/DF), Bruno Ramos, (FEMEJU/DF), Edilson Hobold, (FPrJ/PR), Leonardo Ângelo Stacciarini de Resende, (FEGOJU/GO), e Paulo Cézar Ferreira (FEJURR/RR).
Na avaliação de Paulo Cézar Ferreira, a Federação Internacional de Judô acertou ao proporcionar duas datas e locais distintos para os árbitros de todo o continente.
“A FIJ realizou o seminário deste ano em duas sedes – Vancouver, na América do Norte, e Manágua, na América Central –, foi uma excelente decisão. Com isto os árbitros brasileiros puderam optar por participar no local e data mais favoráveis”, disse o árbitro roraimense, que vislumbra a possibilidade de nos próximos anos a FIJ promover seminários no continente sul-americano.
“Seria muito bom que nos próximos anos a FIJ promovesse seminários na América do Sul. Além de baratear custos, com esta medida acredito que muitos árbitros do Brasil e dos demais países membros da Confederação Sul-Americana de Judô seriam contemplados”, concluiu Paulo Cézar.
A segunda etapa do encontro realizou-se no Hotel Barcelo Montelimar, em Manágua, na Nicarágua, entre de 2 a 4 de fevereiro, e a comitiva brasileira contou com a presença de Sílvio Acácio Borges, presidente da Confederação Brasileira de Judô (CBJ), que no passado recente pertenceu aos quadros de árbitros FIJ A.
O grupo brasileiro contou ainda com a presença de Edison Koshi Minakawa (FPJudô), coordenador nacional de arbitragem, Takeshi Yokoti (FPJudô), Chuno Wanderlei Mesquita (FJERJ), Angel Antônio Carneiro Peleteiro (FEBAJU), Marilaine Ferranti (FPJudô), Jeferson da Rocha Vieira (FJERJ) e Laedson Lopes Gonçalves da Silva Godoy (FJERN).
As apresentações foram conduzidas pela Comissão de Arbitragem da FIJ e trataram da atualização da regra de competição do judô, que sofreu mudanças significativas para este ano. A principal foi o retorno do awase-waza (pontuação combinada): quando a sequência de dois wazaris é qualificada como ippon.
A comissão coordenadora da Federação Internacional de Judô que dirigiu os trabalhos nas duas sedes foi composta por Juan Carlos Barcos, diretor de arbitragem; Vladimir Barta, diretor de esportes; Pasquale Tonino Chyurlia, comissão de arbitragem; e Daniel De Angelis, da comissão de educação da FIJ.
Os árbitros brasileiros foram ao Canadá e à Nicarágua em busca de atualização e qualificação, mas Sívio Acácio destacou a agenda positiva do encontro, que viabilizou a volta dos eventos continentais ao Brasil.
“É sempre bom nos atualizarmos e acompanhar as mudanças nas regras de arbitragem, mas aproveitamos o encontro para buscar junto aos nossos companheiros continentais o retorno de algumas atividades ao nosso País. Este ano temos como desafio a realização dos campeonatos sul-americano e pan-americano da categoria infantil. Vamos começar devagar e quem sabe, até 2020, a gente volte a sediar o pan-americano da categoria adulto”, disse o presidente da CBJ.
Saudosista, Sílvio Acácio comemorou o reencontro com os velhos amigos da arbitragem e enalteceu o diálogo com os dirigentes da Confederação Pan-Americana de Judô (CPJ).
“Foi maravilhoso rever tantos companheiros da época em que atuei na arbitragem mundial e ver a evolução desses camaradas. Meu contato com diretores da FIJ e CPJ foi pautado no respeito e na humildade, buscando representar nosso País com muita dignidade. Tive reuniões individuais com Manuel Larrañaga, presidente da CPJ, e com Ovídio Garnero, diretor de arbitragem da mesma entidade, e ambas as conversas foram muito proveitosas”, afirmou o dirigente.
Em conversa com dirigentes da Federação Internacional de Judô, o presidente da CBJ alinhavou a realização de vários eventos para a arbitragem em nosso País.
“Pude falar em particular e em especial com Juan Carlos Barcos e Vladimir Barta, diretores da FIJ, e surgiu a perspectiva de trazermos para o Brasil um grande evento para a arbitragem, ainda este ano. Algo que valorize ainda mais e ofereça maior representatividade para nossa classe de árbitros. Em paralelo, já nos colocamos à disposição para sediar o seminário internacional de arbitragem de 2019, e a resposta dos nossos colegas foi muito positiva”, pontuou Sílvio Acácio.
O presidente da CBJ concluiu enfatizando que o encontro foi muito positivo, e ratificou a importância da arbitragem verde e amarela no contexto mundial.
“O seminário ofereceu uma agenda extremamente positiva. Contudo, estar com nossos principais árbitros no mais importante cenário da arbitragem continental e poder autenticar a importância destes profissionais no contexto mundial foi muito gratificante”, concluiu o dirigente.
O árbitro fluminense Chuno Wanderlei Mesquita exaltou a participação e a atuação do presidente da confederação brasileira, no seminário de arbitragem desta temporada.
“O seminário foi muito proveitoso para esclarecer algumas dúvidas que ainda existiam. A presença do presidente Sílvio Acácio na delegação brasileira foi muito importante no sentido de mostrar para os dirigentes da FIJ e da CPJ a importância que a atual diretoria da Confederação Brasileira de Judô dá à arbitragem em nosso País. Avalio que a presença do professor Sílvio no seminário internacional foi extremamente importante e valiosa para o judô brasileiro”, disse o árbitro carioca.
Laedson Lopes Gonçalves da Silva Godoy destacou a realização inédita dos dois seminários no continente pan-americano e a evolução nas regras adotadas pela FIJ.
“Esse ano a FIJ mostrou-se sensível aos problemas da arbitragem, realizando seminários nas Américas do Norte e Central, e isto acabou permitindo maior participação dos árbitros do continente. Outro fato importante é que tivemos modificações relevantes na arbitragem, e entendo que o conjunto delas proporcionará grande evolução à nossa modalidade”, previu o árbitro potiguar.
Na visão do árbitro do Rio Grande do Norte, a presença do dirigente brasileiro no encontro derrubou barreiras e encurtou distâncias.
“O ponto alto desta edição do seminário de arbitragem da FIJ foi a presença do presidente da CBJ. Durante o encontro o professor Sílvio teve a oportunidade de conversar e estreitar relação com diretores da CPJ e da FIJ. Entendo que este contato é muito positivo para a arbitragem brasileira e para o judô de todo o continente”, avaliou Laedson Lopes.
O árbitro Jeferson da Rocha Vieira afirmou que a presença do presidente da CBJ no encontro aproximou o Brasil dos demais países da América.
“A presença do presidente em Manágua foi muito importante e bastante elogiada pelo professor Manuel Larrañaga. Como arbitro FIJ A e, hoje, como presidente da CBJ, o professor Sílvio teve uma atuação bastante expressiva e importante no encontro. Entendo que com sua presença ele fortaleceu a relação e aproximou o Brasil dos demais países do continente. O evento em si foi muito bom e esclareceu as dúvidas que existiam sobre as novas regras. Estamos voltando para o Brasil muito satisfeitos com o evento.”